Perfil epidemiológico da Doença de Chagas Aguda no Estado do Pará entre os anos de 2016 a 2020
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v11i10.33197Palavras-chave:
Perfil de Saúde; Transmissão de Doença Infecciosa; Política em Saúde; Meio ambiente.Resumo
O objetivo do estudo foi realizar uma avaliação do perfil epidemiológico da DCA no estado do Pará entre os anos de 2016 a 2020. Para isso, o método utilizado neste estudo se deu pela utilização do banco de dados do DATASUS para os casos de DCA entre os anos de 2016 a 2020 utilizando variáveis socioeconômicas e regionais em saúde. De acordo com o achado, os meses de julho a janeiro possuem altos níveis de casos de DCA registrados, além da idade mais afetada estar entre os 20 a 59 anos, aliando-se principalmente às características socioeconômicas da população do estado e os aspectos culturais de consumo alimentar do açaí na região, associado também a forma de transmissão que na maior parte dos casos ocorre de forma vetorial, além da zona mais afetada ser a rural, que combinado com as regiões em saúde demonstram perspectivas políticas diferenciais na coleta de informação de casos e qualidade no atendimento prestado a população com DCA. Com isso, a pesquisa epidemiológica com DCA no estado revela paradigmas que ainda estão presentes no estado principalmente para a população negligenciada como pretos/pardos, indígenas e ribeirinhos, além das condições regionais de distribuição investimentos em saúde e condições apropriadas para o tratamento da DCA, o que revela que tal situação necessita de debate no estado.
Referências
Alberca, R.W. et al. (2020). Case report: COVID-19 and chagas disease in two coinfected patients. The American journal of tropical medicine and hygiene, 103(6), 2353.
Alonso-Padilla, J. et al. (2020). Target product profile for a test for the early assessment of treatment efficacy in Chagas disease patients: An expert consensus. PLOS Neglected Tropical Diseases, 14(4), e0008035. https://doi.org/10.1371/journal.pntd.0008035
Bentes, E. D. S., Homma, A. K. O., & dos Santos, C. A. N. (2017). Exportações de polpa de açaí do estado do Pará: situação atual e perspectivas. In: CONGRESSO DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE ECONOMIA, ADMINISTRAÇÃO E SOCIOLOGIA RURAL, 55., Santa Maria, RS. Inovação, extensão e cooperação para o desenvolvimento.
Brasil. (2021). Ministério da Saúde. Epidemiological Report – Chagas disease 2021: 2. Brasil: Secretaria de Vigilância em Saúde.
Chagas, C. (1909). Nova tripanozomiaze humana: Estudos sobre a morfolojia e o ciclo evolutivo do Schizotrypanum cruzi n. gen., n. sp., ajente etiolojico de nova entidade morbida do homem. Memórias do Instituto Oswaldo Cruz, 1(2), 159–218. https://doi.org/10.1590/S0074-02761909000200008
D’Arace, L. M. B., Pinheiro, K. A. O., Gomes, J. M., Carneiro, F. da S., Costa, N. S. L., Rocha, E. S. da, & Santos, M. L. dos. (2019). Produção de açaí na região norte do Brasil. Revista Ibero-Americana de Ciências Ambientais, 10(5), 15–21. https://doi.org/10.6008/CBPC2179-6858.2019.005.0002
Dergan, M.R.A. et al. (2021). Aspectos epidemiológicos do vírus da dengue em mulheres grávidas no Estado do Pará, no período de 2015 a 2019. Research, Society and Development, 10(1), e20810111641–e20810111641. https://doi.org/10.33448/rsd-v10i1.11641
Dia mundial da doença de chagas 2021—Opas/oms | organização pan-americana da saúde. (2021). Recuperado 14 de julho de 2022, de https://www.paho.org/pt/campanhas/dia-mundial-da-doenca-chagas-2021
Dias, E., Laranja, F. S., & Nobrega, G. (1945). Doença de chagas. Memórias do Instituto Oswaldo Cruz, 43(3), 495–581. https://doi.org/10.1590/S0074-02761945000600005
Diaz-Hernandez, A., Gonzalez-Vazquez, M. C., Arce-Fonseca, M., Rodriguez-Morales, O., Cedilllo-Ramirez, M. L., & Carabarin-Lima, A. (2021). Risk of COVID-19 in Chagas disease patients: what happen with cardiac affectations?. Biology, 10(5), 411.
