Redes Sociais: O impacto de influenciadores brasileiros no comportamento alimentar de mulheres
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v11i8.31313Palavras-chave:
Comportamento alimentar; Redes sociais; Mulheres; Autoimagem; Nutrição.Resumo
Atualmente encontra-se em ampla distribuição, diversas informações depositadas por meio das redes sociais, aumentando em larga escala a quantidade de perfil de influenciadores que bombardeiam dicas sobre como chegar à magreza, trazendo conselhos sobre alimentação, sem possuir formação acadêmica. Isto coloca em risco a saúde da população, pois suas instruções equivocadas e imprecisas, impactam diretamente sobre os padrões comportamentais alimentares das pessoas que as seguem, resultando em mudanças na forma de se alimentar na qual o público feminino é o mais afetado. As mulheres estão em busca de informações a respeito de corpos e alimentação, pois sempre estão em constante tentativa de encontrar a perfeição, trazendo consigo possíveis transtornos e baixa autoestima. Este estudo teve como objetivo investigar o impacto que os influenciadores causam sobre o comportamento alimentar de mulheres. Estudo do tipo observacional, qualitativo e descritivo, um grupo de 88 mulheres que utilizam redes sociais e seguem influenciadores brasileiros fitness, responderam um formulário online, divulgado por meio das redes sociais, realizado e coletado em 2022. Ao serem analisadas mostraram que as dicas e dietas da moda postadas podem trazer impactos negativos em relação ao comportamento alimentar das mulheres, pois 44% relatam sentir culpa ao alimentar-se, e 74% sentem seu corpo inferior quando comparados ao dos influenciadores, e 67% já modificaram hábitos alimentares. Assim, esse estudo se faz necessário para contestar informações que não sejam asseguradas por profissionais da saúde, como o nutricionista, e intensificar a importância de prioridade do atendimento individualizado para melhora de saúde da população.
Referências
Almeida, S. G., Almeida, A. G., Santos, A. L., & Silva, M. L. (2018). A Influência de uma Rede Social nos Padrões de Alimentação de Usuários e Profissionais de Saúde Seguidores de Perfis Fitness. Ensaios e Ciências, 22(3), 194–200. https://doi.org/http://dx.doi.org/10.17921/1415-6938.2018v22n3p194-200
Assis, L. C., Guedine, C. R. C., & Carvalho, P. H. B. (2020). Uso da mídia social e sua associação com comportamentos alimentares disfuncionais em estudantes de Nutrição. Jornal Brasileiro de Psiquiatria, 69(4), 220–227. https://doi.org/10.1590/0047-2085000000288
Barcelos, R. H., & Rossi, C. A. V. (2014). Mídias sociais e adolescentes: uma análise das consequências ambivalentes e das estratégias de consumo. Revista de Administração e Contabilidade Da Unisinos, 11(2), 93–110. https://doi.org/10.4013/base.2014.112.01
Faria, A. L., Almeida, S. G., & Ramos, T. M. (2021). Impactos e consequências das dietas da moda e da suplementação no comportamento alimentar. Research, Society and Development, 10(10), 1–13. https://doi.org/http://dx.doi.org/10.33448/rsd-v10i10.19089
Gaspatto, A. P. G., Freitas, C. O. A., & Efing, A. C. (2019). Responsabilidade civil dos influenciadores digitais. Revista Jurídica Cesumar, 19(1), 65–87. https://doi.org/10.17765/2176-9184.2019v19n1p65-87
Grieger, J. D., & Francisco, R. E. B. (2019). Um estudo sobre influenciadores digitais: comportamento digital e identidade em torno de marcas de moda e beleza em redes sociais online. Comunicação de Pesquisa, 39–42. https://doi.org/10.5380/atoz.v8i1.67259
Jacob, H. (2015). Redes sociais, mulheres e corpo: um estudo da linguagem. Revista Comunicare, 14, 18.
Lent, R. (2010). Cem bilhões de neurônios conceitos fundamentais de neurociência.pdf (Atheneu (ed.); 2nd ed.). 2010.
