Influência do teor de umidade na resistência à flexão de Madeira de Sapucaia (Lecythis pisionis cambesse)
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v11i11.33158Palavras-chave:
Madeira; Teor de umidade; Resistência à flexão; MOR; Sapucaia.Resumo
A sapucaia (Lecythis pisionis cambesse) é uma espécie que compõe a família botânica lecythidacea e é comumente encontrada na Amazônia brasileira, sendo bastante utilizada em construções pesadas internas e pesadas externas. O objetivo deste trabalho é avaliar a influência do teor de umidade na rigidez e resistência a flexão de peças de madeira de sapucaia. Foram utilizados 18 CPs para a aferição do teor de umidade através do método gravimétrico, com aferição das massas em intervalos de 24 horas e para o ensaio de flexão foram utilizados 3 CPs por teor de umidade. Com isso, foi observado que entre 0 a 7 dias a aferição do teor de umidade houve uma variação de 13,64% e no intervalo entre 7 e 14 dias não houve um ganho significativo de umidade, tendo um acréscimo de apenas 0,61% ao fim dos 14 dias. Nos ensaios de flexão, foram obtidos os módulos de ruptura (MOR) no qual o valor mínimo para 0 dias foi de 94,99 MPa e o valor máximo foi de 118,65 MPa. Foi constatado que o teor de umidade da madeira, no momento da aquisição, estava acima do Ponto de Saturação das Fibras (29,56%) e o seu módulo de ruptura foi de 104,36 MPa. Dessa forma, foi possível verificar que o teor de umidade variou com o tempo de submersão e, quanto ao módulo de ruptura médio constatou-se que não ocorreu variação.
Referências
Araújo, H. J. B. (2007). Relações funcionais entre propriedades físicas e mecânicas de madeira tropicais brasileiras. Floresta, Curitiba, PR. set/dez, v. 37, n. 3. doi: 10.5380/rf.v37i3.9937
Associação Brasileira de Normas Técnicas. (2022). NBR 7190 - 1: Projeto de estruturas de madeira. Parte 1: Critérios de dimensionamento. Rio de Janeiro.
Associação Brasileira de Normas Técnicas. (2022). NBR 7190 - 3: Projeto de estruturas de madeira. Parte 3: Métodos de ensaio para corpos de prova isentos de defeitos para madeiras de florestas nativas. Rio de Janeiro.
Almeida, E. & Barbosa, S. E. & Nascimento, F. B. & Santana, F. E. & Sousa, L. F. D. (2020). Estruturas de Madeiras: um novo olhar para a formação acadêmica dos futuros profissionais. Brazilian Journal of Animal and Environmental Research. Curitiba, out/dez, v. 3, n. 4, 3822-3828. doi: 10.34188/bjaerv3n4-082
Anjos, F. P. dos & Sousa, A. M. L. de. (2015). Umidade de Equilíbrio em Madeira Termorretificada de Cupiúba da Região Amazônica. Biota Amazônia Open Journal System, Universidade Federal do Amapá. Macapá – AP, v. 5, n. 1, 99–104. doi: 10.18561/2179-5746/biotaamazonia
Cademartori, G. P. H. & frança, F. R. & Nisgoski, S. & Magalhães, E. L.W. & Muniz, B. I. G. (2013). Característica Anatômica da Madeira de Lecythis pisonis CAMB. I Congresso de Ciência e Tecnologia da madeira (CBCM); III Simpósio de Ciência e Tecnologia do Estado do RJ (SIMADERJ). Rio de Janeiro. Recuperado de https://www.embrapa.br/busca-de-publicacoes/-/publicacao/1004681/caracterizacao-anatomica-da-madeira-de-lecythis-pisonis-camb
Cordeiro, J. et al. (2017). Uso da madeira na construção civil. Projectus, Rio de Janeiro, v. 2, n. 4, 79-93. doi: 10.15202/25254146.2017v2n4p79
Dias, J. M. S. (2018). Estruturas de madeiras. 1. ed. Salvador: 2B Educação.