Ferreira, A. M., Damasceno, R. F., Monteiro-Junior, R. S., Oliveira, I. A. C. de, Prates, T. E. C., Nunes, M. C. P., & Haikal, D. S. (2019). Reações adversas ao benzonidazol no tratamento da Doença de Chagas: Revisão sistemática de ensaios clínicos randomizados e controlados. Cadernos Saúde Coletiva, 27(3), 354–362. https://doi.org/10.1590/1414-462x201900030456
Kropf, S. (2009). Doença de Chagas, doença do Brasil: Ciência, saúde e nação, 1909-1962. Editora Fiocruz.
Lima, M. M., Costa, V. M. D., Palmeira, S. L., & Castro, A. P. B. D. (2021). Estratificação de territórios prioritários para vigilância da doença de Chagas crônica: análise multicritério para tomada de decisão em saúde. Cadernos de Saúde Pública, 37.
Medeiros, F. A., & Nascimento, F. das C. A. (2020). Avaliação higiênico-sanitária de estabelecimentos que processam e comercializam açaí. Brazilian Journal of Development, 6(1), 3149–3161. https://doi.org/10.34117/bjdv6n1-228
Neves, D.P., Melo, A.L., Linardi, P.M., & Vitor, R.W.A. (2016). Parasitologia Humana. (13ᵃ Ed), Ed. Atheneu, Rio de Janeiro.
Oliveira, C. D. L., Cardoso, C. S., Baldoni, N. R., Natany, L., Ferreira, A. M., Oliveira, L. C. D., ... & Sabino, E. C. (2021). Cohort profile update: the main and new findings from the SaMi-Trop Chagas cohort. Revista do Instituto de Medicina Tropical de São Paulo, 63.
Oliveira, D. M. (2021). 40 anos (1978-2018) da lagoquiloscaríase no pará/br: Conjecturas sobre a relação da doença com aspectos sociais e naturais da amazônia. Hygeia - Revista Brasileira de Geografia Médica e da Saúde, 17, 1–13. https://doi.org/10.14393/Hygeia17053741
Oliveira, R. C. de, Souza, E. R. G., Braga, T. G. M., & Santana, A. dos S. (2022). “Did you see the body?” - Public health in Brazil in a critical and interpretive comparative perspective, from the Spanish flu to the Covid-19 pandemic. Research, Society and Development, 11(3), e13811326138. https://doi.org/10.33448/rsd-v11i3.26138
OPAS: 70% das pessoas com Chagas não sabem que estão infectadas - OPAS/OMS | Organização Pan-Americana da Saúde. (2021). Recuperado 14 de julho de 2022, de https://www.paho.org/pt/noticias/13-4-2021-opas-70-das-pessoas-com-chagas-nao-sabem-que-estao-infectadas
Ortiz, J. V., Pereira, B. V. M., Couceiro, K. do N., Silva e Silva, M. R. H. da, Doria, S. S., Silva, P. R. L. da, Lira, E. da F. de, Guerra, M. das G. V. B., Guerra, J. A. de O., & Ferreira, J. M. B. B. (2018). Cardiac evaluation in the acute phase of chagas’ disease with post-treatment evolution in patients attended in the state of amazonas, brazil. Arquivos Brasileiros de Cardiologia. https://doi.org/10.5935/abc.20190007
Parente, M. F., Silva, T. dos R., Henriques, R. M., & Siravenha, L. Q. (2020). Cenário epidemiológico da Doença de Chagas no Estado do Pará, Brasil. Brazilian Journal of Health Review, 3(1), 1223–1234. https://doi.org/10.34119/bjhrv3n1-096
PINHEIRO, B. V. D. S. (2017). Distribuição espacial da hanseníase e sua relação com variáveis socioeconômicas e políticas públicas, em três municípios no estado do Pará.
