Análise da hanseníase na região nordeste do Brasil no período de 2017-2021
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v11i11.33150Palavras-chave:
Hanseníase; Epidemiologia; Incidência; Infectologia; Atenção à saúde.Resumo
Objetivo: analisar a epidemiologia dos casos de hanseníase no estado do Rio Grande do Norte (RN), comparando com os demais estados da região Nordeste, no período de 2017 a 2021. Metodologia: trata-se de um estudo descritivo e quantitativo realizado a partir de dados coletados no Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS). A análise ocorreu com base nos números confirmados da hanseníase no RN e demais estados da região supracitada entre 2017 e 2021, mediante faixa etária, sexo, raça e ano de diagnóstico. Resultados: observou-se 62.335 afetados por tal moléstia no Nordeste considerando o período estudado, sendo a maior incidência no Maranhão com 26,91% dos casos, já o RN apresentou cerca 1,99% dos casos. Tal doença foi predominante em pessoas pardas e com menos de 60 anos de idade, independente do sexo. Conclusão: portanto, o RN não apresentou o maior quantitativo de pessoas contaminadas comparado aos demais estados pesquisados, porém há a possibilidade de subnotificações, desencadeando uma redução de políticas públicas para essa enfermidade. Assim, diante de tal realidade, ainda são necessárias ações em saúde que capacitem profissionais e os estudantes da área para realizar o rastreio, notificação e diagnóstico precoce dessa doença.
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