Pequenas reservas como hotspots para preservação de fungos no Brasil
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v11i10.32395Palavras-chave:
Micogeografia; Cogumelos; Agaricales; Agaricomycetes; Basidiomycota; Áreas de proteção.Resumo
Pequenas áreas de conservação foram criadas em muitos países geralmente para proteger plantas e animais, mas nenhuma prioridade é direcionada à proteção de fungos. A criação de áreas de preservação está enfrentando um novo problema: restam apenas pequenas áreas, já que a exploração está destruindo grandes florestas. Aplicando a técnica dos transectos em três diferentes áreas do Brasil (biomas Pampa e Cerrado e Floresta Amazônica), foram coletados dados ecológicos e de diversidade para os fungos Agaricomycetes, principalmente ordem Agaricales, e comparados com os fungos já conhecidos e seu estado de conservação para entender como os fungos são protegidos indiretamente com a criação de pequenas áreas protegidas. As amostras foram coletadas em diferentes áreas de proteção permanente (APP – áreas de proteção permanente) nas margens de rios no sul do Brasil (RPAS), Floresta Saint Hilaire na Universidade de Goiás (MSH - ca. 20 ha) em Goiânia/GO e na Floresta Protegida da Universidade Federal do Amazognas (Manaus/AM - MUFAM), todas localizadas no Brasil. No MUFAM, foram coletados 140 exemplares em 2014 e 2018 resultando em 47 espécies. No MSH foram coletados 86 exemplares em 2019 e 2020 com 31 espécies identificadas. No RPAS foram catalogados 278 novos registros de espécies para o bioma Pampa brasileiro, 23 novos registros para o estado do Rio Grande do Sul e 4 novos registros para o Brasil. Isso demonstra a importância de pequenos fragmentos florestais para a preservação e manutenção de fungos, sendo os esforços nesse sentido importantes em estudos futuros de implantação de novas áreas de conservação.
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