Análise da resistência muscular, torque máximo, potência máxima e trabalho total no dinamômetro isocinético a 180°/s em indivíduos com 6 meses após reconstrução do ligamento cruzado anterior (LCA)

Autores

DOI:

https://doi.org/10.33448/rsd-v11i12.34425

Palavras-chave:

Reconstrução do Ligamento Cruzado Anterior; Reabilitação; Dinamômetro de Força Muscular; Retorno ao esporte.

Resumo

O Ligamento Cruzado Anterior (LCA) é um importante estabilizador do joelho e auxilia na propriocepção e artrocinemática da articulação. A incidência da lesão do LCA é alta principalmente em indivíduos fisicamente ativos, público o qual tende a recorrer para o tratamento cirúrgico. A força é um dos fatores que são avaliados para o retorno ao esporte, no entanto, a fadiga muscular, que possui um papel nas lesões dos membros inferiores, é pouco abordada em indivíduos que realizaram a reconstrução do LCA. O objetivo do estudo foi analisar principalmente como fadiga muscular se comporta, em indivíduos após 6 meses de reabilitação da reconstrução o LCA, através do Dinamômetro Isocinético marca Biodex System 3 a 180°/s. Além da resistência muscular, dados de potência máxima, torque máximo e trabalho total também foram coletados. Observou-se após 6 meses de reconstrução que o grupo muscular extensor do joelho do membro lesionado apresentou menor índice de fadiga comparado ao grupo extensor do membro não lesionado. Com relação ao torque máximo, potência máxima e trabalho total o grupo muscular extensor do joelho acometido apresentou déficit maior que 10% em relação ao grupo muscular extensor do membro sadio. Quanto ao grupo muscular flexor do joelho não foi observada diferenças significativas entre os membros em nenhuma das análises. Sendo assim, sugere-se que sejam realizados mais estudos que utilizem a análise a 180°/s no Dinamômetro Isocinético, para um maior entendimento e análise dos dados, visando um retorno esportivo mais seguro.

Referências

Andrade, R., Pereira, R., van Cingel, R., Staal, J. B., & Espregueira-Mendes, J. (2020). How should clinicians rehabilitate patients after ACL reconstruction? A systematic review of clinical practice guidelines (CPGs) with a focus on quality appraisal (AGREE II). British journal of sports medicine, 54(9), 512-519.

Beischer, S., Gustavsson, L., Senorski, E. H., Karlsson, J., Thomeé, C., Samuelsson, K., & Thomeé, R. (2020). Young athletes who return to sport before 9 months after anterior cruciate ligament reconstruction have a rate of new injury 7 times that of those who delay return. Journal of orthopaedic & sports physical therapy, 50(2), 83-90.

Brophy, R. H., Schmitz, L., Wright, R. W., Dunn, W. R., Parker, R. D., Andrish, J. T., ... & Spindler, K. P. (2012). Return to play and future ACL injury risk after ACL reconstruction in soccer athletes from the Multicenter Orthopaedic Outcomes Network (MOON) group. The American journal of sports medicine, 40(11), 2517-2522.

Burgi, C. R., Peters, S., Ardern, C. L., Magill, J. R., Gomez, C. D., Sylvain, J., & Reiman, M. P. (2019). Which criteria are used to clear patients to return to sport after primary ACL reconstruction? A scoping review. British journal of sports medicine, 53(18), 1154-1161.

Dvir, Z., & Müller, S. (2020). Multiple-joint isokinetic dynamometry: a critical review. The Journal of Strength & Conditioning Research, 34(2), 587-601.

Enoka, R. M., & Duchateau, J. (2008). Muscle fatigue: what, why and how it influences muscle function. The Journal of physiology, 586(1), 11-23.

Gokeler, A., Welling, W., Benjaminse, A., Lemmink, K., Seil, R., & Zaffagnini, S. (2017). A critical analysis of limb symmetry indices of hop tests in athletes after anterior cruciate ligament reconstruction: a case control study. Orthopaedics & traumatology: surgery & research, 103(6), 947-951.

