Consumo de suplementos alimentares por praticantes de ciclismo
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v11i10.32441Palavras-chave:
Esporte; Suplementos; Intoxicação; Hipertrofia; Ciclismo.Resumo
Introdução. O ciclismo é uma prática esportiva que vem ganhando vários adeptos. Entretanto, esse crescente aumento vem acompanhado do incremento do consumo de suplementos alimentares; estimulados principalmente, pelo ganho de energia e hipertrofia muscular, impactando de forma positiva na evolução do desempenho do praticante. Porém, a utilização não pode ser feita de forma arbitrária, é necessário um acompanhamento profissional, para evitar o uso indevido e a intoxicação por substâncias diversas. Objetivo. Identificar a presença do uso de suplementos alimentares por praticantes de ciclismo em conjunto com o acompanhamento de profissionais especializados. Metodologia. Trata-se de um estudo observacional, transversal, desenvolvido em cidades do interior e capital do estado de Goiás, com aplicação de um questionário semiestruturado, com questões abertas e fechadas, utilizando a ferramenta digital Formulários Google, foram entrevistados 57 ciclistas. A pesquisa foi aprovada e autorizada pelo Comitê de Ética em Pesquisa (CEP). Resultados. Constatou-se que dos 57 ciclistas, 54,4% utilizam suplementos alimentares. Dos entrevistados, 40,4% utilizaram por indicação de nutricionistas; 36,8% por indicação de amigos e/ou colegas; 17,5% por educador físico e/ou personal trainer; 12,3% foram influenciados por anúncios de propagandas/internet; 5,3% por orientação médica; 1,8% por farmacêuticos; outros 1,8% por indicação de vendedores. Conclusão. O uso de suplementos alimentares é uma estratégia utilizada por boa parte dos ciclistas entrevistados. A procura de orientação e acompanhamento do uso, por profissionais habilitados, foi constata, porém, o fato de alguns não seguirem ou buscarem orientações, é preocupante, tendo em vista à utilização indiscriminada, com risco de prejuíjo a saúde do praticante.
Referências
Alves, C., & Lima, R. V (2009). Uso de suplementos alimentares por adolescentes. Jornal de Pediatria., 85 (4), 287-294.
Alves, T. O., Matos P. E. D., Barbosa K. V. D. S., Cardoso, F. T., Souza G. G. D., & Silva, E. B. D (2012). Estimativa do consumo de proteínas e suplementos por praticantes de musculação em uma academia da baixada fluminense. Corpus et Scientia, (8) 1, 1-10.
Araujo, M. B., Moura, L. P. D., Vieira Junior, R. C., Costa Junior, M., Dalia, R. A., Sponton, A. C. D. S., & Mello, M. A. R. D (2012). O metabolismo de creatina é alterado devido ao modo como é administrada. Revista Brasileira de Nutrição Esportiva, 6 (34), 315-324.
Araujo, N. C. M., Brandão S. C. D. M., & Silva, G. A (2012). Investigação do uso e da finalidade de suplementos alimentares pelos frequentadores de academia no município de Itapuranga - GO. Repositório Digital Institucional da Associação Educativa Evangélica.
ASBRAN (2016). Afinal, por que tanta discussão sobre suplementos alimentares? https://www.asbran.org.br/noticias/afinal-porque-tanta-discussao-sobre-suplementos-alimentares
Biesek, S., Alves, L. A., & Guerra, I. (2015). Estratégias de nutrição e suplementação no esporte. Manole, 3, 454.
Bortolotti, H., Altimari, L., Vitor-Costa M., & Cyrino, E. S (2011). Carbohydrate mouth rinse: an ergogenic aid able of optimizing the performance. Brazilian, Journal of Kinanthropometry and Human Performance, 13 (2), 158-161.
Boullata, J. I., & Hudson, L. M (2012). Drug-Nutrient Interactions: A Broad View with Implications for Practice. Journal of the Academy of Nutrition and Dietetics, [s.l.], 112, 506–17.
Brasil (2012). Ministério da Saúde, CNS/COPEP. Normas para pesquisa envolvendo seres humanos: Resolução nº 466, de 12 de dezembro de 2012. http://conselho.saude.gov.br/resolucoes/2012/Reso466.pdf.
