Uso de pele de tilápia como tratamento para pacientes queimados em adultos, crianças e animais: uma revisão integrativa
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v11i12.34642Palavras-chave:
Queimados; Oreochromis niloticus; Tratamento.Resumo
As queimaduras acompanham os homens desde os primórdios e, devido ao crescimento populacional, acidentes desse tipo vêm se tornando mais comuns. Segundo a OMS, as queimaduras se apresentam como o quarto trauma mais comum, sendo que 7,1 milhões de pessoas são acometidas por ano, onde 180 mil destas morrem. Diversas são as soluções utilizadas ao longo dos anos para as queimaduras, dentre elas, a pele de tilápia. Portanto, este estudo visa coletar dados e evidências acerca do uso da pele de tilápia, avaliando o tempo de cicatrização, custos, reações adversas e eficácia do tratamento. Foram coletados artigos nas bases de dados MEDLINE, LILACS e Cochrane, com os descritores “Burns”, "Oreochromis niloticus" e “treatment”, durante o mês de agosto de 2021. Posteriormente, foi realizada análise criteriosa do material selecionado a fim de reunir as informações mais relevantes concernentes ao tema proposto. Foram incluídos na revisão 9 artigos dos 25 encontrados com a busca, os objetivos e resultados principais encontrados nos artigos foram resumidos em um quadro. Pode-se concluir com esta revisão que há destaque de inúmeras vantagens de se utilizar a pele de tilápia e como ela apresenta amplo potencial de diminuir o sofrimento do paciente durante o tratamento.
Referências
Costa, A., Santos, N., & Moraes, P. (2016). Amplitude de movimento e sua interferência na capacidade funcional de pacientes com sequelas de queimaduras. Revista Brasileira de Queimaduras, 15(4), 261–266.
Costa, B. A., Lima Júnior, E. M., De Moraes Filho, M. O., Fechine, F. V., De Moraes, M. E. A., Silva Júnior, F. R., Do Nascimento Soares, M. F. A., & Rocha, M. B. S. (2019). Use of Tilapia Skin as a Xenograft for Pediatric Burn Treatment: A Case Report. Journal of Burn Care and Research, 40(5), 714–717. https://doi.org/10.1093/jbcr/irz085
Ge, B., Wang, H., Li, J., Liu, H., Yin, Y., Zhang, N., & Qin, S. (2020). Comprehensive Assessment of Nile Tilapia Skin. Marine Drugs, 18, 178–194.
Hu, Z., Yang, P., Zhou, C., Li, S., & Hong, P. (2017). Marine collagen peptides from the skin of Nile Tilapia (Oreochromis niloticus): Characterization and wound healing evaluation. Marine Drugs, 15(4). https://doi.org/10.3390/md15040102
Ibrahim, A., Soliman, M., Kotb, S., & Ali, M. M. (2020). Evaluation of fish skin as a biological dressing for metacarpal wounds in donkeys. BMC Veterinary Research, 16(1), 1–10. https://doi.org/10.1186/s12917-020-02693-w
Jaeger, M. R. D. O., Ferreira, L. M., Falcão, T., Ely, P. B., & Chem, E. (2015). Alotransplante de pele como alternativa para o tratamento da queimadura dolorosa da criança Allograft skin as an alternative for the treatment of the painful burn in children Alotransplante de piel como alternativa para el tratamiento de. Rev Bras Queimaduras, 14(1), 54–58.
Leite, V. H. O., Resende, L. P. F., Souza, M. E. M., De-Assis, I. X., Borges, K. S., & Cintra, B. B. (2016). Analise dos acidentes por queimadura com álcool líquido em Unidade de Tratamento de Queimados em Sergipe. Rev Bras Queimaduras, 15(4), 235–239.
Lima-Junior, E. M., de Moraes Filho, M. O., Costa, B. A., Fechine, F. V., de Moraes, M. E. A., Silva-Junior, F. R., Soares, M. F. A. do N., Rocha, M. B. S., & Leontsinis, C. M. P. (2019). Innovative treatment using tilapia skin as a xenograft for partial thickness burns after a gunpowder explosion. Journal of Surgical Case Reports, 6, 1–4. https://doi.org/10.1093/jscr/rjz181
Lima-Júnior, E. M. L. (2018). Tecnologias inovadoras: uso da pele da tilápia do Nilo no tratamento de queimaduras e feridas. Rev Bras Queimaduras, 16(1), 13–14.
