Biorremediação: metodologia sustentável na remoção de xenobióticos da água
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v11i9.31978Palavras-chave:
Saúde ; Meio ambiente ; Recursos hídricos; Contaminantes emergentes; Agenda 2030.Resumo
A água é essencial para a sustentabilidade da vida, sendo que apenas 2,5% do volume total é doce e disponível em reservas subterrâneas e superficiais, sendo responsáveis por fornecer água para abastecimento humano, desenvolvimento de atividades econômicas e manutenção da biodiversidade. O crescimento demográfico, a urbanização e a expansão das atividades econômicas agrícolas e industriais requerem a utilização cada vez maior de diferentes produtos químicos, que atingem os recursos hídricos por diferentes vias. Estas substâncias químicas, denominadas xenobióticos, são facilmente encontradas na água, comprometendo a qualidade e o seu fornecimento seguro. Além disso, tornou-se preocupação global por oferecer graves riscos para a saúde humana e manutenção da biodiversidade. O objetivo da pesquisa é verificar se a biorremediação é utilizada para tratamento de águas residuais e de abastecimento, visando fornecer subsídios para definir qual o melhor sistema de tratamento a ser utilizado de acordo com as características da água a ser tratada. Trata-se de uma pesquisa qualitativa, descritiva, tipo revisão integrativa de literatura. Os artigos selecionados apontam a biorremediação como uma alternativa sustentável e econômica para remover xenobióticos da água, utilizando diferentes organismos (microalgas, fungos, cianobactérias). Além disso, a fitorremediação mostrou-se também uma excelente opção para determinados xenobióticos.
Referências
Ai-Jawhari, I. F. H. (2018). Metais Pesados, Hidrocarbonetos Aromáticos Policíclicos (PAHs), Materiais Radioativos, Xenobióticos, Pesticidas, Produtos Químicos Perigosos e Biorremediação de Corantes. Phytobionte e Restituição Ecossistêmica. Springer, Cingapura, 215-229. DOI: https://doi.org/10.1007/978-981-13-1187-1_11.
Al-Baldawi, I. A., et al. (2021). Application of phytotechnology in alleviating pharmaceuticals and personal care products (PPCPs) in wastewater: source, impacts, treatment, mechanisms, fate, and SWOT analysis. Journal of Cleaner Production, 319, 128584. DOI: https://doi.org/10.1016/j.jclepro.2021.128584.
Almeida, F. V., et al. (2007). Substâncias Tóxicas Persistentes (STP) no Brasil. Rev. Quim. Nova, 30, 1976-1985. DOI: https://doi.org/10.1590/S0100-40422007000800033.
Américo-Pinheiro, J. H. P., et al. (2018). Presença de fármacos em estações de tratamento de esgoto, persistência em efluentes e técnicas de remoção. Recuperado de https://www.researchgate.net/publication/341804330_Capitulo_4_PRESENCA_DE_FARMACOS_EM_ESTACOES_DE_TRATAMENTO_DE_ESGOTO_PERSISTENCIA_EM_EFLUENTES_E_TECNICAS_DE_REMOCAO?enrichId=rgreq-87e7cf8266f3542c2b7cca32bfa4b501-XXX&enrichSource=Y292ZXJQYWdlOzM0MTgwNDMzMDtBUzo4OTc3MTQwNjk5NzA5NDRAMTU5MTA0MzEyMTUzNA%3D%3D&el=1_x_2&_esc=publicationCoverPdf.
Ana Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico. (2022). Conjuntura Recursos Hídricos Brasil 2021. Recuperado de https://relatorio-conjuntura-ana-2021.webflow.io/.
Auriol, M., et al. (2006). Endocrine disrupting compounds removal from wastewater, a new challenge. Process Biochemistry, 41, 525-539. https://doi.org/10.1016/j.procbio.2005.09.017.
Bárta, R. L., et al. (2021). Qualidade da água para consumo humano no Brasil: revisão integrativa da literatura. Revista Visa em debate, 9 (4), 74-85. DOI: https://doi.org/10.22239/2317-269x.01822.
Bilal, M., Barcelo, D., & Iqbal, H. M. N. (2021). Occurrence, environmental fate, ecological issues, and redefining of endocrine disruptive estrogens in water resources. Science of the Total Environment, 800, 149635. DOI: https://doi.org/10.1016/j.scitotenv.2021.149635.
Brunhoferova, H., et al. (2022). Bioremediation of 27 Micropollutants by Symbiotic Microorganisms of Wetland Macrophytes. Sustainability, 14, 3944. DOI: https://doi.org/10.3390/su14073944.
Castiglioni, S., et al. (2006) Removal of pharmaceuticals in sewage treatment plants in Italy. Environmental Science & Technology, 40 (1), 357-363. DOI: https://doi.org/10.1021/es050991m.
Chandel, N., et al. (2022). Progress in microalgal mediated bioremediation systems for the removal of antibiotics and pharmaceuticals from wastewater. Science of the Total Environment, 825, 153895. DOI: https://doi.org/10.1016/j.scitotenv.2022.153895.
