Metodologia de baixo custo para determinação do modulo de elasticidade a flexão estática de vigas de angelim pedra (Hymenolobium petraeum)
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v11i10.32633Palavras-chave:
Módulo de elasticidade; Princípio dos Trabalhos Virtuais; Madeira; Angelim Pedra; Flexão.Resumo
Este trabalho tem como objetivo determinar o MOE através do PTV, utilizando valores de deflexão de peças fletidas de madeira de angelim pedra (Hymenolobium petraeum) obtidas experimentalmente por intermédio de uma metodologia de baixo custo. Para a determinação do MOE da peça de madeira, recorreu-se a um estabelecimento comercial da cidade de Açailândia – MA, no qual foram obtidas três peças de madeira de angelim pedra. Foram utilizadas 3 peças de madeira com comprimento igual a 5500 mm e seções transversais comerciais iguais a (60,0 x 43,0) mm² e (55,0 x 40,0) mm², as quais foram submetidas à flexão em três pontos em um aparato experimental com vão igual a 4500 mm. Para provocar deflexões nas peças, foram aplicadas cargas pontuais de 20 kgf, 40 kgf, 60 kgf, no meio do vão da viga. Com os valores de deslocamento obtidos experimentalmente, recorreu-se ao PTV para se obter o MOE. Os valores de MOE encontrados variaram entre 13039,13 MPa e 13505,28 MPa, sendo que o valor médio foi de 13225,01 MPa. O Coeficiente de Variação de todos os resultados obtidos para o MOE do angelim pedra foi de 1,36%, para proporcionar um melhor respaldo foi feita análises comparativas entre o MOE encontrado e os MOE retirados da bibliografia. Por fim, a metodologia aplicada na madeira de espécie Hymenolobium petraeum, apresentou resultados satisfatórios para o modulo de elasticidade a flexão estática.
Referências
Alves, R. C., Smits, M. A., & Carrasco, E.V. M. (2016). Estimativa da densidade e dureza janka de madeiras tropicais por meio do método de penetração. Revista Mecânica Experimental. Associação Portuguesa de Análise Experimental de Tensões, 26(1), 71-77. http://www-ext.lnec.pt/APAET/pdf/Rev_26_A9.pdf.
Amorim, E. P., Barbosa, J. A., Ballarin, A. W., Freitas, M. L. T., Cambuim, J., Moraes, M. L. T., Gonçalves, P. S., & Longui, E. L. (2021). Caracterização físico-mecânica e usinagem de madeira de 10 progênies clonais de Hevea de 12 anos com potencial para móveis. Revista Research, Society and Development, 10(17), e72101724239. http://dx.doi.org/10.33448/rsd-v10i17.24239.
Andrade, A. C. A., Brito, T. R., Silva, J. R. M., Ferreira, S. C., Junior A. A. C., & Lima, J. T. (2022). Influence of basic wood density on the specific cutting energy. Revista: Research, Society and Development, 11(7), e13511729674. http://dx.doi.org/10.33448/rsd-v11i7.29674.
Araújo, H. (2007). Relações funcionais entre propriedades físicas e mecânicas de madeiras tropicais brasileiras. Revista Floresta, 37(3), 399- 416. https://revistas.ufpr.br/floresta/article/download/9937/6830.
ABNT NBR 7190, 29 de junho de 2022. Projeto de estruturas de madeira - Parte 1: Critérios de dimensionamento. Rio de Janeiro: Associação Brasileira de Normas Técnicas.
ABNT NBR 7190, 29 de junho de 2022. Projeto de estruturas de madeira - Parte 3: Métodos de ensaio para corpos de prova isentos de defeitos para madeiras de florestas nativas. Rio de Janeiro: Associação Brasileira de Normas Técnicas.