Dias, J. M. S. et al. (2019). Avaliação comparativa entre métodos de aferição do teor de umidade em peças de madeira de dimensões reduzidas. ResearchGate, Ponta Grossa – PR, v. 3, 171 – 179. doi: 10.22533/at.ed.93019150316
Filho, F. C. L. (2012). Efeito combinado do teor de umidade e da massa específica na resistência e rigidez da madeira de Pinus elliottii. Revista Floresta, v. 42 n. 3, 519–526. doi: 10.5380/rf.v42i3.16973
França, M. C. & Cunha, A. B. da. (2020). Determinação da Relação Resistência / Rigidez e Teor de Umidade da Madeira de Eucalyptus benthamii Maiden et Cambage. Recuperado de https://silo.tips/download/determinaao-da-relaao-resistencia-rigidez-e-teor-de-umidade-da-madeira-de-eucaly#sidebar-close
Gonçalves, F. G. et al. (2009). Estudo de Algumas Propriedades Mecânicas da Madeira de Um Híbrido Clonal de Eucalyptus urophylla X Eucalyptus grandis. R. Árvore, Viçosa-MG, v. 33, n. 3, 501-509. doi: 10.1590/S0100-67622009000300012
Haselein, C. R. et al. (2002). Propriedades de flexão estática da madeira úmida e a 12% de umidade de um clone de Eucalyptus saligna Smith sob o efeito do espaçamento e da adubação. Revista Ciência Florestal, v. 22 n. 2, 147–152. doi: https://doi.org/10.5902/198050981689
INSTITUTO DE PESQUISA TECNOLÓGICA – IPT. (2013). Informações sobre madeiras. Recuperado de https://www.ipt.br/informacoes_madeiras3.php?madeira=73
Lahr, F. A. R. et al. (2015). Avaliação de Propriedades Físicas e Mecânicas de Madeiras de Jatobá (Hymenaea stilbocarpa Hayne) Com Diferentes Teores de Umidade e Extraídas de Regiões Distintas. Revista Árvore, Viçosa-MG, v. 40, n. 1, 147-154. doi: 10.1590/0100-67622016000100016
Melo, R. R. (2013). Estabilidade dimensional de compostos de madeira. Revista Ciência da Madeira (Brazilian Journal of Wood Science), v. 04 n. 02, 152–175. Recuperado de https://periodicos.ufpel.edu.br/ojs2/index.php/cienciadamadeira/article/view/4060
Mendes, L. M. & Arce, J. E. (2003). Análise comparativa das equações utilizadas para estimar a umidade de equilíbrio da madeira. Cerne, Universidade Federal de Lavras. Lavras, Brasil, v. 9, n. 2, jul-dez, 141–152. Recuperado de http://www.bibliotecaflorestal.ufv.br/handle/123456789/18195?show=full
Moreschi, J. C. (2014). Propriedades da madeira. http://www.madeira.ufpr.br/disciplinasmoreschi/PROPRIEDADES%20DA%20MADEIRA.pdf
Moretti, S. D. A. & Santos, C. M. M. dos; Mascarenhas, A. R. P. & Oliveira, J. P. de. & Anjos, S. P. dos. (2020). Avaliação do processo de secagem ao ar livre da madeira de jatobá na Amazônia Evaluation of the outdoor drying process of jatoba wood in the Amazon Evaluación del proceso de secado al aire libre de la madera de jatoba en la Amazonía. Research, Society and Development, [S. l.], 17 ago. v.9, n. n.9, 1-21. doi: 10.33448/rsd-v9i9.7258
Oliveira, J. T. da S. & Silva, J. de C. (2003). Variação radial da retratibilidade e densidade básica da madeira de Eucalyptus saligna Sm. Revista Árvore, v. 27, n. 3, 381 – 385. doi: 10.1590/S0100-67622003000300015
