Uso de preparação alcoólica na antissepsia cirúrgica das mãos: uma revisão integrativa
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v11i11.33631Palavras-chave:
Técnicas de antissepsia e tempo de execução; Eficácia antimicrobiana; Vantagem econômica e ecológica; Redução de infecções do sítio cirúrgico.Resumo
Objetivo: Comparar a eficácia antimicrobiana imediata e efeito residual das preparações alcoólicas em relação aos produtos tradicionais para a antissepsia cirúrgica das mãos, evidenciada pela literatura científica. Métodos: Trata-se de uma revisão integrativa da literatura, realizada no período de setembro de 2020 a janeiro de 2021. A estratégia de seleção dos estudos foi a busca de publicações indexadas nas bases de dados MEDLINE, UPTODATE, LILACS, SCIELO. Foram adotados os seguintes critérios de inclusão: artigos publicados em português, inglês e espanhol, entre os anos de 2010 a 2020 e que abordassem o tema do estudo. Foram excluídos teses, dissertações, artigos duplicados. Baseado nesses critérios foram encontrados 7 materiais científicos. Resultados: As preparações alcoólicas apresentam menor tempo de aplicação/contato em relação aos produtos tradicionais, devido seu rápido efeito antimicrobiano e efeito residual mais duradouro o que otimiza o tempo dos profissionais e os recursos hospitalares. As desvantagens relacionam-se ao efeito de ressecamento, sensação de queimação/ardência nas mãos e sua natureza volátil, que podem ser controladas através do uso de emolientes ou outros condicionantes, além de atenção especial ao controle da natureza volátil. O uso de PA dispensa tempo gasto quando comparado a escovação com clorexidina e representa menor custo quanto ao uso da água, gerando ainda redução de impactos ecológicos quanto ao uso e descarte de resíduos de escovas e redução de consumo de água. Conclusão: A solução antisséptica alcóolica traz mais benefícios em seu uso quando comparada a técnicas tradicionais e sua adesão nas instituições de saúde no Brasil deve ser estimulada considerando o custo-benefício se comparada a técnica de escovação, sendo essencial o envolvimento dos gestores e equipes assistenciais para a mudança de prática.
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