Infecções hospitalares em Unidade de Terapia Intensiva: Uma revisão integrativa
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v11i10.32591Palavras-chave:
Infecção hospitalar; Unidade de terapia intensiva; Cuidado crítico.Resumo
Descrever os microrganismos mais prevalentes em Unidade de Terapia Intensiva e os principais fatores de riscos dos pacientes que necessitam desse tipo de suporte. Trata-se de uma revisão integrativa da literatura, utilizando as bases de dados Pubmed, Scielo e Biblioteca Virtual em Saúde (BVS). Foram utilizados os descritores controlados “infecção hospitalar”, “UTI” e “cuidado crítico”. Utilizando o operador booleano “AND”. No período de 2017 a 2021. Como critérios de inclusão: estudos primários e artigo completo na íntegra que respondessem ao objetivo, como critério de exclusão: monografias, estudos de caso; periódicos; textos incompletos. Sendo selecionados oito artigos ao final da análise para o estudo. Apontaram-se que os bacilos gram negativos multirresistentes foram os principais microrganismos causadores de infecções em UTI, a destacar: Acinetobacter baumannii; Pseudomonas aeruginosa e Enterobacter e Klebsiella. Entre as gram positivas mais frequência estão: Staphylococcus epider; Staphylococcus pneumoais e Enterococcus spp. Entre os estudos selecionados observa-se que os fatores de risco comumente relatados foram a terapia antimicrobiana de longo prazo, tempo de internação hospitalar e procedimentos invasivos, idade e sexo. Os microrganismos mais prevalentes foram os bacilos gram negativos que habitam a microbiota natural do paciente, que ao longo dos anos adquiriram multirresistência aos antibióticos mais utilizados na prática clínica. Tais infecções estão relacionadas aos serviços de saúde prestados. Medidas como higiene das mãos e uso de antibiótico de forma controlada ainda são os meios mais eficazes de controle das IRASem UTI.
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