Tratamento farmacológico da adicção de cocaína/crack: análise da farmacoterapia de pacientes dependentes químicos

Autores

DOI:

https://doi.org/10.33448/rsd-v11i10.32882

Palavras-chave:

Cocaína; Crack; Drogas ilícitas; Ibogaína.

Resumo

A dependência causada pelo uso da cocaína representa um problema de saúde pública em vários países. Apesar do seu elevado potencial de causar dependência, ainda não há um protocolo clínico para o tratamento farmacológico. Entretanto, a partir de resultados positivos, alguns estudos clínicos já foram desenvolvidos com a finalidade de identificar terapias farmacológicas a fim de minimizar o desejo em consumir a substância. O tratamento farmacológico das adições consiste em psicotrópicos, que são medicamentos controlados que agem no Sistema Nervoso Central. Esses medicamentos contribuem para a redução dos sintomas de abstinência de drogas, além de sintomas de eventuais comorbidades psiquiátricas que o paciente venha a apresentar. Nesse sentido, a farmacoterapia age no tratamento da dependência química, complementando outras atividades que buscam melhorar a qualidade de vida dos pacientes. Este estudo teve como objetivo realizar um levantamento bibliográfico sobre o tratamento farmacológico da adicção de cocaína/crack levando-se em conta a análise da farmacoterapia diante de pacientes dependentes químicos. Para isso, foram utilizadas publicações disponibilizadas nas bases de dados da PUBMED, LILACS e BVS referentes ao período de 2012 a 2021. A partir da realização desta pesquisa, concluiu-se que apesar da grande incidência de usuários de drogas de abuso ainda não há um tratamento farmacológico definido para os indivíduos dependentes de cocaína/crack, sendo necessário, portanto, a realização de mais estudos sobre a temática com a finalidade de reduzir os sintomas da abstinência do uso da substância.

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Publicado

11/08/2022

Como Citar

GOMES, A. R. R. .; AMARAL, R. G. .; ANDRADE, L. N. . Tratamento farmacológico da adicção de cocaína/crack: análise da farmacoterapia de pacientes dependentes químicos . Research, Society and Development, [S. l.], v. 11, n. 10, p. e506111032882, 2022. DOI: 10.33448/rsd-v11i10.32882. Disponível em: https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/32882. Acesso em: 22 nov. 2024.

Edição

Seção

Ciências da Saúde