Aspectos cirúrgicos no tratamento da Síndrome de Eagle
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v11i11.33517Palavras-chave:
Anormalidades maxilofaciais; Odontologia; Síndrome de Eagle.Resumo
O processo estiloide é uma estrutura óssea que se projeta para baixo e para frente da face, estando em posição anterior ao osso Temporal, e com característica delgada e pontuda. A Síndrome de Eagle ocorre em função ou o alongamento do processo estilóide, posteriormente a uma ossificação de um remanescente embriológico da cartilagem do segundo arco branquial, ou devido à calcificação do ligamento estilo-hiódeo. O presente trabalho tem como objetivo discorrer sobre as possíveis formas de tratamento cirúrgico para a Síndrome de Eagle, e trata-se de uma revisão de literatura realizada a partir de publicações científicas em bases de dados como a Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), Pubmed/Medline, Scielo e Google Acadêmico, utilizando descritores em nas línguas portuguesa e inglesa. Para o tratamento da Síndrome de Eagle, é considerada a severidade dos sintomas, assim, em casos de dor leve a moderada, o tratamento inicial é o tratamento farmacológico, com administração de antidepressivos, benzodiazepínicos, anticonvulsivantes ou realização de infiltrações de esteroides e/ou anestésicos locais. Entretanto, nos casos de dor intensa e severa, o tratamento proposto é a ressecção cirúrgica completa do processo estiloide (estiloidectomia), que pode ser realizada pela via intrabucal ou extrabucal, na qual a escolha de uma das duas estará baseada na experiência do cirurgião e as condições de trabalho. Dessa forma, conclui-se que a escolha do tratamento depende da avaliação minuciosa feita pelo cirurgião-dentista e pelo quadro do paciente.
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