Desenvolvimento de um protocolo de inibidor de bomba de prótons na profilaxia de lesão aguda de mucosa gástrica: relato de experiência

Autores

DOI:

https://doi.org/10.33448/rsd-v11i8.30865

Palavras-chave:

Antiulcerosos; Inibidores da bomba de prótons; Protocolo de tratamento; Lesão Aguda de mucosa gástrica.

Resumo

O presente trabalho objetivou descrever a elaboração de um protocolo de uso dos inibidores de bomba de prótons na profilaxia de lesão aguda de mucosa gástrica (LAMG). Trata-se de um estudo de caráter transversal e descritivo, do tipo relato de experiência, que foi desenvolvido no período de junho a outubro de 2021. O protocolo foi elaborado baseado no modelo proposto por Stetler (1998) que consiste nas seguintes fases: 1) estabelecimento dos propósitos da revisão de literatura; 2) análise crítica dos estudos; 3) coleta de dados; 4) construção do protocolo. Foi realizada uma revisão bibliográfica nas bases de dados Pubmed, Biblioteca Virtual de Saúde (BVS), UpToDate e Scielo. O uso crônico de inibidores de bomba de protons não respaldado por evidências clínicas, ainda são marcantes no cenário nacional e mundial.  Nesse sentido, os protocolos institucionais surgem como uma alternativa que visa reforçar a segurança e eficácia de cuidados clínicos, racionalizar e uniformizar as prescrições e, consequentemente, reduzir custos.

Biografia do Autor

Damaris Santana Cardoso, Universidade Federal de Sergipe

Farmacêutica pela Universidade Federal de Sergipe (2016). Especialista em Qualidade em farmácia magistral e Farmácia Clínica e Atenção Farmacêutica. Tem experiência na área de Farmácia magistral. Atualmente é residente em Atenção Hospitalar à Saúde (HUL - UFS) e atua como Colaboradora do Centro de Informação sobre Medicamentos (CIM-UFS) em Lagarto.

Luiz Eduardo Oliveira Matos, Universidade Federal de Sergipe

Farmacêutico (2016) pela Universidade Federal de Sergipe (UFS). Residente no Programa Multiprofissional de Pós Graduação em Atenção Hospitalar à Saúde (HUL-UFS/EBSERH). Pesquisador no Núcleo Transdisciplinar de Estudos em Saúde Coletiva (NUTESC)

Izadora Menezes da Cunha Barros, Universidade Federal de Sergipe

Farmacêutica graduada pela Universidade Tiradentes (2010). Mestre em Ciências Farmacêuticas da Universidade Federal de Sergipe (2013). Doutora pelo Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde (2016). Atualmente é Professora Adjunta da Universidade Federal de Sergipe - UFS, lotada no Departamento de Farmácia -DFAL do Campus Antônio Garcia Filho (Lagarto-SE). Membro do Laboratório de Estudos em Cuidado Farmacêutico (LECFAR) e do Grupo de Ensino e Pesquisa em Farmácia Social (GEPFS). Docente das Práticas de Ensino Farmacêutico na Comunidade e do Programa de Mestrado Profissional em Gestao e Inovaçao Tecnologica em Saude (PPGITS). Desenvolve pesquisas nas áreas de Farmácia Clínica, Assistência Farmacêutica e Comunicação farmacêutica. Exerce atividade de Tutoria na Residência Multiprofissional de Atenção Hospitalar.

Júlia Santana Lisboa, Universidade Federal de Sergipe

Graduada em Farmácia na Universidade Federal de Sergipe, pós-graduada em Atenção Farmacêutica e Farmácia Clínica pela IPOG, e também em Farmácia Hospitalar. Estagiei no HUSE e Centro de Átenção em Saúde de Sergipe, durante 6 meses em cada. Sou especialista em Atenção Hospitalar à Saúde - Lagarto (HUL). Trabalhei como farmacêutica no Centro de Atenção à Saúde de Sergipe durante 9 meses, e durante 5 meses no Instituto de Promoção e Assistência a Saúde (IPES). Tenho experiência na área hospitalar, em ações extensivas, participação em diversos cursos práticos, dentre ele o curso de aplicação de injetáveis, realizado na UFS; curso de informática completo e dispostas a novas experiências.

