Avaliação da atividade antibacteriana de um biomodificador dentinário à base de óleo de Copaifera multijulga Hayne
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v11i9.31909Palavras-chave:
Copaifera; Microbiologia; Fitoterapia; Materiais dentários.Resumo
Objetivos: Avaliar in vitro a atividade antibacteriana de um biomodificador dentinário à base do óleo de copaíba. Metodologia: O teste de atividade antibacteriana foi realizado no período de 12 meses, onde a emulsão foi armazenada em diferentes ambientes e analisada em 0, 3 e 12 meses. Para tanto, foram utilizados os micro-organismos Streptococcus mutans e Lactobacillus paracasei. O controle positivo foi o digluconato de clorexidina a 2% e o controle negativo os veículos da emulsão: água destilada, diazolidinil uréa a 0,5% e polisorbato 80 a 1%. Foram utilizadas microplacas de 96 orifícios, de forma que cada poço possuísse um volume final de 100 µL. Na microplaca, as colunas foram distribuídas nos números de 1 a 12 e as linhas nas letras “A” até “G”. Nos poços, a emulsão foi distribuída nas diferentes concentrações, além do controle negativo e do controle positivo. Resultados: A emulsão apresentou atividade bactericida ou bacteriostática frente a todos os microrganismos testados em todas as concentrações para os microrganismos S. mutans e L. paracasei no tempo zero. Após 12 meses, a formulação da emulsão à base do óleo de copaíba permaneceu exercendo atividade bactericida e bacteriostática nas concentrações 26,66 μL/mL e 15 μL/mL, respectivamente, frente ao microrganismo S. mutans. O ambiente geladeira apresentou-se com atividade bacteriostática, enquanto o ambiente ar condicionado mostrou-se com atividade bactericida frente ao S. mutans no período de 12 meses. Conclusão: O biomodificador apresentou atividade bactericida e/ou bacteriostática em diferentes ambientes por 12 meses, podendo ser armazenada em geladeira.
Referências
Almeida e Silva, J. E., de Andrade Picanço, T., Damasceno Paranatinga, I. L., Vieira de Sousa Júnior, J. J., da Silva Escher, S. K., & Pacheco de Oliveira, E. C. (2020). Avaliação da atividade antimicrobiana e determinação da concentração mínima inibitória. Rev. UNINGÁ, 57 (2), 12-22.
Andrews, J. M. (2001). Determination of minimum inhibitory concentrations. J Antimicrob Chemother, 48(1), 5-16.
Araújo, E. A. M., Lima, G. R., Melo, L. A. S., Sousa, L. B., VAsconcellos, M. C., Conde, N. C. O., Toda, C., Hanan, S. A., Filho, A. O. A. & Bandeira, M. F. C. L. (2021). Effect of a Copaiba Oil-Based Dental Biomodifier on the Inhibition of Metalloproteinase in Adhesive Restoration. Adv Pharmacol Pharm Sci, 2021(3), 1-10.
Araújo, L. C. R., Lins, M. A., Lima, G. R., Moreschi, A. N. C., Lima, E. S., Hanan, S. A., Toda, C. & Bandeira, M. C. L. (2020). Atividade do óleo de copaíba sobre radicais livres formados durante a resposta inflamatória / copaíba oil’s activity on free radicals during the inflammatory response. Braz J Dev, 6 (7), 53538-53553.
Bandeira, M. F. C. L., Freitas, A. L., Menezes, M. S. C., Silva, J. S., Sombra, G. A. D., Araújo, E. A. M., Toda, C., Moreschi, A. C. & Conde, N. C. O. (2020). Adhesive resistance of a copaiba oil-based dentin biomodifier. Braz Oral Res, 34, 1-10.
Bandeira, M. F. C. L. et al. (2016). Dentin Cleaning Ability of an Amazon Bioactive: Evaluation by Scanning Electron Microscopy. The Open Dent J, 10(1), 182- 87.
