Somos capazes de prevenir a doença meningocócica invasiva no Brasil?
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v11i11.33824Palavras-chave:
Programa Nacional de Imunização; Saúde; Doenças Infecciosas.Resumo
Introdução: A doença meningocócica invasiva (DMI) continua a ser um importante problema de saúde pública associado à morte e consequências graves, especialmente em crianças. No entanto, a DMI é evitável através da vacinação, com vacinas disponíveis para cobrir cinco das seis cepas causadoras de doenças mais comuns (A, B, C, X, Y e W). Sistemas de vigilância são necessários para monitorar a incidência de DMI, juntamente com a gravidade e a prevalência do sorogrupo da doença. o conhecimento da prevalência dos sorogrupos de Neisseria meningitidis (Nm) na DMI é fundamental para a adoção das melhores estratégias de imunização meningocócica. Método: No Brasil, todos os casos de DMI são notificados ao Sistema Nacional de Notificação de Agravos (SINAN). O objetivo deste estudo é avaliar os dados epidemiológicos e microbiológicos recuperados do SINAN de 2007 a 2019. Resultados: Nesse período, foram notificados 251.773 casos com cerca de 9% deles evoluindo para óbito. Além disso, em aproximadamente 95% dos casos, o sorogrupo não foi identificado. Conclusões: Assim, melhorar as informações do SINAN é crucial para orientar futuras ações de prevenção de DMI, como estratégias de vacinação e controle.
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