Efeito da clorexidina na degradação das enzimas metaloproteinases: revisão integrativa da literatura
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v11i12.34760Palavras-chave:
Metaloproteinases; Clorexidina; Camada híbrida.Resumo
Apesar da evolução da odontologia restauradora, a adesão da resina na superfície dentinária ainda apresenta alguns obstáculos. Dentre esses obstáculos, encontram-se as enzimas metaloproteinases que hidrolisam os filamentos colágenos desprotegidos e comprometem as restaurações adesivas. A clorexidina (CHX) é um antimicrobiano amplamente discutido nos dias atuais para inibir ou retardar a ação destas enzimas. Diante disto, o objetivo deste trabalho foi avaliar, por meio da literatura, o mecanismo de ação da clorexidina sobre as enzimas metaloproteinases (MMPs) e sua repercussão clínica na adesividade das restaurações em resinas compostas. Essa pesquisa foi realizada na forma de revisão integrativa da literatura, tendo natureza básica. Para este fim, foram utilizadas as bases de dados Pubmed e Lilacs, com os descritores “chlorhexidine”, “metalloproteinase”, “hybrid layer”, “clorexidina”, “metaloproteinases” e “camada híbrida”, realizando o cruzamento aleatório e empregando o operador booleano AND. Perante o que foi avaliado, a clorexidina pode ser considerada benéfica para seu uso clínico pois consegue quelar íons fundamentais para a constância e função das MMPs, além de alterar a estrutura dimensional das mesmas. Entretanto, ainda existe a necessidade de mais estudos para avaliar os mecanismos de ação da CHX, além de estudos extensos e in vivo quanto ao seu uso.
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