Exercício físico como estratégia terapêutica não farmacológica na atenção hospitalar: revisão sistemática
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v11i10.33383Palavras-chave:
Exercício Físico; Idosos; Hospital; Método pilates.Resumo
O Envelhecimento é uma condição humana compreendida como um processo sequencial, individual, acumulativo, irreversível, universal, não patogênico e de modificação do organismo. Neste processo podem existir agravos que induzem a danos moleculares e celulares progressivos, de maneira que com o tempo o organismo se torna menos capaz de fazer frente ao estresse do meio-ambiente; contribuindo para o aparecimento de doenças e hospitalização. Uma consequência importante do repouso prolongado em leito hospitalar em idosos é a perda significativa de massa e força muscular subjacente aos déficits acelerados de desempenho físico. O objetivo deste estudo foi revisar a literatura científica acerca da efetividade do exercício físico como estratégia de intervenção não farmacológica na atenção hospitalar. Foram realizadas buscas nas seguintes bases de dados, utilizadas em pesquisas na área da saúde: PUBMED, LILACS, ScienceDirect, SCOPUS, SCIELO e CAPES. Os artigos selecionados para a pesquisa deveriam envolver pesquisas sobre a intervenção com exercícios físicos na atenção hospitalar para pacientes idosos. O método de análise seguiu as diretrizes PRISMA. Após a aplicação dos critérios de inclusão e exclusão e análise detalhada dos artigos, a amostra final foi composta por 12 artigos. A presente revisão sistemática de literatura revela que todos os artigos identificados possuem abordagem quantitativa. De forma geral, os artigos revelam benefícios para a intervenção com exercícios físicos na atenção hospitalar com melhorias dos aspectos: aptidão física, capacidade aeróbia submáxima, mobilidade funcional, tempo para alta hospitalar, força muscular e função cognitiva, padrão de movimento, reabilitação cardíaca, velocidade da marcha e dor.
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