O sofrimento do médico frente ao óbito do paciente: uma revisão integrativa
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v11i10.33154Palavras-chave:
Médicos; Sofrimento; Morte.Resumo
Objetivo: Analisar na literatura científica as evidências publicadas sobre o sofrimento do profissional médico frente ao óbito do paciente. Método: Foi realizada uma revisão integrativa da literatura científica publicada nas bases de dados Pubmed, Scielo, Lilacs, Cinahl, Scopus e Web of Science. A busca foi norteada pela pergunta de pesquisa: Quais as evidências científicas sobre o sofrimento do médico frente ao óbito do paciente em ambiente hospitalar? A busca foi realizada nos meses de junho e julho de 2022. Foram incluídos os artigos científicos publicados entre os anos de 2017 até 2022. Resultados: Foram selecionados sete artigos com desenhos metodológicos variados relatando o sentimento do médico frente ao óbito do paciente, suas consequências e mecanismos de enfrentamento. Conclusão: O sofrimento do médico frente ao óbito do paciente está presente tendo consequências variadas e sendo necessário maior treinamento deste profissional, bem como mais estudos para a avaliação dos variados aspectos e mecanismos de enfrentamento.
Referências
Botelho, L. L. R., Cunha, C. C. de A., & Macedo, M. (2011). O método da revisão integrativa nos estudos organizacionais. Gestão e Sociedade, 5(11), 121. https://doi.org/10.21171/ges.v5i11.1220
Destro, C., Destro, C. R. de S., Destro, L. R. de S., Silva, R. M. C. R. A., & Pereira, E. R. (2022). Evidências científicas do luto do profissional da equipe de enfermagem frente ao óbito do paciente no ambiente hospitalar: Uma revisão integrativa. Research, Society and Development, 11(6), e30611629126–e30611629126. https://doi.org/10.33448/rsd-v11i6.29126
Destro, C. R. de S., Destro, C., Destro, L. R. de S., Silva, R. M. C. R. A., & Pereira, E. R. (2022). O atendimento na insuficiência cardíaca crônica e sua inserção nos cuidados paliativos. Research, Society and Development, 11(7), e24411729632–e24411729632. https://doi.org/10.33448/rsd-v11i7.29632
Dias, F. A., Pereira, E. R., Silva, R. M. C. R. A., & Medeiros, A. Y. B. B. V. de. (2020). Espiritualidade e saúde: Uma reflexão crítica sobre a vida simbólica. Research, Society and Development, 9(5), e52953113–e52953113. https://doi.org/10.33448/rsd-v9i5.3113
ffrench-O’Carroll, R., Feeley, T., Crowe, S., & Doherty, E. M. (2019). Grief reactions and coping strategies of trainee doctors working in paediatric intensive care. British Journal of Anaesthesia, 123(1), 74–80. Scopus. https://doi.org/10.1016/j.bja.2019.01.034
Flores, I. P., Pereira, E. R., Silva, R. M. C. R. A., Bezerra, C. M. P. D., & Alcantara, V. C. G. de. (2020). A religiosidade e sua influência no processo de cura terapêutico. Research, Society and Development, 9(6), 59. https://dialnet.unirioja.es/servlet/articulo?codigo=7435464
Granek, L., Ben-David, M., Nakash, O., Cohen, M., Barbera, L., Ariad, S., & Krzyzanowska, M. K. (2017). Oncologists’ negative attitudes towards expressing emotion over patient death and burnout. Supportive Care in Cancer, 25(5), 1607–1614. Scopus. https://doi.org/10.1007/s00520-016-3562-y
Kovács. (2010). Sofrimento da equipe de saúde no contexto hospitalar: Cuidando do cuidador profissional. O Mundo da Saúde, 34(4), 420–429. https://doi.org/10.15343/0104-7809.20104420429
Kovács, M. J. (2014). A caminho da morte com dignidade no século XXI. Revista Bioética, 22(1), 94–104. https://doi.org/10.1590/S1983-80422014000100011
Laor-Maayany, R., Goldzweig, G., Hasson-Ohayon, I., Bar-Sela, G., Engler-Gross, A., & Braun, M. (2020). Compassion fatigue among oncologists: The role of grief, sense of failure, and exposure to suffering and death. Supportive Care in Cancer, 28(4), 2025–2031. Scopus. https://doi.org/10.1007/s00520-019-05009-3