Besic, F.C. (1943). The Fate of Bacteria Sealed in Dental Cavities. J Dent. Res. 22(10), 349-354.
Breschi, L., Mazonni, A., Nato, F., Carrilho, M., Visintini, E., Tjaderhane, L., Ruggeri Jr, A., Tay, F. R., Dorigo, E. S. & Pashley, D. H. (2010). Chlorhexidine stabilizes the adhesive interface: a 2-year in vitro study. Dent Mater, 26(4), 320-325.
Carrilho, M. R., Carvalho, R. M., Sousa, E. N., Nicolau, J., Breschi, L., Mazzoni, A., Tjaderhane, L., Tay. F. R., Agee, K. & Pashley, D. H. (2010). Substantivity of chlorhexidine to human dentin. Dent Mater,26 (8),779-85.
Chen, M. C., Hsu, C. L. & Lee, L. H. (2019). Service Quality and Customer Satisfaction in Pharmaceutical Logistics: An Analysis Based on Kano Model and Importance-Satisfaction Model. Int. J. Environ. Res. Public Health, 16(21),4091-4114.
De Bari, C. N. C., Sampaio, F., Conde, N., Moura, L., Veiga Júnior, V., Barbosa, G., Vasconcellos, M., Toda, C., Venâncio, G. & Bandeira, M. F. (2010). Amazon emulsions as cavity cleansers: antibacterial activity, cytotoxicity and changes in human tooth color. Rev Bras Farmacogn, 26(4),497-501.
De Bari, C. C., Sampaio, F., Conde, N., Moura, L., Veiga Júnior, V., Barbosa, G., Vasconcellos, M., Toda, C., Venâncio, G. & Bandeira, M. F. (2016). Amazon emulsions as cavity cleansers: antibacterial activity, cytotoxicity and changes in human tooth color. Rev Bras Farmacogn, 26(2016), 497-501.
Diefenbach, A. L., Muniz, F. W. M. G., Oballe, H. J. R. & Rosing, C. K. (2017). Antimicrobial activity of copaiba oil (Copaifera ssp.) on oral pathogens: Systematic review. Phytother Res, 32(4), 586-596.
Garrido, A. D. B., Cara, S. P. H. M., Marques, M. M., Sponchiado Jr, E. C., Garcia, L. F. R. & Sousa-Neto, M. D. (2015). Cytotoxicity evaluation of a copaiba oil-based root canal sealer compared to three commonly used sealers in endodontics. Dent Res J (Isfahan), 12(2), 121-126.
Leandro, L. M., Vargas, F.S., Barbosa, P. C. S, Neves, J. K. O., Da Silva, J. A. & Veiga Junior, V. F. (2012). Chemistry and Biological Activities of Terpenoids from Copaiba (Copaifera spp.) Oleoresins. Molecules, 17(4),3866-3889.
Lima, G. R., Cavalcante, L. S., Moraes, B. F., Araújo, E. A. M., Milério, P. S. L. L., Conde, N. C. O, Toda, C., Hanan, S. A. & Bandeira, M. C. L F. (2022). Quality control of dentin biomodifiers based on Copaiba oil. Conjecturas. 22(2), 798–812.
Meira, J. F., Lima, G. R., Libório-Kimura, T. N., Vasconcellos, M. C., Sampaio, F. C., Toda, C., Conde, N. C. O. & Bandeira, M. F. C. L. (2020). Avaliação histomorfométrica do efeito de um biomodificador de dentina à base de óleo de copaíba (Copaifera multijuga Hayne) na camada híbrida. Braz J Dev, 6 (9), 65445-65458.
Mertz-Fairhurst, E. J., Curtis Jr, J. W., Ergle, J. W., Rueggeberg, F. A. & Adair, S. M. (1988). Ultraconservative and cariostatic sealed restorations: results at year 10. J Am Dent Assoc. 129 (1), 55-66.
Moraes, T. S., Leandro, L. F., Santiago, M. B. et al. (2020). Assessment of the antibacterial, antivirulence, and action mechanism of Copaifera pubiflora oleoresin and isolated compounds against oral bacteria. Biomed Pharmacother. 129,110467.
