Estratégias formativas em Educação Permanente e produção de conhecimento na interface entre Economia Solidária e Saúde Mental
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v11i10.31249Palavras-chave:
Educação continuada; Saúde Mental; Economia Solidária; Educação em Saúde; Políticas públicas.Resumo
Em 2004, a Educação Permanente em Saúde ganha destaque no Brasil enquanto política pública. Por sua vez, a política nacional de Saúde Mental afirma como um de seus objetivos a inclusão de seu público alvo pelo trabalho. Neste contexto, várias iniciativas vêm sendo erigidas de acordo com princípios da Economia Solidária. Ainda, trabalhadores da saúde e dos empreendimentos vêm unindo forças com agentes vinculados a Universidades, a associações, etc. configurando redes de Economia Solidária e Saúde Mental, com objetivo de fortalecer a geração de trabalho e renda. É intenção do presente artigo apresentar reflexões sobre a Educação Permanente em Saúde, a partir da descrição de ações formativas realizadas por duas destas redes. Para tanto, foi elaborada a pesquisa-ação “Redes de Economia Solidária: potencialidades, barreiras e estratégias”, de base qualitativa. Como técnicas de coleta de dados foram realizadas entrevistas com pessoas-chave vinculadas a uma das redes estudadas e anotações em diário de campo, advindas da participação nas reuniões e nas ações desenvolvidas pelas duas redes. Enquanto resultados, destaca-se: a importância das redes para o desenvolvimento de ações formativas em saúde; a necessidade de transpor a noção conteudista, hierárquica e tecnicista, muitas vezes presentes nas ações de Educação Permanente em Saúde, na procura por espaços de formação, nos quais encontros comunitários dialógicos e democráticos possam se estabelecer e (re)configurar processos de trabalho. Ainda, ressaltou-se a importância de uma formação que promova criticamente a (re)construção de políticas públicas.
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