As políticas do (não) Cuidado Masculino: aplicações teóricas e práticas para a saúde em contexto comunitário
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v11i9.32207Palavras-chave:
Masculinidades; Cuidado; Saúde; Gênero.Resumo
O presente trabalho deriva de pesquisa que aborda a construção de masculinidades na pandemia em diálogo com os espaços de promoção de cuidado e saúde comunitária numa cidade metropolitana do Rio Grande do Sul. O objetivo foi discutir o (não) cuidado e acesso dos homens nas esferas de promoção à saúde e como se dão as construções das masculinidades nesse âmbito. Tratou-se de pesquisa qualitativaque visou analisar a Política Nacional de Atenção Integral à Saúde do Homem (PNAISH) para compreender como ocorrem os espaços de cuidado para esta população. Para isso, foram feitas entrevistas com profissionais de saúde de uma Estratégia Saúde da Família (ESF) que faz parte da rede de Atenção Básica à Saúde, com o intuito de agregar e reforçar as discussões na área da promoção ao cuidado masculino. A abordagem teórica foi respaldada por autores/as que discutem e problematizam as produções das masculinidades na sociedade e o (não) acesso dos homens nos espaços de cuidado, sobretudo, através das discussões e inquietações que a temática de gênero propõe. Constatou-se então que a pandemia amplificou as desigualdades preexistentes, deixando as constituições masculinas que fogem do modelo hegemônico, em um espaço do não cuidado. Além disso, evidenciou-se o despreparo dos profissionais que atuam frente a unidades de saúde, o que acarretou por afastar ainda mais os homens - principalmente os homens jovens, negros e de baixa renda - desses espaços.
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