Produtividade de forragem e composição química de genótipos e cultivares de Megathyrsus maximus nos cerrados de Roraima
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v11i9.32285Palavras-chave:
Fibra; Folhas; Matéria seca verde; Proteína bruta.Resumo
O desempenho agronômico de 23 genótipos e seis cultivares comerciais de Megathyrsus maximus foi avaliado em condições de campo nos cerrados de Roraima, durante o período de Junho de 2015 a Setembro de 2019. Os parâmetros quantificados foram rendimentos de matéria seca verde total, de folhas, de colmos e material morto, teores de proteína bruta e de fibra em detergente neutro e ácido. Os genótipos e cultivares avaliadas afetaram os rendimentos e a composição química da forragem. Os genótipos mais promissores e que apresentaram desempenho agronômico superior - acúmulo e composição química da forragem - em relação às cultivares comerciais foram B16; PM10; PM40 e PM14, os quais apresentaram produtividades médias de 5.103 e 3.925 kg ha-1, respectivamente para matéria seca verde e matéria seca de folhas, o que representou incrementos de 20,7 e 12,8% comparativamente aos registrados com as cultivares comerciais. Todos os genótipos e cultivares apresentaram crescimento estacional. Os genótipos que apresentaram a melhor distribuição estacional da produção de forragem foram PM11, PM36, PM30 e PM33, que proporcionaram 47,9; 46,8; 41,0 e 40,7% da produção de matéria seca verde durante o período seco. O genótipo PM15 destacou-se como o mais produtivo durante o período seco, constituindo-se em opção para regiões com restrições climáticas, notadamente reduzida precipitação. Em geral, maiores teores de proteína bruta e menores de fibra foram diretamente correlacionados com o percentual de folhas na forragem disponível. Os genótipos avaliados apresentam grande variabilidade genética para o acúmulo de forragem e sua composição química que podem subsidiar a geração de novas cultivares comerciais.
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