Aplicativo mHealth para monitoramento de recaída no uso de substâncias lícitas e ilícitas vinculado a um serviço de saúde
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v11i8.31302Palavras-chave:
Transtornos Relacionados ao Uso de Substâncias; Alcoolismo; Tabagismo; Saúde Móvel; Aplicativos móveis.Resumo
Objetivo: O objetivo deste artigo é apresentar o processo de criação de um protótipo do aplicativo (App) mHealth, chamado APTAD Natal. O App se direciona aos pacientes dependentes de cigarro, álcool e/ou drogas ilícitas atendidos no Ambulatório de Prevenção e Tratamento do Tabagismo, Alcoolismo e Outras Drogadições (APTAD), localizado na cidade de Natal, no Brasil. O protótipo tem a finalidade de auxiliar no monitoramento de recaídas por meio do automonitoramento e da vigilância dos familiares, para que o paciente se mantenha abstêmio e, assim, reduza os fatores de risco para as Doenças Crônicas Não Transmissíveis. Método: Utilizou-se a prática de pesquisa do Design Participativo, visando a conscientização dos profissionais da equipe multiprofissional do serviço de saúde quanto ao uso das ferramentas da Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC). Resultados: Houve sucesso na entrega do protótipo do aplicativo mHealth APTAD Natal aos profissionais da equipe multiprofissional, aos pacientes atendidos no ambulatório e aos seus familiares. O instrumento se destaca por inovar ao prestar suporte terapêutico às três dependências mais prevalentes: tabagismo, etilismo e uso de substâncias ilícitas, além de funcionar integrado ao sistema de Prontuário Eletrônico do Paciente já em uso no ambulatório. Conclusão: Mediante o compartilhamento de dificuldades e experiências dos profissionais de saúde e o uso da TIC e das ferramentas do mHealth (Saúde Móvel), é possível inovar e aumentar o alcance das intervenções terapêuticas de forma remota através dos aplicativos mHealth, que auxiliam no tratamento dos pacientes diariamente, 24h por dia.
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