Relação da Aptidão Física com marcadores metabólicos em atletas de basquetebol
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v11i8.31234Palavras-chave:
Aptidão física; Inflamação; Atleta; Adolescente.Resumo
O objetivo do estudo foi comparar os níveis de aptidão física (AF) dos adolescentes atletas de basquetebol e correlacionar os marcadores metabólicos com a aptidão física dos jogadores de basquetebol. Foram avaliados os riscos cardiovasculares através da aferição de peso, da altura, da circunferência de cintura (CC), da pressão arterial (PA), do índice de massa corporal (IMC), do Cortisol e da Proteína C reativa; além da aptidão física pelos testes de flexibilidade, resistência muscular, agilidade, velocidade, força de membros superiores e inferiores e o VO2MÁX. Para a análise dos dados foi feito uma correlação de Pearson, test “t” de Student e um crosstab. Os resultados para a AF de força dos membros superiores foram: Excelente para adolescentes atleta (75%) e adolescentes da base (14,3%). Para a força dos membros inferiores foram: Excelente e Muito Bom para adolescentes atletas profissionais (50% e 37,5 %, respectivamente), e Muito Bom para adolescentes da base (57,1%). Além disso, quanto maior a agilidade, menor a força de membros inferiores (r=-0,577, p<0,005), e quanto maior o processo inflamatório, menor o VO2MÁX (r=-0,604, p<0,005). Conclui-se que, ao comparar a AF os adolescentes atletas possuem melhor aptidão em relação aos adolescentes da base. Ao correlacionar os marcadores metabólicos com a AF dos jogadores de basquetebol, a agilidade impacta negativamente a força de membros inferiores, bem como o processo inflamatório impacta o VO2MÁX.
Referências
Agostinis Sobrinho, C. A., Moreira, C. M. M., Mota, J. A. P. D. S., & Santos, R. M. R. (2015). Proteína C-reativa, atividade física e aptidão cardiorrespiratória em adolescentes portugueses: um estudo transversal. Cadernos de Saúde Pública, 31, 1907-1915.
Barros, E. D. S. (2019). Efeitos de um protocolo de treinamento periodizado sobre determinantes de desempenho e citocinas em atletas de elite e corredores recreacionais. Tese (doutorado) – Universidade Católica de Brasília, 2019 114 f. : il
Fernandez-Rodriguez, J. A., Ramos, H. S., Santamaria, O. M., & Ramos-Bermudez, S. (2018). Relação entre consumo de oxigênio, porcentagem de obesidade corporal e índice de massa corporal em universitários. Hacia la Promoción de la Salud, 23(2), 79-89.
Ferreira, L. & Gobbi, S. (2003). Agilidade geral e agilidade de membros superiores em mulheres de terceira idade treinadas e não treinadas. Revista Brasileira de Cineantropometria & Desempenho Humano, 5(1), 46-53.
García, E. J. A., Ruiz, M. L. D., El Khouri, G. N., Rojas, C. J., Mogollón, H. A. H., Almerida, V. N. Y., ... & Peña, Y. B. T. (2019). Condición física y factores de riesgo cardiovascular en adolescentes universitarios de Venezuela. Acta bioquímica clínica latinoamericana, 53(1), 25-35.
Harmse, B., & Kruger, H. S. (2010). Significant differences between serum CRP levels in children in different categories of physical activity: the PLAY study: cardiovascular topics. Cardiovascular journal of Africa, 21(6), 316-322.
Kasapis C., Thompson P.D., (2005). Os efeitos da atividade física na proteína C reativa sérica e marcadores inflamatórios: uma revisão sistemática. J Am Coll Cardiol. 45: 1563-1569.DOI:10.1016/j.jacc.2004.12.077
Lima, F. É. B., Junior, J. N. L., Pellegrinotti, Í. L., Lima, W. F., da Silva Lima, S. B., & Lima, F. B. (2017). Relação entre aptidão física e o nível de atividade física de adolescentes de 15 á 18 anos da cidade de jacarezinho/pr. BIOMOTRIZ, 11(3).
Maia, J. (2017). A ideia de Aptidão Física. Conceito, operacionalização e implicações. Boletim Sociedade Portuguesa de Educação Física, (17-18), 17-30.
Martinez-Gomez, D., Gomez-Martinez, S., Ruiz, J. R., Diaz, L. E., Ortega, F. B., Widhalm, K., ... & HELENA Study Group. (2012). Objectively-measured and self-reported physical activity and fitness in relation to inflammatory markers in European adolescents: the HELENA Study. Atherosclerosis, 221(1), 260-267.
Milani R.V., Lavie C.J., Mehra M.R., (2004). Redução da proteína C reativa através de reabilitação cardíaca e treinamento físico. J Am Coll Cardiol. 43: 1056-1061. DOI: 10.1016/j.jacc.2003.10.041
Miranda, V. P. N., Peluzio, M. D. C. G., Franceschini, S. D. C. C., & Priore, S. E. (2014). Marcadores inflamatórios na avaliação nutricional: relação com parâmetros antropométricos, composição corporal e níveis de atividade física. Revista da Associação Brasileira de Nutrição-RASBRAN, 6(1), 61-72.
Montoro, A. P. P. N., Leite, C. R., Espíndola, J. A., Alexandre, J. M., da Silva Reis, M., Capistrano, R., ... & Beltrame, T. S. (2016). Aptidão física relacionada à saúde de escolares com idade de 7 a 10 anos. ABCS Health Sciences, 41(1).