Campos, M. D. G., Costa M. L., & Falcão A (2012). Intervenção Farmacêutica na Determinação de Interações Planta-Medicamento. Revista Ordem dos Farmacêuticos - Boletim do Centro de Informação do Medicamento, 103, 5-8.
Carvalho, A. P. P. F., Molina, G. E., & Fontana, K. E (2011). Suplementação com Creatina associada ao treinamento resistido não altera as funções renal e hepática. Revista Brasileira de Medicina do Esportev. 17 (4), 237-241.
Castro, G. O (2013). Suplemento Alimentar: um tema para o ensino de química. Instituto de química. Brasília, Universidade de Brasília.
Coleman, E. (2008). Como avaliar os suplementos nutricionais. Garotade Sports Science Institute.
Conselho Federal De Farmácia (CFF) (2018). Resolução nº 661, de 25 de outubro de 2018. https://www.in.gov.br/materia/-/asset_publisher/Kujrw0TZC2Mb/content/id/47986175/do1-2018-10-31-resolucao-n-661-de-25-de-outubro-de-2018-47986059.
Conselho Federal De Farmácia (CFF) (2009). O papel social do farmacêutico. https://www.cff.org.br/noticia.php?id=182#:~:text=Al%C3%A9m%20de%20orientar%20o%20paciente,diabetes%2C%20hipertens%C3%A3o%20arterial%20e%20outras.
Ferraz, B. S., Ramalho, A. A., Imada, K. S., & Martins, F. A, (2015). Consumo de suplementos alimentares por praticantes de atividade física em academias de ginástica. Journal of Amazon Health Science, 1 (2), 24-37.
Ferreira, A. L., Lima, V. A., Souza, W. C., & Mascarenhas, L. P. G (2016). Quais os suplementos alimentares mais utilizados? Revista do Departamento de Educação Física e Saúde e do Mestrado em Promoção da Saúde da Universidade de Santa Cruz do Sul / Unisc - 2017, 17 (1), 85-90.
Freitas, R. R. D., & Ceni, G. C, (2016). Avaliação nutricional de praticantes de musculação em uma academia de Santa Maria - RS. Revista Brasileira de Nutrição Esportiva., 10 (59), 485-496.
Garber, C. E., et al. (2011). Quantity and quality of exercise for developing and maintaining cardiorespiratory, musculoskeletal, and neuromotor fitness in apparently healthy adults: Guidance for prescribing exercise. Medicine and Science in Sports and Exercise, 43 (7), 1334-1359.
Gomes, A. M., Lisboa, B., Cruz, R. A., Elias, P. G., Neto, J. D. A. P., Neto, R. C. D. S., & Souza, L. A. D, (2017). Consumo de suplementos alimentares por praticantes de atividades físicas de uma academia de Cananéia - SP. Revista Saúde em Foco, (9), 360.
Gonçalves, Á. C., Guerrão, J. C. M., & Pelegrini R. M, (2017). Efeito da ingestão de carboidrato sobre o desempenho físico durante treino de ciclismo indoor. Revista Brasileira de Nutrição Esportiva, 11 (62), 185-191.
Hospital Sírio-Libanês (2014). O perigo dos suplementos alimentares: conheça o risco à saúde que o consumo exagerado a vitaminas pode provocar. Revista Viver. https://media.graphassets.com/zGXkYsUeRqyfriUTPC2T
Kreider, R. B., Miriel, V., & Bertun, E (1993). Amino acid supplementation and exercise performance. Sports Medicine, 16 (3), 190-209.
Lima, T. A. M., Mazzoni, J. R. B., Do Amaral Gonçalves, R., Pereira, L. L. V., & De Godoy, M. F (2019). Estudo da utilização de esteroides anabólicos androgênicos e suplementos alimentares por universitários em São José do Rio Preto - SP. RBNE - Revista Brasileira de Nutrição Esportiva, 13 (79), 333-339.
Lopes, M. C, (2013). Aconselhamento Farmacêutico em Suplementação Alimentar. Repositório Institucional. Universidade Fernando Pessoa. Faculdade de Ciências da Saúde. https://bdigital.ufp.pt/bitstream/10284/4171/1/DISSERTA%C3%87%C3%83O%20DE%20MESTRADO%20Mafalda%20Lopes.pdf
Lovato, G., & Vuaden, F.C (2015). Diferentes formas de suplementação de carboidratos e seus efeitos na performance de um atleta de ciclismo: estudo de caso. Revista Brasileira de Nutrição Esportiva, 9 (52), 355-360.
