O uso abusivo de benzodiazepínicos em pacientes adultos

Autores

DOI:

https://doi.org/10.33448/rsd-v11i12.34076

Palavras-chave:

Ansiolíticos; Benzodiazepínico; Automedicação; Uso abusivo; Dependência.

Resumo

Os benzodiazepínicos desenvolveram bastante popularidade nas décadas de 1970 e 1980 em razão de sua potencial eficácia para com os sintomas de ansiedade, insônia, agressividade, convulsões, entre outros. Atualmente, estima-se que eles estejam entre os fármacos mais prescritos nos países ocidentais, a partir disto, pode-se observar a enorme presença do uso desta substância no dia a dia. A literatura descreve que inúmeros fatores se associam ao consumo crescente dessa classe medicamentosa, pode-se destacar o estresse, a consequente fragilidade da humanidade em tolerar muita pressão, a introdução de novas drogas e até mesmo hábitos de prescrição inadequados por parte de médicos, destarte. Visto isso está pesquisa teve como objetivo identificar os efeitos do uso abusivo de benzodiazepínicos por pessoas adultas. Trata-se de uma revisão integrativa da literatura dos últimos 10 anos, a busca ocorreu nas bases de dados Scielo, BVS, Periódicos Capes e Pubmed. Foram encontrados 1401 estudos, porém após processo de triagem e leitura apenas 10 foram incluídos na revisão, os principais achados apontam o perfil da população e as razões o uso dos benzodiazepínicos de maneira indiscriminada. O estudo conclui que diversos fatores corroboram para o uso indiscriminados das droga ansiolíticas, seu efeito no organismo por longos períodos podem ser até mesmo irreversível, dentre os principais problemas identificados a automedicação e o fácil acesso aos benzodiazepínicos são as principais relatadas na literatura.

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Publicado

06/09/2022

Como Citar

NASCIMENTO, K. S. do .; ANDRADE , A. C. S. .; LOBATO, A. C. da S. .; HOLANDA, J. A. da S. .; CASTRO, J. de S. . O uso abusivo de benzodiazepínicos em pacientes adultos. Research, Society and Development, [S. l.], v. 11, n. 12, p. e36111234076, 2022. DOI: 10.33448/rsd-v11i12.34076. Disponível em: https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/34076. Acesso em: 28 set. 2024.

Edição

Seção

Ciências da Saúde