Samara Siqueira Santos Fernandes, Hospital Universitário de Lagarto

Possui graduação em Farmácia pela Universidade Federal de Sergipe (2009), especialização em Gestão em Saúde Pública pela FACEAR & MASTERIDÉIA (2013) e especialização em Educação na Saúde para Preceptores do SUS pelo Instituto Sírio Libanês de Ensino e Pesquisa (2013). Atuou na área de análises clínicas na Clínica Vitae LTDA.( 2010 - 2014), sendo responsável técnica pelo laboratório de análises clínicas e responsável pela implantação do Sistema de Gestão da Qualidade (PNCQ - Gestor) do mesmo. Atualmente é farmacêutica no Hospital Regional Dr. Pedro Garcia Moreno Filho e do Hospital Universitário de Lagarto desempenhando função na área de farmácia hospitalar e assistência farmacêutica.

Thaisa Calumby Lima, Hospital Universitário de Lagarto

Farmacêutica Clínica Industrial pela Universidade Federal de Sergipe - UFS. Pós graduada em Farmácia Hospitalar pelo Centro Universitário Internacional (UNINTER). Atualmente, farmacêutica do Hospital Universitário de Lagarto, Sergipe, atuando na área de logística e abastecimento, dispensação e farmácia clínica.

Referências

Barkun, A. N., Bardou, M., Pham, C. Q. D., & Martel, M. (2012). Proton Pump Inhibitors vs. Histamine 2 Receptor Antagonists for Stress-Related Mucosal Bleeding Prophylaxis in Critically Ill Patients: A Meta-Analysis. The American Journal Of Gastroenterology. 107(4) 507- 520. http://dx.doi.org/10.1038/ajg.2011.474.

Barreto, M. L. & Filho, N. A. (2011). Epidemiologia & Saúde: Fundamentos, Métodos e Aplicações – parte 2. Koogan

Cunha, N., & Machado, A. P. (2018). Proton pump inhibitors and the risk of severe adverse events - A cardiovascular bombshell?. Rev Port Cardiol. 37(10). 10.1016/j.repc.2017.10.012.

Damascena, R. S., & Costa, M. P. (2020). Perfil de Usuários de Omeprazol e Considerações Sobre Seu Uso Racional: Uma Revisão Bibliográfica. Id on Line Rev. Mult. Psic. 14(50). 10.14295/idonline.v14i50.2523.

Farrell, B., Pottie, K., Thompson, W., Boghossian, T., Pizzola, L., Rashid, F. J., Rojas-Fernandez, C., Walsh, K., Welch, V., & Moayyedi, P. (2017). Deprescribing proton pump inhibitors. Evidence-based clinical practice guideline. Canadian Family Physician May. 63(5). https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC5429051/.

Fioramonte, G. S., Brito, G. D., & Marques, G. L. (2020). Qualidade das prescrições de profilaxia para lesão aguda de mucosa gástrica em um hospital universitário no Brasil. Rev Med. 99(2). http://dx.doi.org/10.11606/issn.1679-9836.v99i2p122-127.

Forgacs, I., & Loganayagam, A. (2008). Overprescribing proton pump inhibitors. BMJ. 336(7634). 10.1136/bmj.39406.449456.BE.

Heidelbaugh, J. J., Goldberg, K. L., Inadomi, J. M. (2010). Magnitude and economic effect of overuse of antisecretory therapy in the ambulatory care setting. Am J Manag Care. 16(9). https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/21250399/.

Heidelbaugh, J. J., & Inadomi, J. M. (2006). Magnitude and economic impact of inappropriate use of stress ulcer prophylaxis in non-ICU hospitalized patients. Am J Gastroenterol. 101(10). 10.1111/j.1572-0241.2006.00839.x.

