Reações e sentimentos maternos frente a internação do filho em uma Unidade de Terapia Intensiva Neonatal: uma revisão narrativa de literatura
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v11i8.31527Palavras-chave:
Maternidade; Internação; Terapia intensiva; Recém-nascido; Dinâmica familiar.Resumo
Introdução: Há uma pressão social intrínseca depositada sobre a vida das mulheres em relação à maternidade e, por isso, quando o período gestatório não termina como o esperado, ocorre um grande impacto no ambiente familiar e, principalmente, na relação mãe-bebê. Objetivos: elucidar as concepções referentes ao sentimento da maternidade diante da internação do neonato em terapia intensiva, procurando estabelecer desafios e aprendizados referentes ao âmbito. Metodologia: Trata-se de uma pesquisa descritiva do tipo revisão narrativa da literatura. A pesquisa foi realizada através do acesso online nas bases de dados National Library of Medicine (PubMed MEDLINE), Scientific Electronic Library Online (Scielo), Cochrane Database of Systematic Reviews (CDSR), Google Scholar, Biblioteca Virtual em Saúde (BVS) e EBSCO Information Services. Resultados e discussão: A alta complexidade de procedimentos realizados na Unidade de Terapia Intensiva (UTIN) restringe os horários de visita e contato físico tão esperado pela gestante e, por isso, a internação de um recém-nascido (RN) na UTI neonatal demanda a reorganização de uma nova rotina para a família do neonato. Dessa forma, a dinâmica familiar é alterada e desperta diversos sentimentos na puérpera, como ansiedade devido a separação precoce, fracasso, insegurança, preocupação e diminuição ou até mesmo ausência de confiança na capacidade de cuidar do seu filho. Essa experiência vivenciada pela mãe pode desencadear o surgimento de quadros depressivos, transtornos de ansiedade, fadiga e distúrbios do sono afetando o vínculo familiar. Considerações finais: Com isso, nota-se que a hospitalização de um RN impacta as expectativas idealizadas diante do nascimento do filho. Dessa forma, a comunicação da equipe multidisciplinar do hospital com a família do bebê é de extrema importância para a construção de autonomia da família.
Referências
Arruda, C. P. et al. (2019). Reações e sentimentos da família frente à internação do recém-nascido na unidade neonatal. REAS/EJCH, 11 (15), 1-9.
Barros, S. M. M., et al. (2007). Maternidade “prematura”: uma investigação psicossociológica na unidade de terapia intensiva neonatal. Psicologia, Saúde e Doenças, 8 (2), 253-269.
Bernadino, F. B. S. et al. (2022). Tendência da mortalidade neonatal no Brasil de 2007 a 2017. Ciência & Saúde Coletiva, 27 (2), 567-578.
Cavalcanti, E. C., et al. (2020). Lesão por pressão relacionada a dispositivo médico em adultos: revisão integrativa. Texto Contexto Enferm., 29 (2), 1-14.
Costa, P. et al. (2018). Nursing diagnoses in primary health care consultations to newborns. Rev Bras Enferm. 71 (6), 2961-2968.
Freitas, K. S., et al. (2012). Conforto na perspectiva de familiares de pessoas internadas em Unidade de Terapia Intensiva. Texto & Contexto-Enfermagem, 221 (4), 896-904.
Gomes, T. R. A., et al. (2020). A relação mãe-bebê prematuro na UTI neonatal: Um olhar Winnicottiano. REAS/EJCH. 12 (2), 1-8.
Guidolin, B. L., et al. (2011). Sintomas depressivos e de ansiedade em mães durante internação pediátrica em um hospital universitário. Revista de psiquiatria do Rio Grande do Sul, 33(2), 80-86.
Hagen, I. H., et al. (2016). Differences and similarities between mothers and fathers of premature children: a qualitative study of parents’ coping experiences in a neonatal intensive care unit. BMC Pediatrics, 16 (92), 1-11.
Kegler, J. J. et al. (2019). Estresse em pais de recém-nascidos em uma Unidade de Terapia Intensiva Neonatal. Esc Anna Nery., 23 (1), 1-6.
Lima, L. G., et al. (2019). A experiência da maternidade diante da internação do bebê em uti: uma montanha russa de sentimentos. Revista Psicologia em Estudo, 24 (8), 1-14.
Luz S. C. L. (2022). Método Canguru: potencialidades, barreiras e dificuldades nos cuidados humanizados ao recém-nascido na UTI Neonatal. Rev Bras Enferm., 75 (2), 1-8.
Morais, A. C., et al. (2020). Práticas de aleitamento materno em unidade de terapia intensiva neonatal. Rev Baiana de Enferm., 34 (7), 1-11.
Reichert, A. P. S., et al. (2007). Humanização do Cuidado da UTI Neonatal. Revista Eletrônica de Enfermagem, 9 (1), 200-213.
Rodrigues, J. I. B., et al. (2020). Preocupações e necessidades dos pais de crianças hospitalizadas. Saúde Soc. São Paulo, 29 (2), 1-14.
Santos, L. F. et al. (2017). Forças que interferem na maternagem em unidade de terapia intensiva neonatal. Texto Contexto Enferm., 26 (3), 1-10.
Silva, E. M. P. et al. (2019). Impacto da implantação da Rede Cegonha nos óbitos neonatais. Rev Enferm UFPE, 13 (5), 1317-1326.
Soares, F. M. P. (2018). Interferências traumáticas da internação na UTI neonatal na capacidade de maternagem: contribuições winnicottianas a partir do conceito de Preocupação Materna Primária. Nat. hum., 20 (2), 71-79.
Veronez, M. (2017). Vivência de mães de bebês prematuros do nascimento a alta: notas de diários de campo. Rev Gaúcha Enferm., 38 (2), 1-8.
Yismaw, A. E., et al. (2018). Proportion and factors of death among preterm neonates admitted in University of Gondar comprehensive specialized hospital neonatal intensive care unit, Northwest Ethiopia. BMC Research Notes, 11 (1), 567-578.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2022 Maria Jacilene de Araújo Gomes; Amanda Silva Pereira; Aurélia Silva Rodrigues; Bárbara Queiroz de Figueiredo; Bruna Cristine Ulhoa Carvalho; Cynthia Moraes Alvim; Eduardo Batista de Carvalho; Sara Rosa Peixoto; Soraya Martins Mendes Vieira; Vivian Lee Neves Borges
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
1) Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
2) Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
3) Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.