Magalhães, L. M., Brasil, A. C., Bernardes, & Tiengo, A. (2017). A influência de blogueiras fitness no consumo alimentar da população. Revista Brasileira de Obesidade, Nutrição e Emagrecimento, 11(66), 685–692.
Marteleto, R. M. (2001). Análise de redes sociais – aplicação nos estudos de transferência da informação. Ciência Da Informação, 30(1), 71–81. https://doi.org/https://doi.org/10.1590/S0100-19652001000100009
Peixoto, S., & Gomes, I. (2020). Redes Sociais e Escolhas Alimentares. Faculdade de Ciências da Nutrição e Alimentação da Universidade do Porto FCNAUP - Tese de Licenciatura. https://hdl.handle.net/10216/128288
Quaioti, T. C. B., & Almeida, S. S. (2006). Determinantes psicobiológicos do comportamento alimentar: Ênfase em fatores ambientais que contribuem para a obesidade. Psicologia USP, 17(4), 19. https://doi.org/https://doi.org/10.1590/S0103-65642006000400011
Rengel, J. T. dos S. (2021). Retratos fenomenológicos da compulsão alimentar em mulheres brasileiras. Revista Interdisciplinar Da Faculdade Ielusc, 4, 167–180. http://revistaredes.ielusc.br/index.php/revistaredes/article/view/125
Rigoni, A. C. C., Nunes, F. G. B., & Fonseca, K. M. (2017). O culto ao corpo e suas formas de propagação na rede social facebook: implicações para a Educação Física Escolar. Motrivivência, 29, 126–143. https://doi.org/https://doi.org/10.5007/2175-8042.2017v29nespp126
Santos, M. M., Moura, P. S., Flauzino, P. A., Alvarenga, M. S., Arruda, S. P. M., & Carioca, A. A. F. (2020). Comportamento alimentar e imagem corporal em universitários da área de saúde. Jornal Brasileiro de Psiquiatria, 70(2), 126–133. https://doi.org/10.1590/0047-2085000000308
Sanz, Y. (2010). Effects of a gluten-free diet on gut microbiota and immune function in healthy adult humans. Gut Microbes, 1, 135–137. https://doi.org/https://doi.org/10.4161/gmic.1.3.11868
Silva, S. (2018). Influenciadores digitais: Uma análise do seu impacto nas relações de consumo sob a visão do direito do consumidor. Universidade Federal Fluminense MDI - Trabalhos de Conclusão de Curso - Macaé.
Terra, S. (2018) Fake news e ativismo comprometem informação sobre nutrição. Veja saúde. https://saude.abril.com.br/coluna/alimente-se-com-ciencia/fake-news-e-ativismo-comprometem-informacao-sobre-nutricao/
Toassa, E. C., Leal, G. V. S., Wen, C. L., & Philipi, S. T. (2010). Atividades lúdicas na orientação nutricional de adolescentes do Projeto Jovem Doutor. Nutrire Rev. Soc. Bras. Aliment. Nutr, 35(3), 17–28.
Tomaél, M. I., Alcará, A. R., & Di Chiara, I. G. (2005). Das redes sociais à inovação. Ciência Da Informação, 34(2), 93–104. https://doi.org/https://doi.org/10.1590/S0100-19652005000200010
Vaz, L. C. S., & Fernandes, N. C. P. V. (2021). Redes sociais e a distorção da autoimagem – um olhar atento sobre o impacto que os influenciadores digitais provocam na autoestima das mulheres 1 Lara Cristina Stoppa Vaz e Natane Cristina Pereira Vassoler Fernandes. Anima Educação.
Xavier, S. (2017). Dietas pobres em hidratos de carbono na perda de peso corporal. Faculdade de Ciências Da Nutrição e Alimentação Da Universidade Do Porto. Repositório Aberto da Universidade do Porto
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2022 Nathalia Oliveira Esteves; Rebeca de Souza Veras; Ana Cristina de Castro Pereira Santos
![Creative Commons License](http://i.creativecommons.org/l/by/4.0/88x31.png)
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
1) Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
2) Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
3) Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.