Perfil das infecções primárias de corrente sanguínea de uma unidade de terapia intensiva neonatal

Autores

DOI:

https://doi.org/10.33448/rsd-v11i11.33511

Palavras-chave:

Infecção hospitalar; Unidade de terapia intensiva neonatal; Controle de infecções.

Resumo

Objetivo: Avaliar o perfil das Infecções Primárias de Corrente Sanguínea de uma Unidade de Terapia Intensiva Neonatal. Metodo: Estudo exploratório e transversal, realizado em Unidade de Terapia Intensiva Neonatal de uma maternidade de referência no Piauí. A amostra foi constituída por todos os casos notificados de infecção primária de corrente sanguínea laboratorial e infecção primária de corrente sanguínea clínica no período de janeiro a dezembro de 2019. Resultados: Foram analisadas um total de 229 infecções relacionadas à assistência a saúde e as mais frequentes foram infecção primária de corrente sanguínea laboratorial (54,78%) e infecção primária de corrente sanguínea clínica. No início do ano de 2019, houve um aumento da densidade global (48,5) em relação à mediana de 2018 (28), que declinou ao longo do ano, chegando ao fim do mesmo com uma densidade global menor que a mediana (25,6). As principais bactérias isoladas nas hemoculturas foram Staphylococcus coagulase negativa (229) e klebisiella pneumoniae (52). Em relação ao perfil resistência, os Staphylococcus coagulase negativa apresentaram 75% de resistência para Oxacilina. Para os Staphylococcus aureus, a resistência à Oxacilina caiu para quase metade das amostras (48,1%).  Nas bactérias gram-negativas, os principais agentes foram as Klebsiellas, com perfil de resistência para Piperacilina-Tazobactam de 28,3%. Conclusão: As infecções primárias de corrente sanguínea laboratorial e infecções primárias de corrente sanguínea clínica representam as principais topografias de infeções em UTI neonatal, como também o perfil microbiológico é semelhante ao perfil das infecções neonatais encontradas na literatura.

Referências

Alvarado-Gamarra, G., Alcalá-Marcos, K., Abarca-Alfaro, D., et al. (2016). Microbiological and therapeutic characteristics of confirmed neonatal sepsis at a hospital in Lima. Peru, Revista Peruana de Medicina Experimental y Salud Publica,33(1):74–82.

Brasil. (1998). Portaria Nº 2.616, de 12 de maio de 1998. https://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/1998/prt2616_12_05_1998.html

Brasil. (2016). Boletim Segurança do Paciente e Qualidade em Serviços de Saúde nº 16. https://www.gov.br/anvisa/pt-br/centraisdeconteudo/publicacoes/servicosdesaude/boletim-seguranca-do-paciente/boletim-seguranca-do-paciente-e-qualidade-em-servicos-de-saude-no-16/view

Brasil. Ministério da Saúde. (2017). Critérios Diagnósticos de Infecções Relacionadas à Assistência à Saúde. Brasília. https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/criterios_diagnosticos_infeccoes_assistencia_saude.pdf

Cunha, M. L. R. S., Lopes, C. A. M., Rugolo, L. M. S. S., & Chalita, L. V. A.S. (2002). Significância clínica de estafilococos coagulase negativa isolados em recém-nascidos. Jornal de Pediatria, 78 (4), 279-288.

Escobar, A. M. U., Rocha, S. S., Sztajnbok, S., Eisencraft, A. P., & Grisi, S. J. F. E. (1996). Sepse por Klebsiella Pneumoniae – Revisão de 28 casos. Jornal de Pediatria, 72 (4), 230-234.

Eyesus, T.G., Moges, F., Eshetie, S., Yeshitela, B., & Abate, E. (2017). Bacterial etiologic agents causing neonatal sepsis and associated risk factors in Gondar, Northwest Ethiopia. BMC Pediatrics, 17(1), 137.

Freire, I. L. S., Menezes, L. C. C., Sousa, N. M. L., Araújo, R. O., Vasconcelos, Q. L. D. A. Q., & Torres, G. V. (2013). Epidemiologia das infecções relacionadas à assistência à saúde em unidade de terapia intensiva pediátrica. Revista Brasileira de Ciências da Saúde, 11(35), 9-12.