Daronco, C. R., et al. (2020). Bioindicadores alternativos da qualidade da água para consumo humano. Research, Society and Development, 9 (9), e51996824. DOI: http://dx.doi.org/10.33448/rsd-v9i9.6824.
Ghiselli, G., & Jardim, W. F. (2007). Interferentes Endócrinos no Ambiente. Quim. Nova, 30, 695-706. DOI: https://doi.org/10.1590/S0100-40422007000300032.
Jeevanantham, S., et al. (2019). Removal of toxic pollutants from water environment by phytoremediation: a survey on application and future prospects. Environmental technology & innovation, 13, 264-276. DOI: https://doi.org/10.1016/j.eti.2018.12.007.
Kaur, J., & Maddela, N. R. (2021). Biorremediação microbiana: uma tecnologia de ponta para remoção xenobiótica. In: Maddela, N.R., García Cruzatty, L.C., Chakraborty, S. (eds) Advances in the Domain of Environmental Biotechnology. Biotecnologia Ambiental e Microbiana. Springer, Cingapura, 417-453. DOI: https://doi.org/10.1007/978-981-15-8999-7_16.
Montagner, C. C., Vidal, C., & Acayaba, R. D. (2017). Contaminantes emergentes em matrizes aquáticas do Brasil: cenário atual e aspectos analíticos, ecotoxicológicos e regulatórios. Quim. Nova, 40, 1094-1110. DOI: http://dx.doi.org/10.21577/0100-4042.20170091.
Montagner, C. C., et al. (2019). Ten Years-Snapshot of the Occurrence of Emerging Contaminants in Drinking, Surface and Ground Waters and Wastewaters from São Paulo State, Brazil. J. Braz. Chem. Soc., 30 (3), 614-632. DOI: http://dx.doi.org/10.21577/0103-5053.20180232.
Oliveira, L. R. (2018). Caracterização das nascentes da sub-bacia hidrográfica do rio Gaviãozinho, Bahia. Dissertação (Mestrado em Agricultura orgânica). Instituto de Agronomia, Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, Seropédica. 139. Recuperado de Caracterizacaodasnascentesdasubbacia.orient.EduardoCampello.pdf (embrapa.br).
Pereira, A. S., et al. (2018). Metodologia da pesquisa científica. [e-book]. Santa Maria. Ed. UAB/NTE/UFSM. Recuperado de https://repositorio.ufsm.br/bitstream /handle/1/15824/Lic_Computacao_Metodologia-Pesquisa-Cientifica.pdf?sequence=1.
Rathore, S., et al. (2022). Uma abordagem inovadora da biorremediação na degradação enzimática dos xenobióticos. Biotecnologia e Engenharia Genética, 38, 1-32. DOI: https://doi.org/10.1080/02648725.2022.2027628.
Richardson, S. D., & Kimura, S. Y. (2016). Water analysis: emerging contaminants and current issues. Analytical chemistry, 88(1), 546-582. DOI: https://doi.org/10.1021/acs.analchem.5b04493.
Saravanan, A., et al. (2021). Effective water/wastewater treatment methodologies for toxic pollutants removal: Processes and applications towards sustainable development. Chemosphere, 280, 130595. DOI: https://doi.org/10.1016/j.chemosphere.2021.130595.
Souza, M. T, Silva, M. D. & Carvalho, R. (2010). Revisão integrativa: o que é e como fazer. Einstein, 8 (1), 102-106. DOI: https://doi.org/10.1590/s1679-45082010rw1134.
Shah, A., & Shah, M. (2020). Characterisation and bioremediation of wastewater: A review exploring bioremediation as a sustainable technique for pharmaceutical wastewater. Groundwater for Sustainable Development, 11, 100383. DOI: https://doi.org/10.1016/j.gsd.2020.100383.
Štefanac, T., Grgas, D., & Landeka Dragiˇcevi´c, T. (2021). Xenobiotics—Division and Methods of Detection: A Review. J. Xenobiot, 11 (4), 130-141. DOI: https://doi.org/10.3390/jox11040009.
Syed, Z., et al. (2021). Bioelectrochemical systems for environmental remediation of estrogens: A review and way forward. Science of the Total Environment, 780, 146544. DOI: https://doi.org/10.1016/j.scitotenv.2021.146544.
Xu, D., et al. (2020). Water treatment residual: A critical review of its applications on pollutant removal from stormwater runoff and future perspectives. Journal of Environmental Management, 259, 109649. DOI: https://doi.org/10.1016/j.jenvman.2019.109649.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2022 Camila Morizzo Copetti; Márcia Sostmeyer Jung; José Antonio Gonzalez da Silva; Juliana Maria Fachinetto; Rafael Schneider Costa; Giulia Hoffmann de Oliveira; Denize da Rosa Fraga; Júlia Sarturi Jung
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
1) Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
2) Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
3) Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.