Pinto, A. Y. D. N., Valente, V. D. C., Valente, S. A. D. S., Motta, T. A. R., & da Silva Ventura, A. M. R. (2020). Clinical, cardiological and serologic follow-up of Chagas disease in children and adolescents from the amazon region, Brazil: Longitudinal study. Tropical Medicine and Infectious Disease, 5(3), 1-12
Prodanov, C.C. & de Freitas, E.C. (2013). Metodologia do trabalho científico: métodos e técnicas da pesquisa e do trabalho acadêmico-2ª Edição. Editora Feevale.
Ramos Jr, A. N., Souza, E. A. D., Guimarães, M. C. S., Vermeij, D., Cruz, M. M., Luquetti, A. O., ... & Sousa, A. S. D. (2022). Response to Chagas disease in Brazil: strategic milestones for achieving comprehensive health care. Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical, 55.
Sampaio, G. H. F., Silva, A. N. B. da, Brito, C. R. do N., Honorato, N. R. M., Oliveira, L. M. de, Câmara, A. C. J. da, & Galvão, L. M. da C. (2020). Epidemiological profile of acute Chagas disease in individuals infected by oral transmission in northern Brazil. Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical, 53, e20200088. https://doi.org/10.1590/0037-8682-0088-2020
Santos, A., Almeida, J., & Villa-Verde, D. (2021). DOENÇA DE CHAGAS TRANSMITIDA POR VIA ORAL NO BRASIL. Episteme Transversalis, 12(2). Recuperado de http://revista.ugb.edu.br/ojs302/index.php/episteme/article/view/2408
Santos, V. R. C. dos, Meis, J. de, Savino, W., Andrade, J. A. A., Vieira, J. R. dos S., Coura, J. R., & Junqueira, A. C. V. (2018). Acute Chagas disease in the state of Pará, Amazon Region: Is it increasing? Memórias do Instituto Oswaldo Cruz, 113(5). https://doi.org/10.1590/0074-02760170298
Sattamini, I. F. (2019). Instrumentos de avaliação da qualidade de dietas: desenvolvimento, adaptação e validação no Brasil (Doctoral dissertation, Universidade de São Paulo).
Silva, A. G. I. DA et al. (2021). Tecnologia gerencial para mediar a consulta de enfermagem a pessoas vivendo com doença de chagas. Nursing (São Paulo), 24(281), 6319–6334. https://doi.org/10.36489/nursing.2021v24i281p6319-6334
Silva, G. G. e, Aviz, G. B. de, & Monteiro, R. C. (2019). Perfil epidemiológico da Doença de Chagas aguda no Pará entre 2010 e 2017. Pará Research Medical Journal, 4, e29. https://doi.org/10.4322/prmj.2019.029
Simões, M. V., Romano, M. M. D., Schmidt, A., Martins, K. S. M., & Marin-Neto, J. A. (2018). Chagas disease cardiomyopathy. International Journal of Cardiovascular Sciences. https://doi.org/10.5935/2359-4802.20180011
Souza, S. B. de, et al. (2021). Perfil epidemiológico da doença de Chagas aguda na região norte do Brasil no ano de 2015-2019. Revista Eletrônica Acervo Saúde, 13(7), e8200. https://doi.org/10.25248/reas.e8200.2021
Vilhena, A.O. de et al. (2020). Doença de Chagas aguda no estado do Pará, Brasil: Série histórica de aspectos clínicos e epidemiológico em três municípios, no período de 2007 a 2015. Revista Pan-Amazônica de Saúde, 11. https://doi.org/10.5123/s2176-6223202000245
Zaidel, E. J., Forsyth, C. J., Novick, G., Marcus, R., Ribeiro, A. L. P., Pinazo, M. J., ... & Sosa-Estani, S. (2020). COVID-19: implications for people with Chagas disease. Global Heart, 15(1).
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2022 Ricardo Cunha de Oliveira; Eduarda Randel Guimarães Souza; Evellem Vitória de Souza Freitas; Adrya Rafaela da Silva Rocha; Anderson Bentes de Lima; Higson Rodrigues Coelho; Smayk Barbosa Sousa; Thais Gleice Martins Braga
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
1) Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
2) Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
3) Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.