Perfil epidemiológico da mortalidade por neoplasia de esôfago no Brasil, Nordeste e Sergipe no período de 2014 a 2019
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v11i8.31571Palavras-chave:
Neoplasias; Esôfago; Mortalidade.Resumo
Objetivou-se analisar as taxas de mortalidade por neoplasias esofágicas no Brasil, na região Nordeste e no estado Sergipe, durante o período de 2014 a 2019, a partir do banco de dados disponível no Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM) do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS). Os dados foram dispostos por intermédio de frequência absoluta e relativa, média, desvio padrão (DP), mínimo e máximo. A taxa de mortalidade foi calculada pela divisão do número de mortes de câncer de esôfago em um local ou período dividido pela população deste mesmo local, multiplicado por cem mil. A média anual geral de óbitos por câncer de esôfago no Brasil foi de 4,05 para cada 100 mil habitantes. No sexo feminino foi de 1,77/100 mil mulheres e para o masculino 6,39/100 mil homens. No Nordeste, a média no geral foi de 3,04/100 mil habitantes, no feminino 0,15/100 mil mulheres e no masculino 4,64/100 mil homens. No estado de Sergipe a média geral foi de 2,44 mortes/100 mil habitantes, seguido de 0,97 e 3,99/100 mil mulheres e homens, respectivamente. Para ambos os sexos, há um aumento nas taxas de óbito por câncer de esôfago a partir dos 40-49 anos de idade, com um aumento exponencial a partir dos 50 anos de idade. Constatou-se também, maior mortalidade por essa afecção no sexo masculino tanto no Brasil, quanto na região Nordeste e no estado de Sergipe.
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