Prevenção e saúde mental dos adolescentes: fatores de risco frente às dificuldades vivenciadas na Pandemia da COVID-19
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v11i10.32857Palavras-chave:
Adolescente; Depressão; Suicídio; Prevenção.Resumo
A adolescência é uma etapa evolutiva repleta de transformações físicas, biológicas e psicológicas. Estas mudanças podem apresentar impactos significativos na saúde mental do jovem, e, em determinadas situações, incidir em tentativa ou na prática de suicídio como forma de resolução de dificuldades e/ ou conflitos. Este fenômeno é complexo, possui diversas causas e fatores associados e vem crescendo nos últimos anos, especialmente, frente à pandemia da COVID-19. Assim, o presente trabalho teve como objetivo realizar um estudo teórico sobre estratégias de prevenção do suicídio na adolescência frente as dificuldades vivenciadas no contexto atual. Pesquisou-se também os fatores que levam à depressão, ideação, tentativa e suicídio na adolescência, além de conhecer possíveis estratégias de prevenção. O método utilizado foi a revisão de literatura narrativa. Identificou-se que o grupo familiar tem potencial para gerar relações positivas e adequadas quando apresenta apoio e apego entre seus membros. Além disso, as intervenções de prevenção ao suicídio que abordem questões relacionadas à saúde mental, bem como a importância e o papel das relações familiares, treinamento dos profissionais no contexto de escola, acompanhamento multidisciplinar, reconhecimento dos sinais do comportamento suicida e encaminhamento para os profissionais da saúde são fundamentais. Além disso, a detecção precoce destes casos torna-se imprescindível para preservar as vidas dos adolescentes. Outro fator importante a ser destacado é o cyberbullying que afeta o cotidiano dos adolescentes. Conclui-se que oportunizar um espaço de escuta e acompanhamento para eles parece ser uma efetiva estratégia de prevenção e enfrentamento ao suicídio.
Referências
Abreu, K. P. de.., Lima, M. A. D. da. S., Kohlrausch, E. & Soares, J. F. (2010). Comportamento suicida: fatores de risco e intervenções preventivas. Revista eletrônica de enfermagem,12(1), 195-200.
American psychiatric association (2014). Manual diagnóstico e estatístico de transtornos mentais: DSM-5. Porto Alegre, PA. Artmed.
Barbosa, F. de. O., Macedo, P. M., & Silveira, R. M. C. da. (2011). Depressão e o suícido. Revista da SBPH, 14(1), 233-243.
Bertolote, J. M. (2012). O Suicídio e Sua Prevenção. São Paulo, SP: .Unesp.
Biazus, C., & Ramires, V. R. R. (2012). Depressão na adolescência: uma problemática dos vínculos. Psicologia em Estudo. 17(1), 83-91.
Braga, L. L. & Dell’Aglio, D. D. (2013). Suicídio na Adolescência: Fatores de risco, depressão e gênero. Contextos Clínicos, 6,(1)214.
Brasil. Ministério da Saúde. (2017). Proteger e cuidar da Saúde de Adolescentes na Atenção Básica. Recuperado de: https://bvsms.saude.gov.br.
Cassorla, R. M. S. (2004). Suicídio e autodestruição humana. In N. Bottega & B. S. G.Werlang (Orgs). Comportamento Suicida (pp. 21-23) Porto Alegre, PA: Artmed.
Cassorla, R. M. S. (2017). Suicídio, fatores inconscientes e aspectos socioculturais: uma introdução. São Paulo, SP: Editora Edgard Blucher
Costa, L. C. R., Gonçalves, M., Sabino, F. H. O., Oliveira,W. A., & Carlos, D. M. (2021). Adolescer em meio à pandemia da Covid-19: um olhar da teoria do amadurecimento de Winnicott. Interface, comunicação, saúde, educação: Botucatu, SP. Recuperado de: https://www.interface.org.br
Malloy-Diniz, L. F., Costa, D. de S., Loureiro , F., Moreira, L., Silveira, B. K. S., Sadi, H. de M., Apolinário-Souza, T., Alvim-Soares, A., Nicolato, R., Paula , J. J. de, Miranda, D., Pinheiro, M. I. C., Cruz, R. M., & Silva, A. G. (2020). Saúde mental na pandemia de Covid-19: considerações práticas multidisciplinares sobre cognição, emoção e comportamento. Debates Em Psiquiatria, 10(2), 46–68.
Costa, F. C., Junior, E. G. J., & Fajardo, R. S. (2014). Depressão e suicídio na adolescência; representações sociais e indicadores de risco. Visão Universitária,1(1), 919.
Coutinho, A. H. S. de. A. (2010). Suicídio e laço social. Reverso, 32(59), 61-69
Centro Estadual de Vigilância em Saúde. (2016). Suicídio. Recuperado de: https://www.cevs.rs.gov.br/suicidio
Danzmann, P. S., Silva, A. C., & Guazina, F. M. N. (2020). Atuação do psicólogo na saúde mental da população diante da pandemia, J. nurs.health, 10,e 20104015.
Dell’Aglio, D. D., & Hutz, C. S. (2004). Depressão e Desempenho Escolar em Crianças e Adolescentes institucionalizados. Patologia: Reflexão e crítica, 17(3), 341-350.
Escobar, A de. M. P. R. Arruda, M. de. F. A., & Sobrinho, J. E. de. L. (2022). Estratégias de prevenção do suicídio e da autolesão voltadas para adolescentes em ambientes escolares: uma revisão integrativa de literatura. Research, Society and Development, 11(3), 1-10.
