Método Canguru na UTI neonatal: benefícios para a saúde e vínculo materno-infantil
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v11i13.35072Palavras-chave:
Vínculo afetivo; Relações mãe-filho; Unidade de Terapia Intensiva Neonatal; Método Canguru.Resumo
Devido ao desenvolvimento tecnológico e ao uso de dispositivos cada vez mais sofisticados, a participação materna é quase nula, o que ameaça o restabelecimento de vínculo e apego entre o binômio mãe-filho. O objetivo desse trabalho é descrever os benefícios do método canguru na UTI neonatal para a saúde e vínculo materno-infantil. O presente trabalho trata-se de uma revisão integrativa da literatura, sendo as buscas foram realizadas no dia 02 de agosto de 2022 na base eletrônica da PubMed, na BVS e no Google Scholar. Foram considerados elegíveis artigos originais, publicados entre 2017 a agosto de 2022, nos idiomas português, inglês e espanhol. Foram excluídos estudos duplicados, incompletos e àqueles cujo título, resumo e objetivo não se enquadravam na questão norteadora do presente estudo. Dessa forma, somente 19 artigos responderem à pergunta norteadora e foram incluídos na revisão. Os resultados do presente estudo apontam que o método canguru fortalece o vínculo e apego materno-infantil, diminui os sentimentos de ansiedade e depressão materna, aumenta a produção de leite e a duração das mamadas, previne infecções hospitalares e, consequentemente, na diminuição da morbimortalidade do neonato e com baixo peso, estabiliza os sinais vitais do RN, melhora a qualidade de sono do bebê, assim como auxilia no crescimento e desenvolvimento saudável do neonato. Concluiu-se que o método canguru é uma técnica alternativa no cuidado dos recém-nascidos internados em UTINs, pois, como mostrado na literatura, há diversos benefícios para a tríade mãe-filho e familiares.
Referências
Bastani, F., Rajai, N., Farsi, Z., & Als, H. (2017). The effects of kangaroo care on the sleep and wake states of preterm infants. Journal of Nursing Research, 25 (3), 231-239. DOI: 10.1097/JNR.0000000000000194
Cantanhede, E. S., Amorim, F. C. M., Oliveira, A. D. da S., Almeida, C. A. P. L., & Santos, S. M dos. (2020). Experiências das mães no cuidado ao recém-nascido prematuro no método canguru. Cogitare Enfermagem, 25: e67416. DOI: http://dx.doi.org/10.5380/ce.v25i0.67416
Carvalho, M. E. S., Justo, J. M., Gratier, M., Tomé, T., Pereira, E., & Rodrigues, H. (2019). Vocal responsiveness of preterm infants to maternal infant-directed speaking and singing during skin-to-skin contact (Kangaroo Care) in the NICU. Infant Behavior and Development, 57, 101332. DOI: 10.1016/j.infbeh.2019.101332
Coykun, D., & Günay, U. (2020). The effects of kangaroo care applied by Turkish mothers who have premature babies and cannot breastfeed on their stress levels and amount of milk production. Journal of Pediatric Nursing, 50, e26-e32. DOI: https://doi.org/10.1016/j.pedn.2019.09.028
Defilipo, É. C., Chagas, P. S. D. C., Nogueira, C. C. L., Ananias, G. P., & Silva, A. J. D. (2017). Kangaroo position: Immediate effects on the physiological variables of preterm and low birth weight newborns. Fisioterapia em Movimento, 30, 219-227. DOI: https://doi.org/10.1590/1980-5918.030.S01.AO21
Forde, D., Deming, D. D., Tan, J. C., Phillips, R. M., Fry-Bowers, E. K., Barger, M. K., ... & Boskovic, D. S. (2020). Oxidative stress biomarker decreased in preterm neonates treated with Kangaroo mother care. Biological Research for Nursing, 22 (2), 188-196. DOI: https://doi.org/10.1177/1099800419900231
Jones, H., & Santamaria, N. (2018). An observational cohort study examining the effect of the duration of skin-to-skin contact on the physiological parameters of the neonate in a neonatal intensive special care unit. Advances in Neonatal Care, 18 (3), 208-214. DOI: 10.1097/ANC.0000000000000485