Pelozzi, M. M. A. et al. (2012). Propriedades físicas dos lenhos Juvenil e adulto de Pinus elliottii Engelm var. elliottii E DE Eucalyptus grandis Hill ex Maiden. Revista Ciência Florestal, v. 22 n. 2, 305–313. doi: 10.5902/198050985737
Pereira A. S. et al. (2018). Metodologia da pesquisa científica. [free e-book]. Santa Maria/RS. Ed. UAB/NTE/UFSM. Recuperado de http://repositorio.ufsm.br/handle/1/15824
Ribeiro, R. B. S. & Gama, J. R. V. & Souza, A. L & Andrade, D. F. C. (2019). Análise financeira da extração e beneficiamento de resíduos florestais pós-colheita na floresta nacional do tapajós. Advances in Forestry Science, Cuiabá, v. 6, n. 2, 567-573. doi: 10.34062/afs.v6i2.5621
Santos, L. M. A. (2018). Madeiras. Revista Científica Semana Acadêmica. Fortaleza, ano MMXVIII, Nº. 000131. Recuperado de https://semanaacademica.org.br/artigo/madeiras
Santos, J. O. X. dos. Et al. (2020). Evaluation of physical and mechanical properties of four species of Amazonian wood for use in civil construction. Research, Society and Development, 9(12), e44891211379. doi: 10.33448/rsd-v9i12.11379
Sá, P. A. D & VITO, M. (2014). Estudo da Influência da Umidade nas Propriedades Mecânicas da Madeira. Santa Catarina, SC: UNESC - Universidade do Extremo Sul Catarinense. Recuperado de http://repositorio.unesc.net/handle/1/3020
Silva, V. P. S. & Matos, D. F. & Lima, T. J. & Moreira, W. M. & Dias, J. M. S. (2019). Análise do teor de umidade de madeiras comercializadas na cidade de Açailândia – MA. III Semana de Engenharia Civil – SEC Marabá-PA.
Souza, A. S. de & Margalho, L. & Prance, G. T. & Gurgel, E. S. C. & Gomes, J. I. & Carvalho, L. T. & Martins-da-Silva, R. C. V. (2014). Conhecendo Espécies de Plantas da Amazônia: Sapucaia (Lecythis pisonis Cambess. – Lecythidaceae). Embrapa Amazônia Oriental, Comunicado Técnico, 250. Belém, PA. Recuperado de https://ainfo.cnptia.embrapa.br/digital/bitstream/item/110906/1/COM-250.pdf
Takeshita, S.; Jankowsky, I. P. (2015). Redução na movimentação dimensional da madeira de Jatobá (Hymenaea sp.) e Muiracatiara (Astronium sp.) submetidas a tratamento térmico adicional. Scientia Forestalis, v. 43, n. 106, 345–352. Recuperado de http://www.ipef.br/publicacoes/scientia/nr106/cap10.pdf
Tramontina, J. et al. (2013). PROPRIEDADES DE FLEXÃO ESTÁTICA DA MADEIRA ÚMIDA E A 12% DE UMIDADE DA ESPÉCIE Ateleia glazioviana BAILL. ENCICLOPÉDIA BIOSFERA, 9(16). Recuperado de https://conhecer.org.br/ojs/index.php/biosfera/article/view/3488
Vidal, J. M. el al. (2015). Preservação de madeiras no Brasil: histórico, cenário atual e tendências. Revista Ciência Florestal, v. 25 n.1, 257–271. doi: 10.1590/1980-509820152505257
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2022 Williane Pascoal de Lima Cândido; Ana Paula Gomes Mesquita; Debora Ferreira Matos; Erica dos Santos Lima; Gustavo Santos Ferreira; Paulo Daniel Pimentel Costa; Rafael Moderno Lima; João Miguel Santos Dias
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
1) Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
2) Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
3) Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.