Baraúna, E. E. P., Nunes, S. M. V., Nunes, R. F., Dias, T. L., Baldin, T., Arantes, M. D. C., Monteiro, T. C., & Goulart, S. L. (2022). Umidade de equilíbrio da madeira de Eucalyptus Spp. para omunicípio de Montes Claros, Minas Gerais. Revista: Research, Society and Development, 11(9), e15711931160. http://dx.doi.org/10.33448/rsd-v11i9.31160.
Bartholomeu, C., Sousa, C., & Brazolin, S. (2020). De árvore invasora à matéria-prima – pesquisa sobre o potencial de uso da leucena para o design de produtos. Revista Estudos em Design, 28(2) 155–169. https://estudosemdesign.emnuvens.com.br/design/article/download/992/435.
Christoforo, A. L., Molina, J. C., Panzera, T. H., Almeida, D. H., Ribeiro F., S. L., Scaliante, R. M., & Lahr, F. R. (2013). Módulo de elasticidade em vigas de madeira de dimensões estruturais pelo método dos mínimos quadrados. Revista Árvore 37(5), 981-988. 10.1590/S0100-67622013000500020.
Dias, F., & Lahr, F. (2004). Estimativa de propriedades de resistência e rigidez da madeira através da densidade aparente. Revista Scientia Forestalis, 65(1), 102–113. https://www.ipef.br/publicacoes/scientia/nr65/cap10.pdf.
EUROCODE EN 408 (2010). Timber structures. Structural timber and glud laminated timber. Determination of some physical and mechanical properties.
Ferreira, M., Melo, R., Zaque, L., & Stangelin, D. (2019). Propriedades físicas e mecânicas da madeira de angelim-pedra submetida a tratamento térmico. Revista Tecnologia em Metalurgia, Materiais e Mineração, 16(1), 3-7. https://doi.org/10.4322/2176-1523.20191297.
Gomes, L. D., Gomes, J. D, Hackenberg, A. M., & Mello, M. M. C. (2020). Sistema construtivo de madeira laminada colada (MLC): técnicas e desempenho termoenergético. Revista Research, Society and Development, 9(1), e191911919. http://dx.doi.org/10.33448/rsd-v9i1.1919.
Hibbeler, R. C. (2010). Resistência dos materiais. Pearson (7º edição.).
Instituto de Pesquisas Tecnológicas [IPT]. (2022). Características gerais: angelim-pedra (Hymenolobium petraeum Ducke). São Paulo. http://www.ipt.br/informacoes_madeiras/8.htm.
Lepage, E., Salis, A. G.; & Guedes, E. C. E. R. (2017). Tecnologia de proteção da madeira. Montana Química S. A. (1°a. ed.).
Marchesan, R., Souza, L., Fortes, R., Reinaldo, R., Barros, A., & Santos, A. (2021). Physical-mechanical characterization of the wood of plathymenia reticulata benth(vineyard-of-field) native species of the cerrado of the state of Tocantins. Revista Floresta 51(1), 247-254. http://dx.doi.org/10.5380/rf.v51i1.68591.
Martins, T. F. R. M. (2010). Dimensionamento de estruturas de madeira: coberturas e pavimento. Dissertação (Mestrado em Engenharia Civil). Universidade Técnica de Lisboa – IST (151p.). Lisboa/PT. https://fenix.tecnico.ulisboa.pt/downloadFile/395142227849/Tese.
Morales, E. (2008). Determinação do módulo de elasticidade da madeira: proposta para simplificação de procedimentos metodológicos. Dissertação (Mestrado em Ciência e Engenharia de Materiais). Ciência e Engenharia de Materiais, Universidade de São Paulo – USP (p. 58.). São Carlos. 10.11606/D.88.2002.tde-23042007-085046
Oliveira, F. L., Garcia, J. N., & Florsheim, S. M. B. (2006). Propriedades da madeira de Pinus taeda L. em função da idade e da posição radial na tora. Revista do Instituto Florestal, 18(1), 59-70. https://smastr16.blob.core.windows.net/iflorestal/ifref/RIF18/RIF18_59-70.pdf.