Moreira, C. D., Baião, B., de Almeida, T. F., Soares, L. A., & de Oliveira, R. A. R. (2017). Nível de aptidão física para o desempenho esportivo em participantes adolescentes do projeto esporte em ação. RBPFEX-Revista Brasileira de Prescrição e Fisiologia do Exercício, 11(64), 74-82.
Nascimento-Carvalho, B. D., Mayta, M. A. C., Izaias, J. E., Doro, M. R., Scapini, K., Caperuto, E., ... & Sanches, I. C. (2018). Cardiac sympathetic modulation increase after weight loss in combat sports athletes. Revista Brasileira de Medicina do Esporte, 24, 413-417.
Oliveira, G., Silva, T. L. N. D., Silva, I. B. D., Coutinho, E. S. F., Bloch, K. V., & Oliveira, E. R. A. D. (2019). Agregação dos fatores de risco cardiovascular: álcool, fumo, excesso de peso e sono de curta duração em adolescentes do estudo ERICA. Cadernos de Saúde Pública, 35.
Oliveira, L. F.; Rodrigues, P. A. S. (2016) Circunferência de cintura: protocolos de mensuração e sua aplicabilidade prática. Nutrivisa – Rev.de Nutr. e Vigi.em Saúde. 3(2) ∙ julho-outubro.
Oliveira, R. A. & Navarro, F. (2007). Comparação metabólica e antropométrica da aptidão física de atletas de basquetebol após um período de destreinamento. Revisa Brasileira de Prescrição e Fisiologia do exercício, 1(1).
Parrett, A. L., Valentine, R. J., Arngrimsson, S. A., Castelli, D. M., & Evans, E. M. (2010). Adiposity, activity, fitness, and C-reactive protein in children. Medicine and science in sports and exercise, 42(11), 1981-1986.
Petry, F., Manchini, A. R., Rossato, V. M., & Panda, M. D. J. (2014). Características da valência física agilidade dos alunos do PIBID/UniCruz/Educação Física. XVII Seminário Internacional de Educação no Mercosul. UNICRUZ.
Plaisance, E. P., & Grandjean, P. W. (2006). Physical activity and high-sensitivity C-reactive protein. Sports medicine, 36(5), 443-458.
Pombo, L. D. R. (2015). Comportamento de variáveis antropométricas, pressão arterial sistólica e diastólica, frequência cardíaca e consumo máximo de oxigênio (VO2 MAX) em homens com diferentes estados nutricionais. Repositório Institucional da UFPR
Puder, J. J., Schindler, C., Zahner, L., & Kriemler, S. (2011). Adiposity, fitness and metabolic risk in children: a cross‐sectional and longitudinal
study. International Journal of Pediatric Obesity, 6(2Part2), e297-e306.
Rosa, A. S. P. (2011). Comparação do perfil antropométrico: peso, altura e IMC de atletas do Santos Futebol Clube profissional e sub-20. RBFF-Revista Brasileira de Futsal e Futebol, 3(8).
Santos Filho, R. D., & Martinez, T. L. (2002). Fatores de risco para doença cardiovascular: velhos e novos fatores de risco, velhos problemas!. Arquivos Brasileiros de Endocrinologia & Metabologia, 46(3), 212-214.
Silva, G. C. B. (2018). Respostas psicofisiológicas de nadadores brasileiros de acordo com o sexo, especialidade competitiva e performance. Programa Stricto Sensu em Educação Física - Universidade Católica de Brasília, Brasília, 2018. 79 f. Tese
Smith JK, Dykes R, Douglas JE, Krishnaswamy G, Berk S. (1999). Exercício de longo prazo e atividade aterogênica das células mononucleares do sangue em pessoas com risco de desenvolver doença cardíaca isquêmica. JAMA, 281: 1722-1727. DOI: 10.1001/jama.281.18.1722
Souza, K. H. D. M. D. (2016). Níveis de agilidade de meninos e meninas praticantes de futsal de Sombrio–SC. Repositório Institucional da UNESC. http//repositorio.unesc.net/handle/1/4276
Tozetto, A. V. B., Milistetd, M., Medeiros, T. E., & Ignachewski, W. L. (2012). Desempenho de jovens atletas sobre as capacidades físicas, flexibilidade, força e agilidade. Cinergis, 13(2).
Tam, C. S., Clement, K., Baur, L. A., & Tordjman, J. (2010). Obesity and low‐grade inflammation: a paediatric perspective. Obesity Reviews, 11(2), 118-126.
Wannamethee SG, Lowe GD, Whincup PH, Rumley A, Walker M, Lennon L. (2002). Atividade física e variáveis hemostáticas e inflamatórias em homens idosos. Circulação, 105: 1785–1790.DOI: 10.1161/hc1502.107117
World Health Organization. (2010). Global recommendations on physical activity for health. World Health Organization.
World Health Organization. 1998 Obesity: preventing and managing the global epidemic. WHO Technical Report Series, Geneva, n. 894, (Technical Report Series, n. 894).
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2022 Patrícia Espíndola Mota Venâncio; Thiago Pedro Bento de Castro; Pablo Yan Batista; Raika Eduarda Rodrigues da Silva; Jairo Teixeira Junior; Viviane Soares
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
1) Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
2) Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
3) Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.
