Estudo exploratório de patentes de produção de AgNPs por rotas de síntese verde
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v11i9.32239Palavras-chave:
Biossíntese; Nanopartículas de prata; Proteção intelectual; Patentes.Resumo
Nanopartículas metálicas apresentam usos variados nos mais diferentes campos de aplicação, como as AgNPs, nanopartículas de prata, detentoras de propriedades antibacterianas, antivirais e antitumorais. Demonstrando inúmeras vantagens competitivas frente a rota química tradicional, o processo de obtenção de AgNPs por “rota verde” têm despertado o interesse da comunidade científica em todo o mundo. Dada a escassez de publicações que analisem em conjunto as patentes relacionadas ao tema, o objetivo do presente trabalho foi desenvolver um estudo descritivo e exploratório a partir do estudo de patentes de processos de síntese verde de AgNPs depositadas nas plataformas INPI, Espacenet, USPTO, Latipat e Google Patents. Como resultados, Arábia Saudita ocupa o primeiro lugar dentre os países depositantes, estando o Brasil na segunda posição mundial e primeira da América Latina. Considerando-se a rica biodiversidade vegetal e o número de artigos científicos publicados, o Brasil apresenta grande potencial em assumir liderança mundial, desde que haja maior investimento na proteção intelectual de produtos ou processos tecnológicos obtidos. Ademais, observou-se que 100% dos depósitos originários do Brasil foram submetidos por Instituições Universitárias, predominando-se o uso de espécies vegetais naturalizadas ou cultivadas em solo brasileiro. Conclui-se pela necessidade de ampliação da proteção de achados advindos da exploração do patrimônio natural brasileiro, a necessidade de investimentos em pesquisa fora do âmbito acadêmico e ressalta-se a relevância deste compilado como documento útil para consulta quanto ao estado da arte, previamente a proposição de projetos de pesquisa ou desenvolvimento tecnológico relacionados a produção de AgNPs por rotas de síntese verde.
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