Novas possibilidades farmacológicas para o tratamento da esquizofrenia: uma revisão integrativa de literatura
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v11i8.30967Palavras-chave:
Esquizofrenia; Medicamentos; Terapêuticas.Resumo
Introdução: em pessoas acometidas pela esquizofrenia quase metade dos pacientes que fazem o uso correto da medicação ainda sofrem com as manifestações da doença, já que os antipsicóticos atualmente disponíveis no mercado apenas amenizam a apresentação e a recorrência da maioria dos sintomas, mas não de todos eles. Objetivo: observar as pesquisas brasileiras no que permeia o desenvolvimento farmacológico do país que é de extrema relevância para a população como um todo. Metodologia: trata-se de uma pesquisa descritiva do tipo revisão integrativa da literatura, realizada através do acesso online nas bases de dados National Scientific Electronic Library Online (Scielo), Google Scholar e EBSCO Information Services, nos meses de março e abril de 2022. Resultados e discussão: são vários os efeitos dos antipsicóticos nas diferentes fases da esquizofrenia, e este grupo de fármacos reduz os sintomas psicóticos para além de melhorar o humor e reduzir distúrbios de sono. Eles se dividem em dois grupos: os típicos e os atípicos – diferenciam-se de acordo com a ocorrência de efeitos adversos. Estão entre eles o ácido ascórbico, Erythrina velutina, ácido alfa-lipóico, beta-cariofileno, Palmitato de Paliperidona, Aripiprazol, lumateperona, canabidiol. Considerações finais: nos estudos em animais, a suplementação de ácido ascórbico foi eficaz na prevenção de danos oxidativos e da perda sensório motor e o beta-cariofileno apresentou efeito antipsicótico e reverteu as alterações comportamentais; é de interesse que se faça estudos em humanos a fim de averiguar se esses efeitos podem ser reproduzidos em pessoas. O ácido alfa- lipóico pode ser usado como terapia adjuvante aos antipsicóticos atípicos causando redução de sintomas negativos e agitação psicomotora e melhora das funções cognitivas. O aripiprazol é uma boa alternativa para pacientes obesos ou com distúrbios metabólicos, no entanto, é de maior custo financeiro. A lumateperona é uma opção ao tratamento abrangente da esquizofrenia.
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