Grindem, H., Snyder-Mackler, L., Moksnes, H., Engebretsen, L., & Risberg, M. A. (2016). Simple decision rules can reduce reinjury risk by 84% after ACL reconstruction: the Delaware-Oslo ACL cohort study. British journal of sports medicine, 50(13), 804-808.

Guyton, A.C. e Hall J.E.– Tratado de Fisiologia Médica. Editora Elsevier. 13ª ed., 2017

Hart, J. M., Pietrosimone, B., Hertel, J., & Ingersoll, C. D. (2010). Quadriceps activation following knee injuries: a systematic review. Journal of athletic training, 45(1), 87-97.

Kyritsis, P., Bahr, R., Landreau, P., Miladi, R., & Witvrouw, E. (2016). Likelihood of ACL graft rupture: not meeting six clinical discharge criteria before return to sport is associated with a four times greater risk of rupture. British journal of sports medicine, 50(15), 946-951.

Meredith, S. J., Rauer, T., Chmielewski, T. L., Fink, C., Diermeier, T., Rothrauff, B. B., ... & Wilk, K. (2020). Return to sport after anterior cruciate ligament injury: Panther Symposium ACL Injury Return to Sport Consensus Group. Orthopaedic journal of sports medicine, 8(6), 2325967120930829.

Neumann, Donald A. Cinesiologia do aparelho musculoesquelético: fundamentos da reabilitação /Donald A. Neumann; [tradução Eliseanne Nopper]. - 3. ed. - Rio de Janeiro : Elsevier, 2018.

Nogueira, D. V., Lemos, S. L., Neto, F. A. C., Lima, F. P. S., & Lima, M. O. (2022). Análise da performance muscular de atletas submetidos à reconstrução do ligamento cruzado anterior após programa de reabilitação. Research, Society and Development, 11(3), e6711326199-e6711326199.

Santamaria, L. J., & Webster, K. E. (2010). The effect of fatigue on lower-limb biomechanics during single-limb landings: a systematic review. Journal of orthopaedic & sports physical therapy, 40(8), 464-473.

Tallard, J. C., Hedt, C., Lambert, B. S., & McCulloch, P. C. (2021). The Role of Fatigue in Return to Sport Testing Following Anterior Cruciate Ligament Reconstruction. International Journal of Sports Physical Therapy, 16(4), 1043.

Van Melick, N., Van Rijn, L., Nijhuis-van der Sanden, M. W. G., Hoogeboom, T. J., & Van Cingel, R. E. H. (2019). Fatigue affects quality of movement more in ACL-reconstructed soccer players than in healthy soccer players. Knee Surgery, Sports Traumatology, Arthroscopy, 27(2), 549-555.

Wellsandt, E., Failla, M. J., & Snyder-Mackler, L. (2017). Limb symmetry indexes can overestimate knee function after anterior cruciate ligament injury. journal of orthopaedic & sports physical therapy, 47(5), 334-338.

Wilk, K. E., Macrina, L. C., Cain, E. L., Dugas, J. R., & Andrews, J. R. (2012). Recent advances in the rehabilitation of anterior cruciate ligament injuries. journal of orthopaedic & sports physical therapy, 42(3), 153-171.

Downloads

Publicado

17/09/2022

Como Citar

CARVALHO NETO, F. A. .; LEMOS, S. L.; AMBROSIO NETO , M.; LIMA, F. P. S. .; LICURCI, M. das G. B. .; FAGUNDES, A. de A. .; LIMA, M. O. .; NOGUEIRA, D. V. . Análise da resistência muscular, torque máximo, potência máxima e trabalho total no dinamômetro isocinético a 180°/s em indivíduos com 6 meses após reconstrução do ligamento cruzado anterior (LCA). Research, Society and Development, [S. l.], v. 11, n. 12, p. e366111234425, 2022. DOI: 10.33448/rsd-v11i12.34425. Disponível em: https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/34425. Acesso em: 21 dez. 2024.

Edição

Seção

Ciências da Saúde