Análise do Desenvolvimento Socioeconômico em Governos Locais Brasileiros sob a ótica da Economia de Escala
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v11i10.32547Palavras-chave:
Economia de Escala; Transferências Governamentais; Desenvolvimento socioeconômico.Resumo
Na literatura não há consenso sobre os efeitos dos gastos públicos no desenvolvimento socioeconômico. O desenho do Federalismo brasileiro, principalmente após a constituição de 1988, atribuiu aos municípios competências no oferecimento de serviços públicos, especialmente na área de saúde e educação. No entanto, no âmbito fiscal os municípios têm competência sobre os impostos de menor expressão monetária e maior dificuldade de arrecadação. A análise da literatura sobre economia de escala mostra uma potencial contribuição para entender as diferenças de desenvolvimento no âmbito local. Este estudo propõe-se a analisar a possível existência de economia de escala a partir da comparação dos gastos públicos em diferentes grupos de municípios, e verificar relações entre desenvolvimento socioeconômico, economias de escala e transferências intergovernamentais. Para tanto, é utilizada metodologia quantitativa de análise de cluster e teste de média de Kruskall-Wallis. O estudo é realizado com municípios pertencentes a unidade federativa de Minas Gerais. Os resultados apontam para uma possível existência de economia de escala para municípios de médio porte, com população entre 20.000 e 56.000 habitantes. Há um beneficiamento dos municípios de pequeno porte no recebimento de transferências intergovernamentais. Não se observou relações entre economia de escala e desenvolvimento socioeconômico.
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