Oliveira, J. T. S., Tomazello Filho, M., & Fiedler, N. C. (2010). Avaliação da retratibilidade da madeira de sete espécies de Eucalyptus. Revista Árvore, 34(5), 929-936. 10.1590/S0100-67622010000500018.
Pfeil, W., & Pfeil, M. (2021). Estruturas de madeira. Editora LTC (6ª Ed. revisada).
Pietrobon, I. M. (2022). Estimativa da resistência e da rigidez à compressão paralela às fibras pela dureza e pela densidade aparente de espécies de madeira provenientes de florestas nativas. Dissertação (Mestrado em Estruturas e Geotecnia), Programa de pós-graduação em Engenharia Civil, Universidade Federal de São Carlos (p.25.). São Carlos. https://repositorio.ufscar.br/handle/ufscar/15690.
Possa, D. C., Petrauski, A., Petrauski, S. M. F. C., Savaris, G., Jordan, R. A., Azevedo, R. A., Possa, D. C., Padilha, V. H. L., Tomé, K. T., Petrauski, M. C., & Torre, A. E. (2022). Construção e ensaio de pórticos com tirante em madeira laminada colada. Revista: Research, Society and Development, 11(2), e52711226109. http://dx.doi.org/10.33448/rsd-v11i2.26109.
Ribeiro, E. S. (2017). Propriedades tecnológicas de vinte espécies de madeiras tropicais comercializadas pelo estado de Mato Grosso. Tese (Doutorado em Ciências Florestais) – Faculdade de Tecnologia, Engenharia Florestal, Universidade de Brasília (p.142.). Brasília. http://dx.doi.org/10.26512/2017.02.T.23291.
Santos, J. O. X., Fernandes, S. C., Freitas, H. S., Barros, R. P., & Barros, L. M. (2020). Avaliação de propriedades físicas e mecânicas de quatro espécies de madeira amazônica para uso na construção civil. Revista Research, Society and Development, 9(12), e44891211379. http://dx.doi.org/10.33448/rsd-v9i12.11379.
Segundinho, P. G. A., Regazzi, A. J., Poletti, F. S., Paula, M. O., Mendonça, A. R., & Golçalves, F. F. (2018). Variação dos módulos de elasticidade e ruptura em madeira de cedro-australiano por meio de ensaios não destrutivo e destrutivo. Revista Ciência Florestal, Santa Maria, 28(3), 1163-1178. http://dx.doi.org/10.5902/1980509833392.
Silva, V. P. S., Matos, D. F., Lima, T. J., Moreira, W. M., & Dias, J. M. S. (2019). Análise do Teor de Umidade de Madeiras Comercializadas na Cidade de Açailândia - MA. In: Anais da III Semana de Engenharia Civil. Marabá - PA.
Teixeira, J. (2021). Propriedades físicas e mecânicas da madeira de Angelim SP obtidas de árvores provenientes de regiões distintas do país. Tese (Doutorado em Estruturas e Geotecnia) - Programa de pós-graduação em Engenharia Civil, Universidade Federal de São Carlos (p.22.). São Carlos. https://repositorio.ufscar.br/handle/ufscar/14402?show=full.
Young, H. D., & Freedman, R. A. (2016). Física II: termodinâmica e ondas. Pearson Education (Tradução de D. Vieira.).
Zangiácomo, A. L., Christoforo, A. L., & Lahr, F. A. R. (2013). Avaliação do módulo de elasticidade de peças estruturais roliças e de corpos-de-prova de Pinus elliottii. Scientia Forestalis, 41(2013), 283-291. http://www.ipef.br/publicacoes/scientia/nr98/cap14.pdf.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2022 Pedro Manoel Lima Gustavo Sousa; Jardylene Almeida Costa; Lucas Carvalho Silva; Carlos Henrique Carneiro Castro; Vitor de Sousa Machado; Francisco Raphael Lima Duarte; João Miguel Santos Dias
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
1) Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
2) Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
3) Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.