Osteoporose densitometrica: perfil epidemiológico de um município do sudoeste goiano
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v11i9.31505Palavras-chave:
Densidade óssea; Osteoporose; Epidemiologia; Idosos.Resumo
Objetivos: Avaliar a prevalência de osteoporose em pacientes idosos de Mineiros-GO e comparar os dados encontrados com dados da população mundial, identificando diferenças ou semelhanças. Metodologia: Estudo retrospectivo, descritivo e transversal. Os dados foram coletados através do acesso aos exames de densitometria óssea (DMO) realizados entre 2017-2021 no Centro Diagnóstico de Imagem em Mineiros-GO, em pacientes com idade ≥ 60 anos. Foi utilizado a versão 26,0 para analisar os resultados (Statistical Package for Social Science). Resultados: Dos 315 pacientes, 97,1% eram mulheres. A média da faixa etária foi de 71 anos. Dentre os sítios pesquisados o antebraço foi realizado em menor frequência. Pacientes com idade avançada apresentaram menores valores de massa óssea. Correlacionando valor de massa óssea e sexo houve diferença apenas em rádio 33%, onde mulheres apresentam valores inferiores. Valores de T-escore compatíveis com osteoporose, foram mais prevalentes em pacientes com idade ≥70 anos. Essa análise em relação ao sexo, não apresentou diferença significativa. Enfim, foi observado que nenhum indivíduo do sexo masculino realizou DMO de controle. Em contrapartida, a maioria das mulheres que repetiram o exame fizeram em 2 anos ou menos após a realização do primeiro exame. Conclusão: A osteoporose é uma doença prevalente em nosso meio. Portanto, é necessária atenção dos profissionais de saúde, principalmente grupos de risco, como idade ≥70 anos. Ademais, diferenças relacionadas ao sexo precisam ser valorizadas, como a baixa taxa de realização de DMO em homens e menores valores de massa óssea em rádio em mulheres.
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