Análise epidemiológica e espacial da criptococose em crianças nas mesorregiões do estado do Pará, Amazônia Oriental, de 2000 a 2017
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v11i10.32566Palavras-chave:
Cryptococcus; Criptococose em crianças; Georreferenciamento das mesorregiões do Pará.Resumo
A criptococose é uma doença fúngica, que até o ano de 2020 não era de notificação compulsória, não existindo até esse período dados exatos sobre sua ocorrência no Brasil. Objetivo: Analisar as características clínicas, laboratoriais e epidemiológicas, além da distribuição espacial e ocorrência, da criptococose em crianças residentes na Amazônia Oriental Brasileira de 2000 a 2017. Metodologia: Estudo descritivo e transversal realizado no Hospital Universitário João de Barros Barreto (HUJBB), Belém-Pará, por meio de dados obtidos de prontuários de crianças de até 13 anos internadas com diagnóstico de criptococose no período de 2000 a 2017. Foi realizada análise descritiva por meio de cálculo de frequência, mediana de idade e desvio padrão usando IBM SPSS 24.05.0. O nível de significância foi estabelecido em p=0,05 (α=5%). Os dados foram purificados usando o programa Table Win v. XX. O georreferenciamento laboratorial de dados para criação de dados geográficos (BDGeo) foi realizado utilizando ArcGIS 10.2 e TerraView 4.0. Resultados: As infecções predominantes ocorreram nas áreas rurais, principalmente por C. gattii. O georreferenciamento demonstrou distribuição heterogênea da doença nas mesorregiões do estado do Pará, tendo relação direta com o desmatamento. Conclusão: A maior ocorrência foi na mesorregião nordeste do Pará provavelmente devido ao impacto ambiental do desmatamento.
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