Macedo, A. S., Martins, J. V. F., Barcellos, L. T., Taira, L. A., Khouri, L. H. M., Junior, M. M. M., Baptista, E. B., Mendes, N. B. D. E. S., Ortega, G. P., & Barcellos, L. T (2020). O uso de suplementos alimentares por praticantes de atividade física no município de Juiz de Fora - MG e frequência de cálculo renal. Revista Eletrônica Acervo Saúde, Vol.Sup. 45.
Machado-Moreira, C. A., Vimiero-Gomes, A. C., Silami-Garcia, E., & Rodrigues, L. O. C, (2006). Hidratação durante o exercício: a sede é suficiente? Revista Brasileira de Medicina do Esporte, 12 (6), 405-409.
Maughan, R. J (2013). Quality assurance issues in the use of dietary supplements, with special reference to protein supplements. The Journal of Nutrition, 143, 1843 - 18847.
Maps, G. Estado de Goiás, (2021). https://www.google.com.br/maps/place/Goi%C3%A1s/@-15.8894305,-54.0765134,6z/data=!3m1!4b1!4m5!3m4!1s0x935db96386b920f5:0x8c6d8f8cd8cf0d3!8m2!3d-15.7050424!4d-49.3653149?hl=pt-BR.
Maximiano, C. M. B. F., & Santos, L. C. (2017). Consumo de suplementos por praticantes de atividade física em academias de ginastica de Sete Lagoas – MG. Revista Brasileira de Nutrição Esportiva, 11 (61), 93-101.
Medeiros, F. A. D., & Pontes, L. M. D (2013). Consumo de suplementos alimentares em praticantes de musculação de academias de ginástica em Patos, Paraíba, Brasil. EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires - 2018 - Nº 182.
Moreira, F. P., & Rodrigues, K. L. (2014). Conhecimento nutricional e suplementação alimentar por praticantes de exercícios físicos. Revista Brasileira de Medicina do Esporte, 20 (5).
Muttoni, S. (2017). Nutrição na prática esportiva / Sandra Muttoni.
Naves, L. A., Vilar, L., Costa, A. C. F., Domingues, L., & Casulari, L. (2003). A. Distúrbios na secreção e ação do hormônio antidiurético. Arquivos Brasileiros de Endocrinologia e Metabologia, 47 (4), 467-481.
Oliveira, D. C. D., Macedo, V. S., & Nogueira, L. G. (2014). Suplementação e automedicação no ciclismo amador. Faculdade União de Goyazes.
Othani, M., Sugita, M., & Maruyama K. (2006). Amino acid mixture improves training efficiency in athletes. The Journal of Nutrition, 136 (2), 538-543.
Parra, R. M. T., Palma, A., & Pierucci, A. P. T. R (2011). Contaminação de suplementos dietéticos usados para prática esportiva. Revista Brasileira de Ciências do Esporte, 33 (4), 1071-1084.
Pedrotii, L. M., & Costa, R. F. D. (2017). Aminoácidos de cadeia ramificada e fadiga central. Nutrição Brasil, 16 (2), 120-123.
Pereira, L. G., Amorim, P. R. S., Lopes, P. R. N. R., Alfenas, R. C. G., & Marins, J. C. B (2012). Diferentes formas de suplementos de carboidrato durante o exercício: Impactos metabólicos e no desempenho Motricidade. Desafio Singular, 8 (2),167-176.
Pereira, R. F., Lajolo, F. M., & Hirschbruch, M. D (2003). Consumo de suplementos por alunos de academias de ginástica em São Paulo. Revista de Nutrição, 3 (16), 265-72.
Pomin, V. H., & Mourão, P. A. S. Carboidratos. Apostila Bioquímica, Ciência hoje. 39 (233). https://www.academia.edu/10286334/B_I_O_Q_U_%C3%8D_M_I_C_A_24_at_BULLET_CI%C3%8ANCIA_HOJE_at_BULLET_vol._39_at_BULLET_no_233.
