Achados de imagem na colecistite aguda, suas complicações e tratamento
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v11i12.34801Palavras-chave:
Colecistectomia; Colecistite; Vesícula biliar; Cirurgia geral.Resumo
A colecistite aguda constitui um processo patológico inflamatório da vesícula biliar consequente à obstrução aguda do ducto cístico. Embora seja mais frequente no sexo feminino, o número de pacientes do gênero masculino aumenta com o avanço das faixas etárias, chegando a 30% dos casos acima dos 65 anos. Apresenta-se como uma emergência cirúrgica e geralmente requer hospitalização para tratamento. Está associada com significativa morbimortalidade, especialmente em doentes idosos. A causa mais frequente é a litíase, responsável por 90% dos casos. No diagnóstico diferencial de colecistite aguda, devem ser lembradas doenças inflamatórias ou não, de expressão localizada no hemiabdome superior direito. São elas: pneumonia de base direita, hepatites, pielonefrite, e mesmo isquemia ou infarto do miocárdio. Outras doenças do trato digestório devem ser lembradas, como apendicite aguda de localização sub-hepática, úlcera péptica complicada e pancreatite aguda. A imagenologia da vesícula biliar e das vias biliares mudou drasticamente nos últimos 20 anos. A substituição da colangiografia transparietal e da colecistografia oral por técnicas modernas, não-invasivas, trouxe grande avanço para o diagnóstico das doenças das vias biliares. Atualmente, o diagnóstico e o acompanhamento imagenológico das doenças biliares baseia-se na ultrassonografia (US), na tomografia computadorizada (TC), na ressonância magnética (RM) e na cintilografia. A US mantém-se como o exame de escolha na avaliação inicial das doenças biliares agudas, devido a sua facilidade de execução, ampla disponibilidade e grande acurácia no diagnóstico da colecistite aguda.
Referências
Arnot, R. S. (2020). Laparoscopy and acalculous cholecystitis. Aust N Z J Surg., 64(6), 405-416.
Barie, P. S., et al. (2013). Acute acalculous cholecystitis. Curr Gastroenterol Rep., 5(4), 302-309.
Boland, G., et al. (2013). Acute cholecystitis in the intensive care unit. New Horiz., 1(2), 246-260.
González, D., et al. (2019). Acalculous cholecystitis: an uncommon. Int J Surg., 7(2), 94-99.
Gurusamy, K. S., et al. (2016). Early versus delayed laparoscopic cholecystectomy for acute cholecystitis. Cochrane Database of Systematic Reviews, 4 (1).
Howard, J. M., et al. (2015). Percutaneous cholecystostomy: a safe option in the management of acute biliary sepsis in the elderly ilus, tab, graf. Cochrane Database of Systematic Reviews, 2 (1).
Ibrahim, S., et al. (2016). Risk factors for conversion to open surgery in patients undergoing laparoscopic cholecystectomy. World J. Surg., 30(9), 1698-1704.
Kolla, S. B., et al. (2016). Early versus delayed laparoscopic cholecystectomy for acute cholecystitis: a prospective randomized trial. Surg Endosc., 20(11), 1780-1781.
Maya, M. C. A., et al. (2020). Colecistite aguda: diagnóstico e tratamento. Revista do Hospital Universitário Pedro Ernesto, 3 (8), 52-64.
Melo, M. A. C. (2013). Colecistectomia laparoscópica em pacientes de alto risco. Revista do Colégio Brasileiro de Cirurgiões. Rev Col Bras Cir., 30 (1).
Rodríguez, A. J., et al. (2018). Colecistostomía percutánea en colecistitis aguda / Percutaneous cholecystostomy in acute cholecystitis. Rev Argent Cir.; 95(3), 101-107
Sankarankutty, A., et al. (2013). Colecistite aguda não-complicada: colecistectomia laparoscópica precoce ou tardia? Colégio Brasileiro de Cirurgiões, 39 (5).
Schirmer, B. D., et al. (2015). Cholelithiasis and cholecystitis. J Long Term Eff Med Implants, 15(3), 329-338.
Sekimoto, M., et al. (2016). Cholecystectomy Expert Group. Impact of treatment policies on patient outcomes and resource utilization in acute cholecystitis in Japanese hospitals. BMC Health Serv Res., 6(8),40-49.
Shindler, E. J., et al. (2021). Abordagem diagnóstica e tratamento da colecistite aguda: uma revisão narrativa. Revista Eletrônica Acervo Saúde, 13(9).
Silva, R. C. O., et al. (2016). Alterações histológicas da vesícula biliar litiásica: influência no diagnóstico e tratamento por videolaparoscopia. Rev Col Bras Cir., 28 (1), 7-11.
Teixeira, J. A., et al. (2014). Colecistectomia por Laparoscopia e por Laparotomia na Colecistite Aguda: Análise Crítica de 520 Casos. Revista Científica da Ordem dos Médicos, 27 (6), 685-691.
Teoh, W. M., et al. (2015). Percutaneous cholecystostomy in the management of acute cholecystitis. ANZ J Surg., 75(6), 396-398.
Vargas, M., et al. (2016). Imaging of simple and complicated acute cholecystitis. Clin Ter., 157(5), 435-442.
Yi, N. J., et al. (2016). The safety of a laparoscopic cholecystectomy in acute cholecystitis in high-risk patients older than sixty with stratification based on ASA score. Minim Invasive Ther Allied Technol. 15(3), 159-164.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2022 Paulo da Costa Araújo; Bárbara Queiroz de Figueiredo; Bárbara de Freitas Souza; Camila Vitória Rodrigues Araújo; Rafael Abutrab Souza Ramos Silva; Ramon Abreu de Lucena; Maria Vitoria Rodrigues Passarinho; Breno Souza Boechat de Oliveira; Maria Gabryela Oliveira Costa; Lia Santoro Alves Tomé

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
1) Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
2) Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
3) Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.