Moromi, H. N., Ramos, D. P., Villavicencio, G. J., Martinez, C. E., Mendoza, A. R., Chavez, E. A., Ortiz, L. F. & Quispe, A. S. (2018). In vitro Study of the Antibacterial Effect of Oleoresin of Copaifera reticulata and the Essential Oil of Origanum majoricum against Streptococcus mutans and Enterococcus faecalis Bacteria of Importance in Oral Pathologies. Int J Odontostomatol, 12 (4), 355-361.
Moura, L. G., Neto, G. P., De Bari, C. N. C., Lima, G. R., Toda, C., Hanan, S. A., Conde, N. C. O. & Bandeira, M. F. C. L. (2021). Dentin surface and hybrid layer morphological analysis after use of a copaiba oil- based dentin biomodifier. Conjecturas,21(4),78-97.
Pereira, N. C. M., Mariscal, A. G., Nepoceno, K. L. P. C., Silva, V. C. C. R., Fernandes, H. M. & Vivi, V. K. (2018). Atividade antimicrobiana do óleo-resina de copaíba natural/comercial contra cepas padrão. Journal Health NPEPS, 3(2),527–539.
Saffarpour, A., Saffarpour, A., Kharazifard, M. J. & Rad, A. E. (2016). Effect of chlorhexidine application protocol on durability of marginal seal of class V restorations. J Dent (Tehran), 13(4),231-37.
Sampaio, F. C., Pereira, M. S. V., Dias, C. S., Costa, V. C. O., Conde, N. C. O. & Buzalaf, M. A. R. (2009). In vitro antimicrobial activity of Caesalpinia ferrea Martius fruits against oral pathogens. J Ethnopharmacol, 124(2),289-294.
Simões, C. A. G., Conde, N. C. O., Venâncio, G. N., Milério, P. S. L.L., Bandeira, M. F. L. & Veiga-Júnior, V. F. (2016). Antibacterial Activity of Copaiba Oil Gel on Dental Biofilm. Open Dent J, 11(10), 188-195.
Souza, A. L. M., Matos, A. J. P., Souza, W. M., Souza, T. P., Venâncio, G. N., Bandeira, M. F. C. L., Toda, C., Moreschi, A. R. C. & Conde, N. C. O. (2021). Antimicrobial activity and quality control of a formulation based on Libidibia ferrea after agin. Res Soc Dev, 10(10), e487101018996.
Tobouti, P. L., De Andrade, T. M, Pereira, T. & Mussi, M. C. (2017). Antimicrobial activity of copaiba oil: A review and a call for further research. Biomed Farmacother, 94,93- 99.
Trindade, R., Silva, J. K. & Setzer, W. N. Copaifera of the Neotropics: A Review of the Phytochemistry and Pharmacology. Int J Mol Sci, 19(5), 1511.
Valadas, L. A. R., Gurgel, M. F., Mororó, J. M., et al. (2019). Dose-response evaluation of a copaiba-containing varnish against streptococcus mutans in vivo. Saudi Pharm J., 27(3),363-67.
Vasconcelos, K. R. F., Veiga Júnior, V. F., Rocha, W. C. & Bandeira, M. F. C. L. (2008). Avaliação in vitro da atividade antibacteriana de um cimento odontológico à base de óleoresina de Copaifera multijuga Hayne. Rev Bras Farmacogn, 18(suppl), 733-738.
Veiga Júnior V. F.; & Pinto, A. C. (2002). O gênero Copaifera L. Quím Nova, 25, 273-286.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2022 Geisy Rebouças Lima Brasil ; Laryssa da Silva Cavalcante ; Cristiane Nagai de Bari; Marne Carvalho de Vasconcellos ; Nikeila Chacon de Oliveira Conde; Carina Toda; Simone Assayag Hanan; Maria Fulgência Costa Lima Bandeira
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
1) Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
2) Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
3) Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.