Possibilidades do uso das Tecnologias da Informação e Comunicação para o Letramento Matemático segundo as diretrizes da Base Nacional Comum Curricular (BNCC)
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v11i12.34637Palavras-chave:
BNCC; Letramento matemático; TIC; Educação matemática.Resumo
Devido ao baixo desempenho dos estudantes brasileiros em matemática e seu obsoleto ensino, surge a necessidade de propostas pedagógicas que promovam o letramento matemático. Possibilidades para isto estão no uso educacional das Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC), com um ensino divertido e significativo. De modo paralelo, a partir de 2018, implanta-se a Base Nacional Comum Curricular (BNCC), a qual orienta o uso de TIC para o ensino de matemática e discute temas de letramento. Visto que a BNCC é assunto de pesquisas, indaga-se o que estes estudos tratam sobre as diretrizes da base para o uso de TIC, para favorecer o letramento matemático? A investigação apresenta suporte teórico nas ideias de letramento matemático da BNCC e nas vias do uso de TIC para auxiliar a aprendizagem de matemática. Metodologicamente, consiste numa pesquisa bibliográfica, segundo Lakatos e Marconi, com dados extraídos de artigos disponíveis no Google acadêmico, publicados entre 2018 e 2021, e mapeados pela Análise Textual Discursiva (ATD), segundo Moraes. Os resultados revelaram que o emprego de tecnologias pode ser favorável para trabalhar competências de letramento do tipo: comunicação, representação, raciocínio e resolução de problemas matemáticos, contudo observou-se a existência de escassos trabalhos teóricos que interrelacionam o uso de TIC e letramento matemático, o que pode representar lacunas entre o uso de tecnologias e o desenvolvimento de práticas pedagógicas ou falta de formação docente adequada para tanto. Para futuros trabalhos, sugere-se investigar formações docentes e experiencias concretas de como empregar tecnologias para trabalhar competências de Letramento Matemático.
Referências
Almeida, M. E. B. & Bertoncello, L (2011). Integração das Tecnologias de Informação e Comunicação na Educação: novos desafios e possibilidades para o desenvolvimento do currículo. In: Anais do X CONGRESSO NACIONAL DE EDUCAÇÃO – EDUCERE. Instituto Unibanco, Curitiba.
Arruda, F. S. de, Ferreira, R. dos S., & Lacerda, A. G. (2020). Letramento Matemático: Um olhar a partir das competências Matemáticas propostas na Base Nacional Comum Curricular do Ensino Fundamental. Ensino Da Matemática Em Debate, 7(2), 181–207. https://doi.org/10.23925/2358-4122.2020v7i2p156-179
Bogdan, R. C.& Biklen, S.K. (1994). Investigação qualitativa em educação: uma introdução à teoria e aos métodos. Porto Editora.
Borges, J., Oliveira, G., Borges, T., & Saad, N. (2021). Jogos digitais no ensino de matemática e o desenvolvimento de competências. Revista Valore, 6, 99-111. https://doi.org/10.22408/reva602021103999-111
Brasil. Conselho Nacional de Educação. Conselho Pleno. Resolução CNE/CP nº 2, de 22 de dezembro de 2017. http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_docman&view=download&alias=79631 -rcp002-17-pdf&category_slug=dezembro-2017-pdf&Itemid=30192.
Brasil, G. L., Aguiar, I. P., & Caires, N. H. (2021). TICs ferramentas pedagógicas educacional:Importância dos Recursos Tecnológicos Utilizados no Auxílio para Ensino-Aprendizagem da Matemática. Brazilian Journal of Development, 7(7), 66195–66206. https://doi.org/10.34117/bjdv7n7-071
Castro, A. L. de (2016). A formação de professores de matemática para uso das tecnologias digitais e o currículo da era digital. In: Anais do XII Encontro Nacional de Educação Matemática, Universidade Cruzeiro do Sul, São Paulo.
Chaudron, S., Di Gioia, R. & Gemo, M. (2017). Young Children (0-8) and Digital Technology - A qualitative study across Europe. Publications Office of the European Union, Luxembourg. https://publications.jrc.ec.europa.eu/repository/handle/JRC110359.
Coutinho, C. & Lisbôa, E (2011). Sociedade da Informação, do Conhecimento e da Aprendizagem: desafios para a educação no século XXI. Revista de Educação, 18 (1), 5-22.
D’Ambrósio, U. (2004). A relevância do projeto Indicador Nacional de Alfabetismo Funcional – INAF – como critério de avaliação da qualidade do ensino de matemática. In: Fonseca, M.C.F.R (org), Letramento no Brasil: habilidades matemáticas. (1a ed), Global, 31-46.