Linane, H., Connolly, F., McVicker, L., Beatty, S., Mongan, O., Mannion, E., Waldron, D., & Byrne, D. (2019). Disturbing and distressing: A mixed methods study on the psychological impact of end of life care on junior doctors. Irish Journal of Medical Science, 188(2), 633–639. Scopus. https://doi.org/10.1007/s11845-018-1885-z
Magalhães, M. V., & Melo, S. C. A. (2015). MORTE E LUTO: O sofrimento do profissional da saúde. Psicologia e Saúde em debate, 1(1), 65–77. http://www.psicodebate.dpgpsifpm.com.br/index.php/periodico/article/view/7
Medisauskaite, A., & Kamau, C. (2019). Reducing burnout and anxiety among doctors: Randomized controlled trial. Psychiatry Research, 274, 383–390. Scopus. https://doi.org/10.1016/j.psychres.2019.02.075
Mendes, K. D. S., Silveira, R. C. de C. P., & Galvão, C. M. (2008). Revisão integrativa: Método de pesquisa para a incorporação de evidências na saúde e na enfermagem. Texto & Contexto - Enfermagem, 17(4), 758–764. https://doi.org/10.1590/S0104-07072008000400018
Minkowski, E. (2000). Breves reflexões a respeito do sofrimento (aspecto pático da existência) (M. V. P. de C. Pacheco, Trad.). Revista Latinoamericana de Psicopatologia Fundamental, 3(4), 156–164. https://doi.org/10.1590/1415-47142000004012
Parkes, C. M. (1985). Bereavement. British Journal of Psychiatry, 146(1), 11–17. Cambridge Core. https://doi.org/10.1192/bjp.146.1.11
Parkes, C. M. (1998a). Bereavement in adult life. BMJ (Clinical Research Ed.), 316(7134), 856–859. https://doi.org/10.1136/bmj.316.7134.856
Parkes, C. M. (1998b). Facing loss. BMJ (Clinical Research Ed.), 316(7143), 1521–1524. https://doi.org/10.1136/bmj.316.7143.1521
Popa-Velea, O., Truţescu, C.-I., Diaconescu, L. V., Trutescu, C., & Trutescu, C.-I. (2019). The impact of Balint work on alexithymia, perceived stress, perceived social support and burnout among physicians working in palliative care: A longitudinal study. International Journal of Occupational Medicine & Environmental Health, 32(1), 53–63. https://doi.org/10.13075/ijomeh.1896.01302
Ramos, E. S. G., & Garcia, R. R. (2022). Cuidados paliativos e conhecimento docente: Diálogos possíveis na área da saúde. Research, Society and Development, 11(1), e19211124651–e19211124651. https://doi.org/10.33448/rsd-v11i1.24651
Silva, A. E., Guimarães, M. A. M., Carvalho, R. C., Carvalho, T. V., Ribeiro, S. A., & Martins, M. R. (2021). Cuidados paliativos: Definição e estratégias utilizadas na prática médica. Research, Society and Development, 10(1), e18810111585–e18810111585. https://doi.org/10.33448/rsd-v10i1.11585
Stroebe, M., & Schut, H. (1999). The dual process model of coping with bereavement: Rationale and description. Death Studies, 23(3), 197–224. https://doi.org/10.1080/074811899201046
Stroebe, M., & Schut, H. (2010). The dual process model of coping with bereavement: A decade on. Omega, 61(4), 273–289. https://doi.org/10.2190/OM.61.4.b
Stroebe, M., Schut, H., & Boerner, K. (2010). Continuing bonds in adaptation to bereavement: Toward theoretical integration. Clinical Psychology Review, 30(2), 259–268. https://doi.org/10.1016/j.cpr.2009.11.007
Tamada, J. K. T., Dalaneze, A. S., Bonini, L. M. de M., & Melo, T. R. de C. (2017). Relatos de médicos sobre a experiência do processo de morrer e a morte de seus pacientes. Revista de Medicina, 96(2), 81–87. https://doi.org/10.11606/issn.1679-9836.v96i2p81-87
Zeitlin, S. V. (2001). Grief and bereavement. Primary Care, 28(2), 415–425. https://doi.org/10.1016/s0095-4543(05)70031-2
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2022 Claudinei Destro; Cleonilce Rodrigues de Souza Destro; Lucas Rodrigues de Souza Destro; Rose Mary Costa Rosa Andrade Silva; Eliane Ramos Pereira
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
1) Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
2) Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
3) Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.