Revisão sistemática sobre a recuperação de áreas degradadas pela mineração
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v11i8.30706Palavras-chave:
Alteração da qualidade ambiental; Perda cobertura vegetal; Diminuição da funcionalidade do solo.Resumo
A preocupação com o contexto econômico e a necessidade de minerais metálicos e não metálicos no estado de globalização mundial atual, tem causado o abandono de áreas degradas pela exploração mineral sem qualquer ações para recuperação delas. O objetivo dessa pesquisa foi analisar literaturas acerca da exploração dos recursos minerais para usos diversos, bem como buscar resposta a questão norteadora quanto a importância da recuperação dessas áreas pós extração. O método aplicado foi o de revisão sistemática com abrangência quantitativa e qualitativa. Os dados analisaram a ocorrência desse tipo de extração a nível global. No continente asiático, China (carvão para energia) e Indonésia (areia e cascalho para construção civil) aceleram a exploração mineral e isso causando impactos ambientais como perda da fertilidade do solo por DAM. No continente africano (extração do Au) a céu aberto e de maneira artesanal, o que determina a presença mercúrio nos corpos hídricos. No continente europeu, a Polônia, a degradação química devido a exploração de Ferro e carvão marrom duro, é acentuada; no continente sul-americano a exploração de lítio no deserto de Atacama, do ouro (de forma artesanal), bauxita, argila, areia, ágata, ferro, dentre outros, apresentam áreas abandonadas e sem qualquer tipo ou proposta para recuperação delas, o que está causando perda de fauna e flora endêmicas. Com isso, afirma-se que a economia e o avanço da tecnologia não estão associados à importância da manutenção do equilíbrio dos ecossistemas naturais e não avaliam, ou ainda o fazem de forma incipiente, a importância quanto a recuperação das áreas degradas pela exploração mineral.
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