Garzillo, C., Bagattine, M., Bogdanovic, L., Popolo, D. A., Lula, V. D., Catania, M. R., Raimond, F., Triassi, M., & Zarrilli, R. (2017). Risk factors for Candida parapsilosis bloodstream infection in a neonatal intensive care unit: a case-control study Ital. Journal of Pediatrics, 43(1), 10.

Gil, A. C. (2002). Como elaborar projetos de pesquisa. 4ª ed. São Paulo.

Leoncio, J. M., Almeida, V. F., Ferrari, R. A. P., Capobiango, J. D., Kerbauy, G., & Tada, M. T. G. M. (2019). Impacto das infecções relacionadas à assistência à saúde nos custos da hospitalização de crianças. Revista da Escola de Enfermagem da USP, 53.

Liu, L.(2016). Níveis e causas de mortalidade em menores de cinco anos. Saúde reprodutiva, materna, neonatal e infantil, 1 (3), 74.

Mahallei, M., Rezaee, M. A., Mehramuz, B., et al. (2018). Clinical symptoms, laboratory, and microbial patterns of suspected neonatal sepsis cases in a children’s referral hospital in northwestern Iran. Medicine (Baltimore), 97(25), 106–30.

Marwah, P., Chawla, Deepak., Chander, J., Guglani, V., & Marwah, A. (2015). Perfil bacteriológico da sepse neonatal em um hospital terciário do norte da Índia. Indian Pediatrics, 52, 158-159.

Medeiros, K., Hermes, T. C., Campos, C. G. P., Cabral, L. P. A., & Bordin, D.(2019). Perfil, sintomas e tratamento realizado em neonatos diagnosticados com sepse. Revista de epidemiologia e controle de infecção, 9(3), 220-226.

Moura, M. E. B., Campelo, S. M. A., Brito, F. C. P., Batista, O. M.A., Araújo, O. M. E., & Oliveira, A. D. S. (2007). Infecção hospitalar: estudo de prevalência em um hospital público de ensino. Revista Brasileira de Enfermagem, 60(4), 416-421.

Oza, S. (2015). Estimativas de causa de morte neonatal para os períodos neonatais precoce e tardio para 194 países: 2000–2013. Bulletin of the World Health Organization, 93 (1), 19–28.

Pokhrel, B., Koirala, T., Shah, G., Joshi, S., & Bral, P. (2018). Bacteriological profile and antibiotic susceptibility of neonatal sepsis in neonatal intensive care unit of a tertiary hospital in Nepal. BMC Pediatrics, 18(1), 208.

Srivastavaa, S. & Shetty, N. (2007). Healthcare-associated infections in neonatal units: lessons from contrasting worlds. Journal of Hospital Infection, 65, 292-306.

Stuchi, R. A. G., Oliveira, C. H. A. S., Soares, B. M., & Arreguy-Sena, C. (2013). Contaminação bacteriana e fúngica dos telefones celulares da equipe de saúde num hospital em Minas Gerais. Ciência, Cuidado e Saúde, 12(4), 760-767.

Thakur, S., Thakur K., Sood, A., & Chaudhary, S. (2016). Bacteriological profile and antibiotic sensitivity pattern of neonatal septicaemia in a rural tertiary care hospital in North India. Journal of Medical Microbiology, 34(1), 67-71.

Yadav, N. S., Sharma, S., Chaudhary, D. K., Panthi, P., Pokhrel, P., Shrestha, A., & Mandal, P. K. (2018). Bacteriological profile of neonatal sepsis and antibiotic susceptibility pattern of isolates admitted at Kanti Children's Hospital, Kathmandu, Nepal. BMC Research Notes, 11(1), 301.

Downloads

Publicado

23/08/2022

Como Citar

BARBOSA , S. M. M. L. .; MACHADO, J. R. de S. .; MELO, N. da S. O. de .; SOUSA, A. C. de .; MORAES, L. M. V. de .; SILVA, P. L. da .; ANDRADE , I. L. X. C. .; ALENCAR, L. N. de .; COSTA, L. M. O. . Perfil das infecções primárias de corrente sanguínea de uma unidade de terapia intensiva neonatal. Research, Society and Development, [S. l.], v. 11, n. 11, p. e279111133511, 2022. DOI: 10.33448/rsd-v11i11.33511. Disponível em: https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/33511. Acesso em: 30 jun. 2024.

Edição

Seção

Ciências da Saúde