Klatte, D. C. F., Gasparini, A., Xu, H., Deco, P., Trevisan, M., Johansson, A. L. V., Wettermark, B., Ärnlöv, J., Cynthia, J. J., Bengt, L., Friedo, W. D., Josef, C., Morgan, E. G., & Juan, J. C. (2017). Association Between Proton Pump Inhibitor Use and Risk of Progression of Chronic Kidney Disease. Gastroenterology. 153(3). https://doi.org/10.1053/j.gastro.2017.05.046.

Lamont, J. T., Bakken, J. S., & Kelly, C. P. (2021). Clostridioides (formerly Clostridium) difficile infection in adults: Epidemiology, microbiology, and pathophysiology. UpToDate.

Li, W., Yu, L., & Zhou, Q. (2013). Pharmacokinetic drug interaction profile of omeprazole with adverse consequencesand clinical risk management. Ther Clin Risk Manag. 10.2147/TCRM.S43151.

Malfertheiner, P., Kandulski, A., & Venerito, M. (2017). Proton-pump inhibitors: understanding the complications and risks. Nat Rev Gastroenterol Hepatol. 10.1038/nrgastro.2017.117.

Peng, Y. C., Lin, C. L., Yeh, H. Z., Chang, C. S., Wu, Y. L., Kao, C. H. (2016). Association Between the Use of Proton Pump Inhibitors and the Risk of ESRD in Renal Diseases: A Population-Based, Case-Control Study. Medicine (Baltimore). 95(15). 10.1097/MD.0000000000003363.

Raseen, T., Singh, S., Gupta, A., Pardi, D. S., & Khanna, S. (2017). Association of Gastric Acid Suppression With Recurrent Clostridium difficile Infection: A Systematic Review and Meta-analysis. JAMA Intern Med. 177(6). DOI:10.1001/jamainternmed.2017.0212.

Reimer, C. (2013). Safety of long-term PPI therapy. Best Practice & Research Clinical Gastroenterology. 27(3). 10.1016/j.bpg.2013.06.001.

Romanowski, F.F.A et al (2019). Manual de tipos de estudo. Produção técnica de pós-graduação em odontologia. Centro Universtiário de Anápolis). Anápolis, Goiás.

Stetler, B. C., Morsi, D., Rucki, S., Broughton, S., Corrigan, B., Fitzgerald, J., Giuliano, K., Havener, P., & Sheridan, E. A. (1998). Utilization-focused integrative reviews in a nursing service. Appls Nurs Res. 11(4). 10.1016/s0897-1897(98)80329-7.

Toews, I., George, A. T., Peter, J. V., Kirubakaran, R., Fontes, L. E. S., Ezekiel, J. P. B., Meerpohl, J. J. (2018). Interventions for preventing upper gastrointestinal bleeding in people admitted to intensive care units. Cochrane Database Syst Rev. 6(6). 10.1002/14651858.CD008687.pub2.

Tomlinson, L. A., Fogarty, D. G., Douglas, I., & Nitsch, D. (2017). Pharmacoepidemiology for nephrologists: do proton pump inhibitors cause chronic kidney disease?. Nephrol Dial Transplant. 1(32). 10.1093/ndt/gfw349.

Weinhouse, G. L. (2022). Stress ulcers in the intensive care unit: Diagnosis, management and prevention. UpToDate.

Wolfe, M. (2021). Proton pump inhibitors: Overview of use and adverse effects in the treatment of acid related disorders. UpToDate.

World Health Organization - Who. (2015). Model List of Essential Medicines. WHO technical Report Series, Geneve.

Downloads

Publicado

18/06/2022

Como Citar

CARDOSO, D. S. .; MATOS, L. E. O.; BARROS, I. M. da C.; LISBOA, J. S.; FERNANDES, S. S. S.; LIMA, T. C. Desenvolvimento de um protocolo de inibidor de bomba de prótons na profilaxia de lesão aguda de mucosa gástrica: relato de experiência. Research, Society and Development, [S. l.], v. 11, n. 8, p. e25211830865, 2022. DOI: 10.33448/rsd-v11i8.30865. Disponível em: https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/30865. Acesso em: 8 jul. 2024.

Edição

Seção

Ciências da Saúde