Impacto da pandemia do SARS-CoV-2 no rastreamento do câncer de colo de útero no município de Taboão da Serra - SP
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v11i11.33825Palavras-chave:
Programas de rastreamento; Teste de papanicolaou; COVID-19; Avaliação do impacto na saúde.Resumo
No Brasil a Atenção Primária à Saúde é responsável pelo rastreamento precoce de neoplasias. O Câncer de Colo de Útero está em segundo lugar como o câncer mais prevalente no país. Seu método de rastreamento é o exame de colpocitologia oncótica realizado em mulheres entre 25 a 64 anos com vida sexual ativa. Objetivo: O presente estudo tem como objetivo analisar o impacto da pandemia do vírus SARS-CoV-2 no rastreamento do câncer de colo de útero no município de Taboão da Serra - SP. Método: foi um estudo observacional transversal, com análise de bases de dados fornecidos pelo município de Taboão da Serra. Resultado: constatou-se que, no respectivo município, o total de exames colpocitológicos nas mulheres de idade elegível (25 - 64 anos), coletados em 2019 foi de 6.276 e, no ano seguinte, 2020, foi de 4.207. Houve uma redução absoluta de 2.069 e relativa de 32,97%. Conclusão: o estudo permitiu analisar o impacto da pandemia de SARS-CoV-2 no rastreamento do Câncer de Colo de Útero, no entanto também foi observado que no ano que antecede a pandemia o rastreamento no município também era deficitário, assim não há uma garantia que esse rastreamento esteja sendo eficaz para reduzir a morbimortalidade.
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