Fisiopatologia da hipertensão maligna: uma revisão da literatura

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DOI:

https://doi.org/10.33448/rsd-v11i9.32101

Palavras-chave:

Hipertensão maligna; Fisiopatologia; Diagnóstico.

Resumo

A hipertensão maligna é um termo que tem sido utilizado para descrever pacientes com pressão arterial (PA) elevada e múltiplas complicações (lesão de órgão-alvo) com prognóstico ruim. Hoje, o termo crise hipertensivo é empregado para descrever pacientes que apresentam elevações graves da PA da seguinte forma: Pressão arterial sistólica (PAS) maior que 180 mmHg e pressão arterial diastólica (PAD) maior que 120 mm Hg. O presente estudo tem como objetivo analisar a fisiopatologia da hipertensão maligna. Trata-se de um estudo de abordagem qualitativa, onde se adotou a revisão integrativa da literatura, que conforme Galvão (2012), é uma construção de uma análise ampla da literatura com passos pré-definidos. Realizado através da Biblioteca Virtual de Saúde (BVS) nas bases de dados do Pubmed, usando os cruzamentos dos descritores em inglês “malignant hypertension”, “diagnosis”. Dos diferentes tipos de emergências hipertensivas, a hipertensão maligna (HTM) é caracterizada por elevações extremas da PA e danos microvasculares agudos que afetam vários órgãos, em particular a retina, o cérebro e os rins. A HTM provavelmente é subdiagnosticada, sendo classificada como emergência hipertensiva ou não atendida por vários motivos. A hipertensão maligna é uma doença sistêmica que causa graves danos ao cérebro, coração, rins e olhos. Os bloqueadores do sistema renina-angiotensina parecem ser a base do tratamento. É necessária uma gestão do manejo clínico da hipertensão por meio do consenso obtido a partir de experiência clínica e evidências de qualidade inadequada.

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Publicado

17/07/2022

Como Citar

COSTA JÚNIOR, V. A. da; CAVALCANTI, A. L. M. .; NEGREIROS, F. da S. .; ROSA, Ícaro F. .; PORTELA, L. P. .; TEIXEIRA, L. N. A. . Fisiopatologia da hipertensão maligna: uma revisão da literatura. Research, Society and Development, [S. l.], v. 11, n. 9, p. e52311932101, 2022. DOI: 10.33448/rsd-v11i9.32101. Disponível em: https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/32101. Acesso em: 30 maio. 2025.

Edição

Seção

Ciências da Saúde