Composição florística do banco de sementes em área de recuperação aos dez anos de idade no sul do país
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v9i5.3174Palavras-chave:
Espécies florestais; Herbáceas; Regeneração; Serapilheira; Borda da floresta.Resumo
O trabalho teve como objetivo conhecer a densidade e a composição de espécies do banco de sementes da serapilheira e do solo em uma área de recuperação, em Guarapuava, PR. Foram instaladas 50 parcelas de área fixa (100m² cada), realizado o censo florestal e definido três tratamentos em função da área basal, sendo: inferior – T1, intermediária – T2 e superior – T3. Foram coletadas 25 amostras de solo e 25 de serapilheira ao final de cada estação e levadas para a casa de vegetação por um período de 8 meses para a emergência das plântulas, com avaliação mensal, identificação e contagem. Foram identificados 17.303 indivíduos, pertencentes a 80 espécies e 42 famílias. Destas, 89,6 % são herbáceas, pertencentes a 62 espécies e 31 famílias e 10,4%, são espécies florestais/arbustivas, pertencentes a 18 espécies e 14 famílias. As espécies florestais/arbustivas mais representativas foram M. scabrella e Baccharis sp. com 492 e 1.051 indivíduos, respectivamente. A estação inverno obteve maior número de plântulas, seguido do verão e outono, diferindo estatisticamente da primavera. Na parte interna da floresta foram amostrados o maior número de espécies, de indivíduos e de espécies florestais do que em relação à borda, tendência observada nas estações e também em relação às amostras de solo quando comparadas às amostras de serapilheira. A similaridade entre o banco de sementes e a regeneração foi alta (0,48) e entre o banco de sementes e o estrato arbóreo foi menor (0,28). Sugere-se que a área sem intervenção tem conseguido se desenvolver e estabelecer novas espécies.
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