Avaliação da atividade gastroprotetora do extrato hexânico das cascas dos frutos de Spondias mombin L.

Resumo

A úlcera péptica trata-se de uma doença caracterizada por uma lesão na mucosa do esôfago, do estômago ou do duodeno, decorrente de falhas no sistema de proteção desse revestimento, que apresenta alta taxa de morbidade e mortalidade em todo o mundo. É causada tanto pelo desequilíbrio entre os fatores que danificam a mucosa como às que a protegem onde os que danificam se sobressaem, a Spondias mombin L., popularmente conhecida como cajazeiras, é utilizada na medicina popular para tratar diversas doenças como conjuntivite, ação cicatrizante, antidiarreico, diurético, dentre outras. Várias atividades farmacológicas desta espécie têm sido demonstradas, como atividades gastroprotetoras, anti-inflamatórias e antibacterianas. O objetivo desse estudo foi avaliar a composição fitoquímica e a atividade gastroprotetora do extrato hexânico das cascas dos frutos de Spondias mombin L. (EHCFSm). Para isso, o extrato foi preparado a partir da casca dos frutos por maceração (72 horas) e o solvente utilizado foi o hexano. Para a avaliação gastroprotetora foram utilizados ratos, onde os modelos de indução foram por meio da úlcera induzida por etanol, para o experimento utilizamos os grupos: Controle negativo (NaCl 0,9%) 10 mL/kg, Controle positivo (omeprazol) 30 mg/kg e doses do EHCFSm (100 e 200 mg/kg). Em seguida, os animais foram eutanasiados, os estômagos retirados e analisados com auxílio do ImageJ.  Os resultados obtidos neste trabalho mostraram que a capacidade gastroprotetora do extrato hexânico das cascas do cajá foi de 78,97% e 82,97%, em relação ao grupo controle. Pode-se concluir que os constituínstes apolares das cascas dos frutos de Spondias mombin L. na dose testada foram eficazes no modelo de gastroproteção em úlcera induzida por etanol em ratos.