Lima-Junior, E. M., Moraes, M. O., Costa, B. A., Uchôa, A. M. D. N., Martins, C. B., Moraes, M. E. A. De, Rocha, M. B. S., & Fechine, F. V. (2020). Treatment of deep second-degree burns on the abdomen, thighs, and genitalia: use of tilapia skin as a xenograft. Revista Brasileira de Cirurgia Plástica (RBCP) – Brazilian Journal of Plastic Sugery, 35(2), 243–248. https://doi.org/10.5935/2177-1235.2020rbcp0040
Lima-junior, E. M., Picollo, N. S., José, M., Miranda, B. De, Lyeverton, W., & Ribeiro, C. (2017). Uso da pele de tilápia ( Oreochromis niloticus ), como curativo biológico oclusivo, no tratamento de queimaduras. Rev Bras Queimaduras, 16(1), 10–17.
Lopes, D. R., Souza, M. S. C., Barbosa, C. P. de L., Silva, G. W. B., & Souza, A. G. A. (2016). Associação de membrana biológica de hemicelulose com pomada de estimulação da epitelização: Relato de caso. Rev Bras Queimaduras, 15(4), 283–286.
Magnani, D. M., Sassi, F. C., & Andrade, C. R. F. de. (2019). Reabilitação motora orofacial em queimaduras em cabeça e pescoço: uma revisão sistemática de literatura. Audiology - Communication Research, 24, e2077. https://doi.org/10.1590/2317-6431-2018-2077
Melega, J. M., Viterbo, F., & Mendes, F. H. (2011). Cirurgia plástica: os princípios e a atualidade. Guanabara Koogan.
Miranda, M. J. B., & Brandt, C. T. (2019). Nile tilapia skin xenograft versus silver-based hydrofiber dressing in the treatment of second-degree burns in adults. Revista Brasileira de Cirurgia Plástica (RBCP) – Brazilian Journal of Plastic Sugery, 34(1), 79–85. https://doi.org/10.5935/2177-1235.2019rbcp0012
Miranda, H. P. F., Camargo, I. N., Cunha, I. A., Freitas, J. B., Silva, J. M., & Mota, M. R. (2021). Queimaduras: fisiopatologia das complicações sistêmicas e manejo clínico. Brazilian Journal of Development, 7(6), 64377–64393. https://doi.org/10.34117/bjdv7n6-697
Nestor, A., & Turra, K. (2014). Perfil epidemiológico dos pacientes internados vítimas de queimaduras por agentes inflamáveis Epidemiologic profile of hospitalized patients victims of burns by flammable agents. Revista Brasileira de Queimaduras, 13(1), 44–50.
Osama, M. (2017). Use of nile tilapia (Oreochromisniloticus) skin in the management of skin burns. Journal of the Pakistan Medical Association, 67(12).
Souza, M. T., Silva, M. D., & Carvalho, R. Revisão integrativa: o que é e como fazer. Einstein, 2010. 8(1), 102-106. http://www. astresmetodologias.com/material/O_que_e_RIL.pdf
Souza, R. S. M., Junior, G. L. A., Neves, V. H. D., Pereira, V. M., & Burgos, U. M. M. C. (2021). A infecção por coronavírus e a cardiomiopatia de Takotsubo na era da pandemia do SARS-CoV 2. Revista Eletrônica Acervo Científico, 25. https://doi.org/10.25248/reac.e7368.2021
Trelha, C. S., & Fujisawa, D. S. (2014). Perfil epidemiológico de crianças e adolescentes vítimas de queimaduras admitidos em centro de tratamento de queimados. Rev Brasileira de Queimaduras, 15(2), 74–79.
Velásquez, D. A. M., Oliveira, Y. S. A., Rinald, A. E., Fuzinatto, F. F., & Godo, G. R. da S. (2014). Tratamento de queimadura grave em membros inferiores realizado em centro hospitalar não especializado em queimaduras. Rev. Bras. Queimaduras, 13(2), 114–118. http://lildbi.bvs.br/lildbi/docsonline/get.php?id=187
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2022 Juan Carlos Vieira Rivas; Gledson Lima Alves Junior; Julia Alves Santos; Rodrigo Cardoso de Oliveira; Vitor Moura Pereira; Marina Maria Santos Alves; Bruno Barreto Cintra
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
1) Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
2) Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
3) Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.