Fundação Oswaldo Cruz. (2020). Covid e saúde da criança. Recuperado de: FF/Fiocruzhtpps://portal.fiocruz>documento>covid-19-e-saude-da-criança-e-do-adolescente
Jatobá, I. D. V. & Bastos, O. (2007). Depressão e ansiedade em adolescentes em escolas públicas e privadas. Jornal Brasileiro de Psiquiatria, 5(3), 171-179.
Marcelli, D., & Braconnier, A. (2007). Adolescência e psicopatologia: As tentativas de Suicídio. Porto Alegre, PA: Artmed.
Marquetti, F. (2018). Suicídio.Escutas do Silêncio. De quem é a vida afinal?: A Bioética na Prevenção do Suicídio e na Posvenção. São Paulo, SP: Unifesp:
Mendes, A. K de. A. (2021). Covid-19 e o uso abusivo da internet: O Cyberbullying é um fator de risco para o suicídio no Brasil? Research, Society and Development,10(7), 1-9.
Miliauskas, C. R., & Faus, D. P. (2020). Saúde mental de adolescentes em tempos de Covid-19: desafios e possibilidades de enfrentamento. PHYSIS- Revista de Saúde Coletiva,30(4), 1-8.
Moreira, F. J. F., Sampaio, J. V. B., Abreu, I. D. P., & Santos, M. I. (2018). Caminho trilhado na construção do plano estadual de educação permanente: Percursos e discursos. Escola de Saúde Pública do Ceará, CE: Governo do Estado do Ceára; Recuperado de: https://observatorio.esp.ce.gov.br/project/caminho-trilhado-na-construcao-do-plano-estadual-de-educacao-permanente/
Moreira, F. J. F. (2021).”Nada é fácil de entender”: reflexões acerca do ato suicida na adolescência. Research,Society Developmentt, 10(9) 1-10.
Minayo, M. C. S. (2020). Análise qualitativa; teoria, passos e fidedignidade. Ciência e Saúde Coletiva.,1, 621-626.
Ministério da Saúde. (2021). Secretaria de Vigilância em Saúde:Boletim Epidemiológico. Recuperado de: www.saude.gov.br?svs.
Organização Pan-Americana da Saúde. (2016). Saúde Mental dos Adolescentes. Recuperado de:https://www.paho.org/pt/topicos/saude-mental-dos-adolescentes
Oliveira, H., & Morbini F. (2021) O Cyberbullying e a Instigação ao Suicídio em Jovens e Adolescentes. Formas de combate através da Aplicação Penal Brasileira, 7(2)-104-117.
Organização Mundial da Saúde. (2018) Folha informativa, Depressão. Recuperado de: https://paho.org/bra/index.php? option-com_content&view-article&id=5635:folha informativa depressão &itemid=1095> acesso em: 16 nov.21
Peres, A. L. (2018). Morte silenciada: O Suicídio e a Representação Social. Revista Ambiente, 2(1), 109-124.
Penso, M. A. et al. (2012). Jovens pedem socorro: adolescente que praticou ato infracional e o adolescente que cometeu ofensa sexual. Brasília: BR: Liber.
Penso, M. A. & Sena, D. P. A. (2020). A desesperança do jovem e o suicídio como solução. Revista Sociedade e Estado,35(1), 61-81.
Krüger, L. L., & Werlang, B. S. G. (2010). A dinâmica familiar no contexto da crise suicida. Psico-USF, 15(1),59-70.
Santos, L. V. et al. (2021). Prevenção e fatores relacionados à ideação suicida em adolescentes nas entrelinhas de uma revisão narrativa. Revista Eletrônica Acervo Saúde, 13(9), e8112.
Selosse, J. (1997). Adolescence,violences et déviances. Paris:Matrice
Seródio, L.A., & Prado, G. D. V. T. (2017). Escrita-evento na radicalidade da pesquisa narrativa. Educação em Revista, 33, 1-18.
Sganzerla, G. C. (2021). Risco de Suicídio em Adolescentes; Estratégias de Prevenção Primária no Contexto Escolar, Psicologia escolar e educacional, 25, 1-8.
Simas, V. F., Prado, G. D. V. T., & Domingo, J. (2018). Dimensões de consciência possíveis na pesquisa e na escrita narrativa sobre si-uma perspectiva bakhtiniana. Bakhtiniana: Revista de e Estudo do discurso, 13(1), 113-131.
Silva, F. M., da. & Cunha, A. A. D. da. (2022) Fatores de Risco, Tentativas de suicídio em crianças e Adolescentes. Epotoya E-Books,1(3), 138-144.
Silva, D. A da. & Marcolan, J. F. (2021). O impacto das relações familiares no comportamento suicida.(2021). Research, Society and Development, 10(2),, e17310212349.
Silva, M. M. (2021). A contribuição da escola para a promoção da saúde mental de adolescentes no combate a depressão e ao suicídio. Brazilian Journal of Development, 7(3), 1-18.
Tavares,V. (2022). Fiocruz, saúde mental: especialistas falam sobre os desafios no cuidado de jovens e adolescentes. Retirado de: https:/portaldeboaspraticas.iff.fiocruz.br>
Volkmer, et al. (2019). Guia Intersetorial de Prevenção do Comportamento Suicida em crianças e adolescentes. Comitê Estadual de Promoção da Vida e Prevenção do Suicídio do Estado do Rio Grande do Sul / Comissão da Criança e do/a Adolescente. Retirado de: <https://saude.rs.gov.br/upload/arquivos/carga20190837/26173730-guia-intersetorial-de-prevencao-do-comportamento-suicida-em-criancas-e-adolescentes-2019.pdf>
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2022 Gicela de Siqueira Urruth; Fernanda Pires Jaeger
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
1) Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
2) Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
3) Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.