Ação antimicrobiana das nanopartículas de prata (AgNPs) estabilizadas em extrato de jurema preta (Mimosa tenuiflora (Willd.,) Poir.)
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v11i8.30617Palavras-chave:
Nanopartículas; Extratos de plantas; Ação antimicrobiana.Resumo
A resistência microbiana aos antibióticos tem sido uma ameaça para o tratamento efetivo de várais infecções causadas por agentes patogênicos. Nesse sentido, a pesquisa teve como objetivo avaliar a ação antimicrobiana das nanopartículas de prata (AgNPs) sintetizados por meio de biorredução utilizando o extrato de Mimosa tenuiflora. Com isso, a pesquisa adotou a metodologia laboratorial de natureza quantitativa em que utilizou para a síntese das nanopartículas, o nitrato de prata (AgNO3) como agente precursor, o citrato de sódio como agente redutor e o extrato de M. tenuiflora como agente estabilizador. O inóculo das espécies bacterianas a serem testadas foi preparado pelo método de suspensão direta das colônias CLSI (2009) em solução salina esterilizada, a partir de colônias crescidas por 24 horas em meio BHI (Brain Heart Infusion ágar) e em meio Sabouraud para a espécie fúngica. O teste de suscetibilidade foi realizado pelo método de difusão por poço CLSI (2009), com adaptações, e a análise da ação antimicrobiana das AgNPs foi realizada após 24 horas de incubação a uma temperatura de 37 ºC. A solução contendo as AgNps fora aplicada em três espécies de microrganismos: Staphylococcus aureus (ATCC 25923), Escherichia coli (ATCC 25922) e Candida albicans (ATCC 10231). Os resultados mostram que 20 µL da substância frente às cepas microbianas apresentou discreta atividade antimicrobiana contra bactérias, porém o mesmo não foi observado na levedura testada. De acordo com os resultados, observa-se que as AgNps estabilizadas em M. tenuiflora apresentam atividade antimicrobiana, principalmente contra Staphylococcus aureus.
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