Diferenças quanto a aspectos do pré-natal e parto entre puérperas autodeclaradas pretas e brancas/pardas em maternidades de uma capital do nordeste brasileiro
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v12i1.32365Palavras-chave:
Raça; Iniquidade em saúde; Saúde da mulher; Cuidado pré-natal; Parto.Resumo
Esse estudo tem como objetivo caracterizar o perfil sociodemográfico de puérperas autodeclaradas pretas e brancas/pardas atendidas em maternidades públicas da cidade de Teresina-PI, bem como comparar aspectos quanto ao atendimento recebido ao longo do pré-natal e durante a realização do parto. Esse trabalho é do tipo descritivo de delineamento transversal, aprovado pelas instituições envolvidas e pelo Comitê de Ética em Pesquisa Humana da Universidade Federal do Piauí. Foram cenários da pesquisa cinco maternidades públicas da cidade de Teresina-PI. Amostra constituída por dois grupos: Grupo I - GI com 375 mulheres autodeclaradas pretas e o Grupo II-GII com 375 mulheres autodeclaradas pardas/brancas. Os instrumentos utilizados foram um questionário fechado e questionário Biossociodemográfico. Na análise estatística utilizou-se o programa IBM SPSS (versão 22). O teste Qui-Quadrado, foi utilizado na análise dos dados, foi aplicado com o nível de 95% de confiança (α=0.05). Como resultados encontrados, mais da metade das participantes dos dois grupos são casadas/união estável. O GI foi o que apresentou maior taxa de desemprego e maior porcentagem relacionada à renda de até um salário mínimo em comparação ao GII. As puérperas pretas parecem ter uma taxa de desemprego maior, uma renda familiar menor, recebem menos informação acerca do local de realização do parto e maior frequência de partos vaginais quando comparadas às mulheres pardas/brancas.
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