Prado, D. R., & Cezar, T. M. (2019). Consumo de suplementos alimentares e o nível de conhecimento desses produtos por praticantes de musculação em academias na cidade de Cascavel – PR. Fag Journal of Health, 1 (1), 203.
Rocha, J. S. D (2017). Consumo de suplementos alimentares por ciclistas nos municípios de canela e gramado - RS. Universidade de Caxias do Sul. Municípios de canela e gramado – RS.
Santos, J. R. M. P., Albert, A. L. M., & Leandro, K. C (2019). Importância de uma regulamentação específica com as definições e classificações dos produtos comercializados como suplementos alimentares, alimentos funcionais e nutracêuticos. Revista de Direito Sanitário, 19 (3), 54-67.
Sarmento, D. B. C., Balleiro, F., & Zarzuela, L. M. M. (2009). Uso de suplementos alimentares em academias de ginástica. Revista Brasileira de Nutrição Esportiva, 3 (13), 13-17.
Silva A. A., Fonseca N. S. L. N., & Gagliardo L. C. A (2012). Associação da Orientação Nutricional ao Exercício de Força na Hipertrofia Muscular. Revista Brasileira de Nutrição Esportiva, 6 (35), 389-397.
Silva, A. C., & Junior, O. M. R. (2020). Riscos e benefícios no uso de suplementos nutricionais na atividade física. Brazilian Journal of Development, 6 (12).
Silva, L. B., Cavalcante, A. V. O., Araujo, L. M., Cavalcante, R. O., Silva, R. A., Feitosa, T. M., & Medeiros, M. A. (2013). Consumo de suplementos por usuários de academias da região central de Trindade - GO. Faculdade União de Goyazes, Trindade-GO.
Stabile, L., Da Silva, F. A., Oliveira, L. C. N., & Bernardo, D. N. A. (2017). Uma breve revisão: A utilização da suplementação de creatina no treinamento de força. Revista Odontológica de Araçatuba, 38 (1), 14-18. https://apcdaracatuba.com.br/revista/2017/04/TRABALHO2.pdf.
Szuck, P., Salgueirosa, F., & Venturi, I. (2011). Características do consumo de suplementos proteicos e aminoácidos por praticantes de exercícios contra resistidos das academias da cidade de Canoinhas, SC-Brasil. Saber Científico, 3 (1), 1-11.
Vandesmet, L. C. S. (2019). Proteína de nutrição: Caseína. Mostra Científica de Biomedicina. http://publicacoesacademicas.unicatolicaquixada.edu.br/index.php/mostrabiomedicina/article/view/3453.
Viebig, R. F., & Nacif, L. M. A (2007). Nutrição aplicada a atividade física e ao esporte. Tratado de alimentação, Nutrição e Dietoterapia. Editora Roca, 208-233.
Vieira, P. A (2011). Uso de suplementos alimentar por praticantes de diferentes atividades nas academias de ginástica e musculação da zona central da cidade de Criciúma-SC. 2011. 46 f. Monografia (Especialização) - Curso de Educação Física, Universidades do Extremo Sul Catarinense- Unesc, Criciúma.
Vigarello, G. (2000). Passion Sport: Histoire d’une Culture. Paris: Textuel.
Vozniak, L. (2019). Fatores que levam a prática de ciclismo e benefícios para a qualidade de vida de seus adeptos. Revista Renovare de Saúde e Meio Ambiente, 2 (6).
Yoshizumi, W. M., & Tsourounis, C. (2004). Effects of creatine supplementation on renal function. Journal of Herbal Pharmacotherapy, Rockvile Pike, 4 (1), 1-7. https://www.researchgate.net/publication/8436784_Effects_of_Creatine_Supplementation_on_Renal_Function.
Youdim, A. M. D. (2019). David Geffen. School of Medicine at UCLA. Interações fármaco-nutriente. https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/dist%C3%BArbios-nutricionais/nutri%C3%A7%C3%A3o-considera%C3%A7%C3%B5es-gerais/intera%C3%A7%C3%B5es-f%C3%A1rmaco-nutriente.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2022 Vinícius Caxias Pereira; Alan Dione Fernandes Pereira; Cláudia Maria Barbosa Santos
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
1) Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
2) Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
3) Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.