Júnior, M.D.S.M, Almeida, A.K.F. de, Carvalho, E.M, & Sena, R. S de. (2021). A influência do método canguru no estado de humor e autoestima das mães de recém-nascidos recém-nascidos. The influence of the kangaroo care in the mood state and self-esteem of mothers of preterm infants. Revista Brasileira de Desenvolvimento, 7 (9), 88651-88666. DOI: 10.34117/bjdv7n9-160
Kommers, D., Broeren, M., Oei, G., Feijs, L., Andriessen, P., & Oetomo, S. B. (2018). Oxytocin levels in the saliva of preterm infant twins during Kangaroo care. Biological Psychology, 137, 18-23. DOI: https://doi.org/10.1016/j.biopsycho.2018.06.009
Kurt, F., Kucukoglu, S., Ozdemir, A. Y. N. U. R., & Ozcan, Z. (2020). The effect of kangaroo care on maternal attachment in preterm infants. Nigerian journal of clinical practice, 23 (1), 26-26. DOI: 10.4103/njcp.njcp_143_18
Meder, U., Tarjanyi, E., Szakmar, E., Cseko, A. J., Hazay, T., Belteki, G., & Jermendy, A. (2021). Cerebral oxygenation in preterm infants during maternal singing combined with skin-to-skin care. Pediatric Research, 90(4), 809-814. DOI: https://doi.org/10.1038/s41390-020-01235-2
Mendes, K. D. S., Silveira, R. C. D. C. P., & Galvão, C. M. (2008). Revisão integrativa: método de pesquisa para a incorporação de evidências na saúde e na enfermagem. Texto & contexto-enfermagem,17(4), 758-764. https://doi.org/10.1590/S0104-07072008000400018
Pavlyshyn, H., Sarapuk, I., Casper, C., & Makieieva, N. (2021). Kangaroo mother care can improve the short-term outcomes of very preterm infants. Journal of Neonatal-Perinatal Medicine, 14 (1), 21-28. DOI: 10.3233/NPM-200455
Santos, A. C. dos, Santos, D. L. dos, Farias, F. C., & Aoyama, E. A. de. (2020). Método Mãe Canguru em recém-nascidos prematuro. Revista Brasileira Interdisciplinar de Saúde, 2 (2), 35-39. https://revistarebis.rebis.com.br/index.php/rebis/article/view/85
Santos, D. C. S. da, & Pereira, M. S. dos (2018). Efetividade do Método Canguru em Relação à Redução da Mortalidade e Morbidade Neonatal. Ensaios e Ciência C Biológicas Agrárias e da Saúde, 22(3), 186-193. DOI: https://doi.org/10.17921/1415-6938.2018v22n3p186-193
Souza-Vogler, S. R. D., & Lima, G. M. D. S. (2021). The effect of kangaroo care on modulate chronic stress response in preterm infants and mothers. Stress, 24 (6), 742-752. DOI: 10.1080/10253890.2021.1900107
Testoni, T. T., & Aires, L. C. P. dos (2018). O Método Canguru como um veículo para o empoderamento materno. Revista Família, Ciclos de Vida e Saúde no Contexto Social, 2, 611-619. https://www.redalyc.org/articulo.oa?id=497956940010
Vieira, A. R. (2019). Impacto da implementação do método canguru nas vias de alimentação de recém-nascidos pré-termo e muito baixo peso. Trabalho de Conclusão de Residência (Especialista em atenção à saúde da criança) – Universidade Federal de Uberlândia, Uberlândia.
Vieira, S. A., de Araújo, N., da Silva, A. R., & de Souza, D. P. (2020). Análise da eficácia do método canguru: recém-nascido de baixo peso: kanguru method effectiveness analysis: low weight newborn. Revista Recien-Revista Científica de Enfermagem, 10 (32), 44-52. DOI: 10.24276/rrecien2020.10.32.44-52
Vittner, D., McGrath, J., Robinson, J., Lawhon, G., Cusson, R., Eisenfeld, L. & Cong, X. (2018). Increase in oxytocin from skin-to-skin contact enhances development of parent–infant relationship. Biological research for nursing, 20 (1), 54-62. DOI: https://doi.org/10.1177/1099800417735633
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2022 Mariana Silva Souza; Luana David Bandeira; Maria das Graças Silva Soares; Maria Aline Silva Soares; João Carlos Dias Filho; Ana Maria Couto Sousa; Élida Brandão da Silva; Gilmara Pamella de Aquino Nascimento; Ana Suzya Ervelem Sousa Silva; Gustavo da Silva Cândido; Isabela Gonçalves do Nascimento; Edmilson Alves da Silva Filho; Ana Roza Carvalho Silva; Yslla Adriana Silva Sousa; Flávia Samara Freitas de Andrade
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
1) Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
2) Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
3) Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.
