Conciliação medicamentosa em unidade de clínica médica como estratégia para Segurança do Paciente em um hospital universitário
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v11i10.32128Palavras-chave:
Conciliação medicamentosa; Segurança do paciente; Farmácia clínica.Resumo
Introdução: A Segurança do Paciente tornou-se uma prioridade nos serviços de saúde, sendo um processo contínuo que envolve atividades educativas e ações sistematizadas que visam reduzir situações de risco ao paciente. Dentre as principais ferramentas para prevenir erros de medicação na transição de cuidado do paciente destaca-se a conciliação medicamentosa. Objetivo: Analisar o perfil da conciliação medicamentosa em pacientes internados em um hospital universitário. Metodologia: Trata-se de um estudo descritivo e prospectivo na unidade de clínica médica do Hospital Universitário Getúlio Vargas, localizado no Estado do Amazonas em um semestre de 2020. Resultados: Ao total foram realizadas 237 visitas, dos quais 180 pacientes preencheram os critérios de inclusão do estudo. Houve um predomínio do sexo feminino e a média de idade foi de 46,67± 17,58 anos e os pacientes majoritariamente apresentavam idade entre 41 a 70 anos. Dentre as discrepâncias identificadas cerca de 56% foram intencionais e 44% não intencionais. Nas discrepâncias não intencionais detectamos 50% por omissão do medicamento, 25% de dose incorreta e 25% de posologia incorreta. No que se refere as intervenções farmacêuticas nas discrepâncias não intencionais 75% foram aceitas pela equipe médica. Conclusão: A realização do serviço de conciliação medicamentosa pela equipe de farmácia clínica se mostra de grande importância para a segurança do paciente no âmbito hospitalar, sendo um instrumento fundamental para a otimização da farmacoterapia.
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