Plantas medicinais do cerrado: estudos etnobotânicos e etnofarmacológico

Autores

DOI:

https://doi.org/10.33448/rsd-v11i10.33149

Palavras-chave:

Plantas medicinais do Cerrado; Espécies do Cerrado; Conservação do cerrado.

Resumo

Os estudos etnobotânicos e etnofarmacológicos existentes possuem como consenso que o bioma Cerrado é detentor de uma das maiores diversidades biológicas de espécies, principalmente quando se trata de plantas com potencial medicinal. Pesquisas sobre a flora medicinal do Cerrado tem sido realizadas para todos os Estados abrangidos pelo bioma, e considerando o alto grau de endemismo que cada região possui em relação a certas espécies, estas regiões apresentarão uma flora medicinal com espécies comuns a outras e com espécies particulares. A metodologia utilizada neste estudo foi a revisão bibliográfica e de análise de dados, a qual se mostrou mais adequada para este tipo de pesquisa, porque visa identificar a produção quantitativa e qualitativa do tema em questão nos últimos vinte anos. Neste estudo, foi realizado um levantamento bibliográfico de pesquisas etnobotânicos e etnofarmacológicas abordando plantas medicinais do Cerrado. Baseando-se no pressuposto de que o Cerrado é um bioma que apresenta um valor inestimável devido à sua biodiversidade, observa-se a necessidade de pesquisas e valorização do conhecimento em torno das espécies vegetais presentes nesse cenário. Outro aspecto que merece ser destacado, é que o medicamento fitoterápico tradicional é aquele elaborado a partir de planta medicinal de uso embasado na tradição popular, sem evidências conhecidas de risco à saúde do usuário, cuja eficácia é validada através de levantamentos etnofarmacológicos e de utilização, documentação científica ou publicações indexadas.

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Publicado

11/08/2022

Como Citar

VARGEM, D. da S. .; BRAZ, V. da S.; LEMES, E. de O. .; PEIXOTO, J. de C. . Plantas medicinais do cerrado: estudos etnobotânicos e etnofarmacológico. Research, Society and Development, [S. l.], v. 11, n. 10, p. e595111033149, 2022. DOI: 10.33448/rsd-v11i10.33149. Disponível em: https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/33149. Acesso em: 17 ago. 2024.

Edição

Seção

Artigos de Revisão