D’Ambrosio, U.(2018). Etnomatemática, justiça social e sustentabilidade. Estudos Avançados, 32 (94), 189-204.
Fiolhais, C., Trindade, J (2003). Física no computador: o computador como uma ferramenta no ensino e na aprendizagem das ciências físicas. Revista Brasileira de Ensino de Física, 25 (3), 259 - 272.
Figueiredo, A. P. S., Silva, D. D. S. S. D. da ., Pinheiro Junior, L. C. ., & Amaral, M. C. do . (2018). Intermediação da BNCC através do uso das TDICS na sala de aula do ensino fundamental: matemática e língua portuguesa. Revista InovaEduc, (4), 1–36. https://econtents.bc.unicamp.br/inpec/index.php/inovaeduc/article/view/15180
Fonseca, M. C. F. R. (org.) (2004). Letramento no Brasil: habilidades matemáticas. (1a ed), Global.
Galvão, E. da S., & Nacarato, A. M. (2013). O letramento matemático e a resolução de problemas na provinha brasiL. Revista Eletrônica De Educação, 7(3), 81–96. https://doi.org/10.14244/19827199849
Gil, A, C. (2008). Como elaborar projetos de pesquisa. (6a ed), Atlas.
Grisales-Aguirre, A. M. (2018). Uso de recursos TIC en la enseñanza de las matemáticas: retos y perspectivas. Entramado, 14 (2), 198-214. https://doi.org/10.18041/1900-3803/entramado.2.4751
Indicador Nacional de Alfabetismo Funcional - INAF 2001: Relatório disponibilizado para a imprensa. 2001. https://acaoeducativa.org.br/publicacoes/i-indicador-nacional-de-alfabetismo-funcional/.
Indicador Nacional de Alfabetismo Funcional - INAF 2003: Relatório disponibilizado para a imprensa. 2003. https://acaoeducativa.org.br/publicacoes/indicador-nacional-de-alfabetismo-funcional-inaf-2003/.
Jolandek, E.G.& Kato, L.A (2021). Vertentes sobre a modelagem matemática e o letramento matemático a partir de uma revisão bibliográfica. Educação Matemática Pesquisa, 23 (2), 218-244.
Jolandek, E.G., Pereira, A.L.& Mendes, L.O.R. (2021) Letramento matemático e suas vertentes. Revista Valore, 6 (Edição Especial), 563-573.
Kleiman, A. (org.) (1995). Os significados do letramento: uma nova perspectiva sobre a prática social da escrita. (1a ed), Mercado de Letras.
Lakatos, E. M. & Marconi, M. A (1992). Metodologia do trabalho científico. (3a ed), Atlas.
Levy, P. (1998). A máquina universo. (1a ed), Artmed.
Lévy, P. (1999). Cibercultura. (1a ed), Editora 34.
Masola, W.de J.& Allevato, N.S.G (2019). Dificuldades de aprendizagem matemática: algumas reflexões. Educação Matemática Debate, 3 (7), 52-67.
Moraes, M.C (2004). Paradigma educacional emergente. (1a ed), Papirus.
Moraes, R (2003). Uma tempestade de luz: A compreensão possibilitada pela análise textual discursiva. Ciência e Educação, 9 (2), 191-211.
Ortigão, M. I. R., Santos, M. J. C.& Lima, R. de L (2018). Letramento em Matemática no PISA: o que sabem e podem fazer os estudantes? Zetetiké, 26 (2), 375–389.
Pretto, N., Pinto, C. da C. (2006). Tecnologias e novas educações. Revista Brasileira de Educação, 11(31), 19-30.
Santos, E. A. dos, Silva, A. F. da, & Silva, S. S. e. (2021). As potencialidades do Tangram no ensino de Geometria por meio do software GeoGebra. Ensino Da Matemática Em Debate, 8(1), 61–80. https://revistas.pucsp.br/index.php/emd/article/view/49528
Silva, A. G. S., Sousa, F. J. F. de, & Medeiros, J. L. de. (2020). O ensino de matemática: aspectos historicos. Research, Society and Development, 9(8), e488985850. https://doi.org/10.33448/rsd-v9i8.5850
Soares, M. B. (1998). Letramento: um tema em três gêneros. (1a ed), Autêntica.
Soares, M. B. (2008). Alfabetização e letramento. (5a ed), Contexto.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2022 Mario Jorge Nunes Costa; Josiane Marques Duarte Almeida; Josiane Silva dos Reis; Maria Jose Costa dos Santos
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
1) Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
2) Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
3) Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.