Aspectos cirúrgicos no tratamento da Síndrome de Eagle

Autores

DOI:

https://doi.org/10.33448/rsd-v11i11.33517

Palavras-chave:

Anormalidades maxilofaciais; Odontologia; Síndrome de Eagle.

Resumo

O processo estiloide é uma estrutura óssea que se projeta para baixo e para frente da face, estando em posição anterior ao osso Temporal, e com característica delgada e pontuda. A Síndrome de Eagle ocorre em função ou o alongamento do processo estilóide, posteriormente a uma ossificação de um remanescente embriológico da cartilagem do segundo arco branquial, ou devido à calcificação do ligamento estilo-hiódeo. O presente trabalho tem como objetivo discorrer sobre as possíveis formas de tratamento cirúrgico para a Síndrome de Eagle, e trata-se de uma revisão de literatura realizada a partir de publicações científicas em bases de dados como a Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), Pubmed/Medline, Scielo e Google Acadêmico, utilizando descritores em nas línguas portuguesa e inglesa. Para o tratamento da Síndrome de Eagle, é considerada a severidade dos sintomas, assim, em casos de dor leve a moderada, o tratamento inicial é o tratamento farmacológico, com administração de antidepressivos, benzodiazepínicos, anticonvulsivantes ou realização de infiltrações de esteroides e/ou anestésicos locais. Entretanto, nos casos de dor intensa e severa, o tratamento proposto é a ressecção cirúrgica completa do processo estiloide (estiloidectomia), que pode ser realizada pela via intrabucal ou extrabucal, na qual a escolha de uma das duas estará baseada na experiência do cirurgião e as condições de trabalho. Dessa forma, conclui-se que a escolha do tratamento depende da avaliação minuciosa feita pelo cirurgião-dentista e pelo quadro do paciente.

Referências

Araújo, B. C., Cruz, P. V., & Larroudé, A. (2017). Síndrome de Eagle-Relato de caso e revisão da literatura. Revista Portuguesa de Otorrinolaringologia e Cirurgia de Cabeça e Pescoço, 55 (1), 55-58.

Barros, E. L. D., & Lins, C. C. S. A. (2010). Considerações anátomo-clínicas da Síndrome de Eagle. IJD. International Journal of Dentistry, 9 (2), 90-92.

Borges, M. M. C., et al (2021). Síndrome de Eagle tratada cirurgicamente: relato de caso. Brazilian Journal of Health Review, 4 (2), 7471-7480.

Cerqueira, C. C. R., et al (2014). Acesso Intraoral em Três casos de Síndrome de Eagle. Revista de Cirurgia e Traumatologia Buco-maxilo-facial, 14 (2) 09-14.

Duarte-Celada, W. R., et al (2021). Bilateral carotid dissection due to Eagle syndrome in a young female. Eneurologicalsci, 24 (1), 100353.

Esiobu, P. C., et al (2018). The role of vascular laboratory in the management of Eagle syndrome. Journal of Vascular Surgery Cases, Innovations and Techniques, 4 (1), 41-44.

González, L. F., et al (2011). Eagle Syndrome importance for practitioner: a literature review. Acta odontol. venez., 49 (2), 1.

Guzzo, F. A. V., et al (2006). Síndrome de eagle: relato de caso. Rev. Para. Med, 20 (4), 47-51.

Hernández, J. M. G., et al (2011). Síndrome de Eagle: Importancia para el odontólogo, revisión de la literatura. Acta odontológica venezolana, 49 (2), 47-48.

Higino, T., et al (2008). Síndrome de Eagle: Relato de Três Casos. International Archives Of Ortorhinolaryngology, 12 (1), 1-4.

Marisio, L. G., Santamaria, A. C. A., & Alzerreca, J. Á. (2016). Eagle syndrome: Literature review. Rev. Otorrinolaringol. Cir. Cabeza Cuello, 76 (1), 121-126.

Matsumoto, F., et al (2012). Endoscopy-assisted transoral resection of the styloid process in Eagle's syndrome. Case report. Head & Face Medicine, 8 (1), 1-4.

Morett, L. E., & Morales, M. R. (2013). Características clínicas del síndrome de Eagle. Revista de Especialidades Médico-Quirúrgicas, 18 (3), 264-270.

Piemonte, J. L. L., Mello, J. M., & Bespalhok, D. N. (2014). Morfometria do processo estilóide relacionado a Síndrome de Eagle: revisão de literatura. Revista UNINGÁ, 42 (1), 85-92.

Sampaio, T. R. C., et al (2021). Eagle Syndrome with surgical removal of the calcified styloid process: A clinical case report. Research, Society and Development, 10 (8), e1610817096.

Sá, A. C. D., et al (2004). Alongamento do processo estilóide (síndrome de Eagle): relato de dois casos. Radiol Bras, 37 (5), 385-387.

Silva, J. M. G., et al (2020). Elongated styloid process in a dry human skull and its relation to the Eagle’s Syndrome: case report and biometrical assessment. Research, Society and Development, 9 (9), e961998374.

Souza, M. P., et al (2020). Importance of anatomical knowledge in Eagle Syndrome: report on dry skulls. Research, Society and Development, 9 (11), e149119488.

Tiago, R. S. L., et al (2002). Síndrome de Eagle: avaliação do tratamento cirúrgico. Revista Brasileira de Otorrinolaringologia, 68 (1), 196-201.

Verbel, B. J., et al (2014). Application of the cone beam computed tomography in the diagnosis of Eagle syndrome. Avances en odontoestomatología, 30 (6), 315-323.

Downloads

Publicado

21/08/2022

Como Citar

PEREIRA, M. H. T. .; DINIZ, N. S. .; NASCIMENTO, W. S. M. de O. .; TRINTA, L. B. .; FLOR, L. C. de S. .; SOUSA, A. C. A. .; SANTOS, B. N. .; OLIVEIRA, L. G. S. L. de .; NEPOMUCENO, A. K. T. dos S. .; CARDOSO, G. D. . Aspectos cirúrgicos no tratamento da Síndrome de Eagle. Research, Society and Development, [S. l.], v. 11, n. 11, p. e249111133517, 2022. DOI: 10.33448/rsd-v11i11.33517. Disponível em: https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/33517. Acesso em: 22 dez. 2024.

Edição

Seção

Ciências da Saúde