Morfo-anatomia do fruto, da semente e do desenvolvimento pós-seminal de abelmoschus esculentus (L.) Moench - malvaceae

Autores

DOI:

https://doi.org/10.33448/rsd-v11i12.34293

Palavras-chave:

Morfologia das sementes; Plântula; Hibiscus esculentus.

Resumo

Objetivo do presente trabalho foi descrever morfo-anatomicamente os frutos, sementes e o desenvolvimento pós-seminal de quiabo (Abelmoschus sculentus (L.) Moench. – cv. “Santa Cruz 47”). Os frutos e as sementes foram caracterizados quanto à forma, coloração, textura, tipo, consistência, deiscência e dimensões. Para anatomia das sementes, foram utilizadas a microscopia óptica e a eletrônica de varredura. De acordo com os resultados, os frutos de quiabo são do tipo cápsula rimosa, secos, pilosos, deiscentes, angulares, pentacarpelar, pentalocular, pluriovular, de coloração verde a cinza-escura, com afilamento em direção ao ápice. As sementes são de forma arredondada, albuminosas, com presença de vestígios da calaza e funículo, de coloração cinza a preta, medindo de cerda de 4,91 mm e 4,36 mm de comprimento e largura, respectivamente. O tegumento é levemente rugoso e formado por duas camadas de células esclerenquimáticas e dispostas em paliçada. O endosperma é de coloração branca, amiláceo e formado por células parenquimáticas frouxas. O embrião é plicado e os cotilédones foliáceos e de coloração branca. O eixo embrionário é reto, diferenciado em plúmula e eixo hipocótilo-radicular e encoberto pelos cotilédones de coloração branca.

Referências

Anderson, W. H., Carolus, R. L & Watson, D. P. The Germination of okra as influenced by treatment with acetone and alcohol. Proc. Amer. Hot. Scri., 62: 427-432. 1953.

Barroso, G. M., Morim, M. P., Peixoto, A. L., & Ichaso, C. L. F. (1999) Frutos e Sementes: Morfologia aplicada à sistemática de dicotiledôneas. Editora UFV. 443.

Braga, C. S. (1978) Quiabo. In: Machado, S. R. Grande manual globo de agricultura, pecuária e receituário industrial. Globo, 3:109-111.

Brasil (1992) Ministério da Agricultura e Reforma Agrária. Regras para análise de sementes. LAVARV/ SNAD, 365p.

Corley, R. H. V. (1976). The genus Elaeis. In: Corley, R. H. V., Hardon, J. J., Wood, B.J. (Eds.). Oil Palm Research. Developments in Crop Science 1. Elsevier, Amsterdam. pp.3-5.

Damião-Filho, C.F & Môro, F.V. Morfologia Vegetal. (2a ed.) FUNEP. 2005. 172p.

Dias, D. C. F. S., Paixão, G. P., Sedyama, M. A. N., & Cecon, P. R. (1999) Pré-condicionamento de sementes de quiabo: efeitos na qualidade fisiológica e no potencial de armazenamento. Revista Brasileira de Sementes, 21, (2), 224-231.

El-fattah, B. E. S., Haridy, A. G. & Abbas, H. S. Response to planting date, stress tolerance and genetic diversity analysis among okra (Abelmoschus esculentus (L.) Moench.) varieties. Genetic Resources and Crop Evolution 6(7): 831–851 (2020). https://doi.org/10.1007/s10722-019-00821-6

Gemede, H. F., Haki, G. D., Beyene, F., Woldegiorgis, A. Z & Rakshit, S. K., (2015). Proximate, mineral, and antinutrient compositions of indigenous Okra (Abelmoschus esculentus) pod accessions: Implications for mineral bioavailability. Food Science. Nutrition. 4, 223– 233.

Gemede, H. F., Ratta, N., Haki, G. D., Woldegiorgis, A. Z & Beyene, F., (2014). Nutritional

quality and health benefits of Okra (Abelmoschus esculentus) Journal of Food Processing & Technology. (4): 6: 208-215.

Guedes, A.C., Moreira, H.M. & Menezes, J.E. (1998) Produção e importação de sementes de hortaliças no Brasil: 1981/1985. Brasília: EMBRAPA-CNPH. 141p.

Gurgel, J. T. A. & Mitidieri, J. (1955) Pré tratamento das sementes do quiabeiro para acelerar e uniformizar a germinação. Revista de Agricultura. 3 (1):173 – 184.

Jesus, P. P., Silva, J. S., Martins, J. P., Ribeiro, D. D & Assunção, H. F. (2011) Transição agroecológica na agricultura familiar: relato de experiência em Goiás e Distrito Federal. Revista de geografia agrária, 6(11):363-375

Medina, P. V. L., Medina, R. M. T & Shimoya, C. (1972) Anatomia dos tegumentos das sementes do quiabeiro (Hibiscus esculentus L.) e o uso de substâncias químicas para acelerar a germinação. Revista Ceres, 19(106): 385-394.

Mittidieri, J, & Ferraz, E. C., Variabilidade das sementes de quiabeiro antes da maturaçao dos frutos. Rer. De Agr., Piracicaba, 37: 17-19. 1962.

Mota, W. F., Finger, F. L., Silva, D. J. H., Correia, P. C., Firme, L. P & Ribeiro, R. A. (2008) Composição mineral de frutos de quatro cultivares de quiabeiro. Ciência Agrotecnologia. 32(3):762-767. https://doi.org/10.1590/S1413-70542008000300009

Müller, J. J. V. (1982) Produção de sementes de quiabo (Abelmoschus esculentos (L.) Moench). In: Müller, J.J.V & Casali, V.W.D. (eds.). SEMINÁRIO DE OLERICULTURA. (2a ed.), UFV. 1:107 – 149.

Pedrosa, J. F., Mizubuti, A., Casali, V. W. D & Campos, J.P. (1983) Caracterização morfológica de introduções de quiabeiro (Abelmoschus esculentus (L.) MOENCH). 1(1):14 – 23.

Setubal, J. W., Zanin, A. C. W., Nakagawa (1994) Sementes duras em quiabeiro (Abelmoschus esculentos (L.) Moench): efeitos de método de colheita e da localização dos frutos na planta. Scientia Agricola, 51 (3), 1-4. https://doi.org/10.1590/S0103-90161994000300019

Valentine, G. S., Cornara, L., Lotto, S. & Quaglicotti, L. (1992) Seed coat structure and histochemistry of Abelmoschus esculentus: chalazal region and water entry. Ann. Bot, 69(4):313 – 321.

Downloads

Publicado

10/09/2022

Como Citar

MARTINELLI, L. H.; GUIMARÃES, R. M.; MORO, F. V.; SILVA, C. de O. e; SILVA, B. M. da S. e .; SILVA, A. L. P. da; ALMEIDA, S. S. M. da S. de; BRITO NETO, J. F. de. Morfo-anatomia do fruto, da semente e do desenvolvimento pós-seminal de abelmoschus esculentus (L.) Moench - malvaceae. Research, Society and Development, [S. l.], v. 11, n. 12, p. e156111234293, 2022. DOI: 10.33448/rsd-v11i12.34293. Disponível em: https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/34293. Acesso em: 30 jun. 2024.

Edição

Seção

Ciências Agrárias e Biológicas