Pandemia da COVID-19 no cárcere: estratégia de prevenção em um estado da Amazônia Legal
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v11i9.31911Palavras-chave:
Educação em Saúde; Covid-19; Direito sanitário.Resumo
Contexto: O Brasil tem a terceira maior população carcerária do mundo, com 773 mil pessoas encarceradas, segundo o Governo Federal. Objetivo: Apresentar as estratégias de prevenção em uma Unidade Penal Regional (UPR) do Estado Tocantins. Metodologia: Trata-se de um estudo de campo transversal, realizado no banco de dados e nos fluxos internos para medidas de controle da COVID-19 na instituição, no período compreendido entre março de 2020 a janeiro de 2022. Resultados: O estudo mostra uma redução de presos no período estudado com a menor prevalência em 2021 (634; ± 45,85%). A população carcerária do estudo apresenta um perfil jovem (n=328; 50,0%), negra ou parda (n=517; 79,0%), pobre (n=318; 57,0%) e com baixa escolaridade (n=355; 53,0%). Diante disso, foram elaborados e padronizados fluxos de atendimento para maior objetividade e presteza na manutenção da saúde dos Privados de Liberdade e dos servidores na UPR. Conclusão: As prisões são propensas a um alto risco de transmissão da Covid-19, tendo em vista às suas limitações de espaço e a precariedade nas condições ambientais e higiênicas. As recomendações do controle e manejo da infecção por SARS-CoV-2 devem considerar algumas peculiaridades da prisão, como: identificação de sintomáticos, testes em série de contatos de alojamentos compartilhados e o isolamento imediato. Por fim, a elaboração de materiais educativos/informativos, bem como, a padronização dos fluxos de atendimento é fundamental para uma melhor resolutividade frente a uma situação nova e complexa.
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