Desenvolvimento de novas tecnologias da neuromodulação como alternativa para aperfeiçoamento e inserção no mercado de trabalho
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v11i11.33525Palavras-chave:
Indústria de Neuromodulação; Empreendedorismo na Pesquisa Científica; Economia da Neurotecnologia.Resumo
A neuromodulação está presente na vida de muitos pacientes que utilizam dispositivos como marcapasso cardíaco, implante inibidor de dor crônica, implante coclear, e até estimuladores cerebrais para aumento de performance de atletas, gamers e estudantes. Questões políticas e econômicas que geraram cortes em bolsas e investimento nos programas de pós-graduação dificultam manter a produção científica em alto nível no Brasil. O mercado global de produtos para neurotecnologia movimenta bilhões de dólares e tende a crescer US $13,3 bilhões até 2022. Esta pesquisa visa identificar, na indústria da Neuromodulação, oportunidades de atuação profissional para estudantes de pós-graduação, como uma opção de autofinanciamento e perspectiva de campo de trabalho. Para tanto, foram utilizadas 44 referências de língua inglesa e portuguesa, em sua maioria datadas entre 2010 até 2020. As pesquisas em neurotecnologia tendem a aumentar depois da criação, em 2012, do Projeto Cérebro Humano. Os distúrbios neurológicos acometem parcela significativa da população mundial, com tendência a aumentar nos próximos anos, tornando este mercado lucrativo e com boas projeções futuras. A pesquisa em Neuromodulação é um produto comercializável e existem empresas no mercado com interesse em financiar o desenvolvimento de novos produtos e tecnologias, proporcionando aos estudantes das áreas de Neuroengenharia e Neurociências oportunidade de inserção ao mercado antes mesmo de concluir sua formação.
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